Ritsu e Etsuo #11 (18)


- Ai meu Deus, você viu o garoto novo?! Ele é lindo, parece aqueles vampiros de filmes.

- Vampiro de filme? Do que está falando, Yuki?
- Ele está vindo, faça silêncio.
Etsuo uniu as sobrancelhas, claro, conseguia ouvir a conversa das garotas, mas não entendia porque tanta euforia, estava ali pelo irmão, é claro, usando aquele uniforme ajeitadinho no corpo, gravata, camisa branca, tudo que ele usava e sorria, é claro, para as garotas ao passar, não queria que desconfiassem. Somente havia mudado de escola temporariamente, ficara sabendo de um ataque na semana anterior onde um dos alunos fora gravemente ferido, os pais haviam pedido para não fazê-lo, mas precisou, ou não ficaria em paz enquanto o irmão estivesse fora.
- Com licença garotas, conhecem o Ritsu?

- S-Sim... Ele é da nossa sala... Ah olha, está vindo!
- Você vai crescer, temos só 17, até os 21 ainda terá mais alguma altura.
Ritsu disse ao amigo, que reclamava sobre a altura que tinha, e por isso, justamente não pudera participar do campeonato escolar, atingia um pouco mais de um metro e sessenta, e embora não fosse uma altura assim tão pequenina, para homens talvez fosse, mas era japonês, podia relevar. Ao dizer o viu enrugar suavemente o rosto, como se torcesse os lábios e franzisse o nariz. Achando graça até tocou seu curto cabelo meio alaranjado, não tinha certeza sobre aquela cor, e deu uma bagunçada em suas madeixas, como os pais faziam. No entanto a medida em que chegava na sala de aula, passado o intervalo, podia constar o burburinho sobre algum aluno novo, não precisou de muito para saber quem era ao erguer o olhar até então no amigo cujo trocava o assunto sobre sua "pequena" frustração, e volta-lo ao moreno que de algum modo não recebeu muito animadamente mas sim confuso.
- Etsu?

O moreno sorriu ao pequeno assim que o viu entrar na sala, os cabelos de tom claro, tão bonitos que quis acariciar, e claro, o fez sem delongas, deslizando a mão pelos cabelos dele.
- Ritsu! Você fica lindo com esse uniforme.

- ... Droga, por que os mais bonitos sempre são gays?
- Cale a boca, Yuki.
- O que... O que faz aqui?
Ritsu indagou, sem entender o motivo da "visita" que pelo uniforme não parecia tão de passagem assim. Claro que havia percebido o quão bem ele ficava com as roupas de escola, só não entendia por qual motivo estava encontrando o irmão no colégio como se fossem pessoas de casas diferentes.
- Você já havia visto esse uniforme.
Disse e voltou o olhar às meninas, por um breve momento.

- Sh, nunca o tinha visto antes, ouji.
Etsuo falou a ele com um sorrisinho e desviou o olhar ao garoto a seu lado, arqueando uma das sobrancelhas ao notá-lo tão pequeno e na companhia do maior, chegou até mesmo a se perguntar se aquele toque nos cabelos não era algo a mais, mas... O garoto parecia tão passivo perto dele.

Ritsu percebeu o olhar do irmão que voltou ao amigo, que fitava talvez sem perceber que havia parado junto a situação, ao ter-se fitado pareceu se dar conta de que podia se sentar, afinal estavam em sala, no entanto preferiu por apresenta-los.
- Shiro, Etsuo. Etsuo, Shiro. 
Ainda assim, por que está aqui? - Acabou indagando logo posteriormente. 
- ... E aí. - Etsuo disse, com um sorrisinho de canto, observando o garoto pequeno. - Pode me dar licença por favor que eu preciso falar com o meu amigo aqui?
Disse ao rapazinho, amigo do irmão e logo o viu se afastar, sentando-se em sua cadeira. Puxou o irmão consigo pela mão e seguiu para fora da sala por alguns minutos, aproveitando-se de que o corredor estava vazio e o empurrou contra a parede, os lábios tocando os dele num selo e sentiu seu hálito quente contra a face, abrindo um pequeno sorriso em seguida.
- Quero que fique seguro. Aqui, me chamará de Yasu.

