Broken Hearts #5


O pequeno filete de luz iluminou o rosto do menor assim que a porta fora aberta. Yori piscou algumas vezes, erguendo a cabeça dolorida e observou quem quer que fosse que estava entrando no local.
- Já se acalmou, garoto?
- ... Itai...
Murmurou o menor, tentando se levantar e apoiar o braço sobre a cama. Hideki acendeu a luz do quarto, e devagar caminhou até a cama, sentando-se ao lado dele.
- Me deixe ver seu braço.
Yori encolheu-se, segurando o pulso contra o peito e negativou.
- Vamos, não vou te machucar.
O menor assentiu e entregou a mão a ele, devagar, ainda meio receoso. O maior segurou o pulso dele, analisando-o, e como pensava, só estava fora do lugar. Calmamente, segurou a base de seu pulso e empurrou sua mão, encaixando-o novamente, mas claro, arrancou um gemido alto e dolorido do menor ao sentir o estalo.
- Pronto, acalme-se.
A respiração pesada do menor logo se acalmou como indicado, e Hideki passou uma pequena faixa que havia trazido consigo pelo pulso do garoto, que manteria o pulso dolorido no lugar por hora, sem trazer mais dor.
- Não quero você aqui...
- Ah não quer, ah? Queria ficar com o pulso doendo?
- ... Saia.
- Garoto, de nada adianta essa sua hostilidade, eu não vou te deixar sair, você só está cavando a própria cova agindo assim.
- O que você quer comigo? O que eu posso oferecer a você? O que diabos você quer comigo?
- Eu já te falei, quero que seja meu amante.
- Eu não quero ser seu amante!
- Bem, então ficará aqui até que concorde com isso.
- Você está sendo absurdo! Acha que porque salvou minha vida é dono dela?
Hideki estreitou os olhos.
- Pare de gritar, criança. Você não tinha mais expectativa alguma de vida, então cale-se e aproveite enquanto está aqui.
- Age como se eu não soubesse que eu sou somente um doador de sangue pra você.
- Eu não o mordi até agora, mordi?
- Não...
- Então por que não aceita minha companhia e agradece por ela, ao invés de tentar fugir?
Yori permaneceu silencioso por um tempo, observando-o e negativou, talvez para si mesmo, não entendia.
- Eu não...
- Vamos, acalme-se.
- Vai me tocar outra vez, eu não... Não quero que me toque.
- E eu não o soltei? Pare com essa agitação toda.
O pequeno assentiu, ajeitando-se na cama desconfortável.
- Vou mandar que tragam um cobertor a você.
Ele uniu as sobrancelhas, não queria dormir ali, mas também não queria ir para o andar de cima, pensar em dormir na cama dele arrepiava a si, e era horrível, ser tocado de novo, não queria, então apenas permaneceu em silêncio.
- Vou voltar aqui amanhã e pedir que tragam algo pra você comer, não esteja tão arisco ao receber a empregada.
- ... Por que está fazendo isso?
- Eu já lhe disse mil vezes.
- Não quero ficar aqui, tenho medo.
- Bem, deveria ter pensado nisso antes de tentar fugir.
- ... Você não pode me prender aqui.
- Posso fazer o que eu quiser.
Yori novamente uniu as sobrancelhas e abaixou a cabeça a observar as próprias mãos, e agora o pulso tinha duas faixas.
- Acho melhor você descansar um pouco, depois conversamos.
O pequeno se deitou, e virou-se de costas a ele, encolhendo-se, sem uma coberta, e estava frio. Hideki negativou e levantou-se, seguindo em direção a saída, e no caminho, pediu que alguém trouxesse o cobertor para o garoto. 

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1 comentários:

  1. Nossa! Sério Yori, vamo parar de cu doce meu amigo porque não tá dando! Hide-chan so quer seu bem ç...ç

    Kaya, obrigada por mais esse cap <3 foi curtinho, mas foi lindo!

    Amei!

    Bjs!

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