Ritsu notou a conversa curta e o "amigo" na frase do irmão, não questionou em frente do menor no entanto e seguiu com ele para fora da sala, onde fez menção de se manifestar porém fora encostado à parede, e sentiu seus lábios frios tocarem o próprio num beijo superficial que não durou por muito tempo.
- Ah? Por que? Você sabe que muitos já o viram me buscar aqui, Etsuo, não tem porque disso.

- Eles não sabem quem eu sou de todo modo, muitos se quer ouviram meu nome. Tem porque sim, atacaram um garoto na semana passada, e bem, ainda terei aula a noite, mas a tarde serei seu novo namorado.
- Não, não pode ficar aqui a essa hora. Esse horário te faz mal.
- Não me faz mal, eu vou ficar na sombra.
- Não quero, eu sei cuidar de mim.
- Eu sei que sabe. Mas se alguém ousar tocar em você, se algo acontecer a você, se alguém entrar com outra arma na escola e for você a morrer, eu vou morrer com você, entendeu, Ritsu? Então me deixe protegê-lo.
- Não entraram com arma no colégio, Etsuo. O aluno foi atacado alguns metros daqui, não foi dentro da escola. Não quero que perca seu tempo de sono, devia dormir a essa hora.
- Eu vou ficar bem.
- Etsuo, não quero.
Ritsu resmungou, porém tentou ser gentil com o irmão e mesmo acariciou seu rosto gelado. 
- Eu quero. - Etsuo murmurou e segurou sua mão, acariciando-a. - Só por uns dias.
O menor aceitou contrariado, e ele saberia disso.
- Não seja assim, hum. Vai ser divertido.
- Não vai ser divertido, não vai ser divertido porque você é protetor demais. Eu não sou fraco. Mas você fica desconfortável nessa claridade, diga o que quiser eu sei que não.
O maior uniu as sobrancelhas.
- Ritsu, está sendo um idiota.
- Eu disse tudo bem, Yasu. Você pode ficar.

Etsuo arqueou uma das sobrancelhas e assentiu.
- Venha.

- Temos que ir pra sala.
- Temos um tempinho, não acha?
- Para que?
O menor indagou, sem entender a malícia do irmão até então, visto que, embora houvessem entrado naquele tipo de relacionamento, não fazia tanto tempo, ainda estava a se descobrir sobre aquilo com o mais velho. 

- Venha, vou te mostrar.
Etsuo falou a ele e segurou sua mão, guiando-o consigo ao banheiro pouco afastado de sua sala. Ritsu e
sperou pela novidade do irmão e seguiu com ele até onde era guiado até visualizar a porta do banheiro onde com ele entrou, não precisou perguntar.
- Etsuo, não...

- Hum, não quer agradar seu onii-chan um pouco? Eu fiquei com saudade.
- Aqui não, isso dói...
- Eu faço devagar, onii-chan. E eu tenho camisinhas, elas tem lubrificante.
- Seu pervertido, veio aqui pensando nisso, ah? - O menor disse, mas não soava agressivo.

- Claro, vou vir todo dia só pensando nisso.
Etsuo falou a ele com um sorrisinho e guiou-o consigo ao box do banheiro, fechando a porta atrás de si. Aproximou-se dos lábios dele, selando-os e murmurou contra os mesmos.
- Tire a calça.

- Não vai não, hentai.
Ritsu disse num resmungo e seguiu com ele até o box onde guiado, acabou encostado enquanto via-o fechar a porta atrás de si mesmo. O retribuiu em seu beijo, ainda que não fosse totalmente de acordo.
- Hum? Tão indelicado assim?

- Tire a calça, por favor.
Etsuo falou e riu, selando os lábios dele e deslizou uma das mãos por seus cabelos.

- Parece bem animado hoje. - Ritsu disse, diante do humor descontraído e bem atípico do irmão, mesmo contra seus lábios que voltou a selar. - Etsuo, eu... Não quero.
- Claro que estou, estou com você onii-chan. - O maior murmurou e sorriu a ele, porém o sorriso murchou ao ouvi-lo e uniu as sobrancelhas. - Quer sim, somos namorados.
- Namorados?
Ritsu indagou, como quem realmente não sabia da notícia, confuso na verdade. Não haviam falado sobre aquilo, e de algum modo não havia ponderado sobre que tipo de relação tinham.

- E não somos?
- Eu não sei... Não falamos disso.
Etsuo sorriu a ele, irritado na verdade, gostava do irmão e esperava que isso fosse recíproco, ele sabia que era ciumento e explosivo, por isso esperava que concordasse com tudo que dissesse. Puxou-o para si, virando-o de costas e colou o corpo ao dele, puxando sua camisa e abaixou sua calça num movimento rápido.
Ao ser virado, Ritsu nem tentou retrucar o irmão, encostou-se à parede, onde se apoiou. Pôde ouvir o ruído das roupas desalinhadas tiradas, o tilintar suave do cinto ao cair junto da calça que parou na altura das coxas.
- Devagar...

- Então não me recuse, que farei devagar.
O moreno falou a ele, puxando sua roupa intima a abaixá-la de mesmo modo e fez o mesmo com as próprias roupas, abaixando-as, não precisava de muito para se fazer ereto, já tinha vontade dele.

- Não recusei.
O menor disse em retruque e poupou as palavras. Sentiu uma leve sensação de euforia ao ouvir ressoar a roupa do irmão, denunciando o modo como se despia. Mordeu o lábio. 

- Falou que não me queria.
O maior murmurou a ele, segurando-o nos cabelos num leve puxão e logo desceu a sua cintura, seus quadris e roçou-se entre as nádegas dele, mesmo sem a proteção que havia mencionado. Puxou os cabelos do irmão para trás mais uma vez ao subir rapidamente e mordeu-lhe a orelha onde não gostava.
- Não me recuse de novo, entendeu?

Ritsu pendeu suavemente a cabeça para trás, ao ter a puxada dos irmão que não perdurou. Sua mão pesada percorreu pelo corpo até chegar a seu próprio e roçar seu membro evidentemente acordado, frio, sem qualquer traço de algum facilitador. Era um mimado. Ao sentir sua nova puxada, tornou pender a face, de modo que voltou o olhar a ele, de soslaio, enquanto sentia a pele desconfortável sobre aquele toque, que ao encolher o pescoço tentou evitar.
- Não seja um tolo, Etsuo. - Disse, encarando seus olhos amarelados, invejáveis. 

- O que?
Etsuo falou a observá-lo, dando uma nova puxada em seus cabelos e estreitou os olhos a ele, já pronto para adentrá-lo.

- Não seja um tolo. Não aja assim comigo.
Ritsu disse ao ter novamente o cabelo puxado e franziu suavemente o cenho com a nova puxada. 

- Você é meu, Ritsu.
Etsuo falou a ele, e queria adentrá-lo de uma vez, mas fora cuidadoso, era um idiota, não conseguia ser impulsivo, tinha medo de afastá-lo de si. Roçou-se nele, sentindo-o em sua entrada, por sorte, tinha pequenas gotas para lubrificar a si e empurrou-se para seu corpo a medida em que puxou seus quadris.

- O preserva...
O menor disse, tentando alerta-lo a tempo de conseguir algo para não ser ferido em demasia, ainda mais que não poderia se deitar após aquilo e ainda teria de voltar para sala e para casa, era por isso que não queria fazer ali. Sabia que não teria o conforto de casa e provavelmente sairia machucado. Mordeu o lábio inferior, sentindo os gotejos da excitação do moreno, e claro que não deixaria de se excitar com ele, com seu corpo ou com o prazer do sexo, mas mesmo sua vontade não seria suficiente para tornar aquilo menos dolorido. 

- Ah...
Etsuo gemeu, prazeroso, e para si era mesmo, claro, dolorido sentir aquele aperto, mas quente e apertado era fácil esquecer a dor. Empurrou-se devagar, até se fazer inteiro dentro do irmão e deixava a respiração soar contra a pele dele no pescoço, fria, assim como a si em seu interior.

- Hum...
O gemido do menor soou como o dele, baixo, unindo-os em sons diferentes. E fechou os olhos, voltando, pela terceira vez, a morder o lábio inferior. Sentindo a investida do moreno, passando pelo corpo que mesmo difícil, não o fez desistir e tentou lhe dar mais espaço. Bem, podia aguentar aquilo, já não era a primeira vez.

Etsuo suspirou, e o problema maior era o cheiro forte do sangue dele, quase impregnava as narinas, e os olhos já se faziam presentes na cor mais forte, brilhando imperceptíveis devido a luz. Empurrou-se suavemente contra ele, dando a primeira investida e deslizou uma das mãos pelo tronco do irmão, abaixo de sua camisa de escola, sentindo sua pele macia.
- Ah... Ritsu...

- Ah...
O menor gemeu novamente quando sem espera pôde sentir seu primeiro movimento, mas era baixo, porém bem audível a ele diante de sua proximidade. Lamentava ter de estar de costas, embora o irmão fosse um pouco mimado demais, preferia ter a possibilidade de tocar ele enquanto faziam aquilo, e era o que ele mesmo fazia, sentia seu toque pesado e no entanto delicado sobre a pele, era cuidadoso, era quase romântico, mesmo embora fosse um pouco impulsivo.

Etsuo repousou a testa sobro ombro do irmão, e ainda sentia o cheiro de sangue dele, suficiente para fazer o estômago revirar, principalmente ao ver o tom vermelho do mesmo a cobrir o sexo que adentrava seu corpo, nada disse a ele, claro. Mordeu o lábio inferior, contendo-se por alguns segundos, mas não poderia deixá-lo se acostumar por muito tempo e então passou a se mover, enquanto o tocava em um dos mamilos com os dedos num toque suave.
- Onii-chan...
Ritsu murmurou, um pouco pesado, rouco. Ergueu suavemente o quadril, facilitando aquele vaivém. E como pôde, esticou um dos braços a alcançar o irmão e tocou seu quadril, sentindo os leves espasmos de seus movimentos. O maior s
orriu ao ouvi-lo, aproximando-se de seu pescoço a aspirar seu aroma gostoso e passou a se empurrar contra o irmão, firme, sentindo seu corpo apertado que aos poucos relaxava conforme tinha a si em seu interior.
- K-Kimochi?

- Hum.
O menor murmurou, afirmando em que pergunta, embora ainda não houvesse sentido aquela sensação específica que ele conseguia dar a si, podia ser ainda assim agradável, e imaginava que isso era por ser com ele, ou por toda a vontade que ele parecia ter por aquilo. O toque de sua mão fria, demonstrando a delicadeza que tinha, contrário a seus quadris, onde parecia faminto conforme aumentava o ritmo.

- Vai parar de doer, onii-chan.
Etsuo murmurou a ele e empurrou-se com pouco mais de força contra seu corpo, ouvindo o barulho do corpo dele a bater contra a parede a frente, e diminuiu pouco o ritmo, segurando-o pelos quadris quando percebeu que se empolgava demais e podia machucá-lo.

- Ah...
Ritsu gemeu ao sentir a pelve atingir a parede, de modo que levou uma das mãos, onde antes no mais velho, dirigindo ao sexo, suavemente endurecido, embora estivesse numa linha tênue entre ter uma ereção ou tornar-se flácido. E com sutileza tomou-se nos dedos, envolvendo-se e passou a mover em vaivém, se masturbando a medida em que sentia o irmão atras de si. 

O maior desviou o olhar a ele, notando-o a se acariciar e estremeceu, claro, gostava de vê-lo se tocar, de vê-lo se acariciar. Mordeu o lábio inferior e puxou-o para si pelos quadris, voltando a se meter em seu corpo, procurando aquela parte específica e prazerosa para o irmão.
Aos poucos o atrito da pele junto ao traseiro e as coxas do irmão eram acompanhados pelo punho no ventre a medida em que aumentava o ritmo do vaivém, compassando a seu movimento. A medida em que se excitava, o loiro gostaria um pouco mais de poder tocar o moreno, como não podia, contentou-se em sentí-lo intimamente, aos poucos, fosse o toque da mão a sensibilizar a ereção bem disposta nos dedos, ou seu vaivém e seu sexo completando o âmago, alcançando aquele ponto que sabia que ele iria buscar.
- Aniki...
Disse e moveu-se, investindo para trás sem solavancos, era leve, mas podia ser perceptível, tentando alcançar o clímax já tão próximo, e assim o fez após proferir seu "nome". 

- M-Motto?
Etsuo murmurou ao ouvi-lo chamar a si e sabia o que ele queria, era óbvio pelos movimentos que fazia em si, queria gozar, e não estava diferente, estremecia, se arrepiava, afundando-se em seu corpo a tocá-lo ali onde ele gostava, e atingiu o ápice junto dele, mesmo em seu interior, era vampiro, nada aconteceria com ele, e por isso, se aproveitava.
- ... Ah... Ritsu...

Ritsu não precisou se importar onde o prazer fosse atingir, seguira diretamente a parede próxima, embora houvesse deixado passagem pelos dedos. Grunhiu por falta do gemido mais contido, evitando ruir audível fora da cabine. Até deu uma movidinha no quadril, tentando agrada-lo, ainda que pensasse não merece-lo, sabia que embora ele procurasse sexo por querer prazer, talvez se empenhasse mais em dar prazer a si do que a si mesmo no fim das contas.
Etsuo ouviu o gemido do irmão, gostoso, atrativo e quis mordê-lo para senti-lo melhor, sentir cada pequena ponta de prazer dele, mas era humano, não poderia, uma pena. Empurrou-se mais firmemente para ele e estremeceu quando por fim deu término ao ápice e se retirou do corpo do irmão, recolocando as roupas no lugar.
O menor levou algum tempo até dar atenção a roupa. Curvou-se pouco, suficiente para alcançar a peça arreada nos quadris, quase alcançando os joelhos. Antes que levasse ao lugar, aproveitou o papel oportuno por lá e usou para limpar o sêmen, o próprio e mesmo o dele, tentando não ser visto é claro. E em seguida, por fim, se vestiu. Por hora, sabia que estava bem, lamentava saber que não era como ele, não se recuperaria em poucos minutos ou após uma simples bebida.
O moreno observou o irmão, e até quis ajudá-lo, mas achou que seria constrangedor oferecer, então virou-se de costas e esperou até que se ajeitasse.
- Ritsu... Você queria ser vampiro?

- Provavelmente eu poderia me sentir melhor agora se fosse um.
O menor disse e sorriu ao irmão, embora ele estivesse de costas. 

- Posso me virar?
- Pode.
Disse o loiro e virou-se primeiro, antes de costas e abraçou-o por trás, passando os braços em torno de sua cintura.
- Estou de mal de você. - Disse e ainda depositou um beijo em sua nuca. 

Etsuo uniu as sobrancelhas ao sentir o abraço, porém abriu um pequeno sorriso e deslizou as mãos pelas dele.
- Por quê?

- Porque eu disse não e você nem usou algo pra me ajudar. Não vou me recuperar como um vampiro, e ainda tenho duas aulas e ainda preciso caminhar até em casa.
- Eu te levo pra casa, sou um vampiro, consigo pular muros.
- Isso seria bem idiota, onii-chan. - Riu.
- Seria nada, vamos.
- Iie.
Ritsu disse e continuou abraçando o moreno, aproveitando a deslizar suavemente as mãos em seu tronco, o acariciando, embora a forma como toca-lo daquele jeito houvesse tomado um rumo diferente do qual seria antes.
- Hum...

Etsuo manteve-se parado a sentir o toque do irmão, estranho para si, era esquisito que ele quisesse fazer aquilo e não se submeter aos próprios toques como sempre e lembrou-se do garoto ao lado dele por um momento, o modo como ele agia quando o queria...
- ... O que está fazendo?

- Estou sentindo seu peito, é gostoso. - Disse o loiro e tocou a região plana até o peito, onde pôde sentir um leve pulso. - Ora...
O moreno assustou-se sutilmente, principalmente ao senti-lo se afastar, e sabia porque o coração batia, a mãe já havia explicado para si, mesmo assim, não deixava de se assustar. Sabia que gostava dele, e o amava como irmão, mas...
- Está ressuscitando, aniki? - O menor sorriu ao se afastar e por fim fita-lo.
Etsuo riu baixo, meio de canto e negativou.
- É... Uma reação.

- Gostou tanto assim de fazer isso aqui?
O menor indagou e afagou seus cabelos escuros. O moreno a
ssentiu, observando-o e segurou sua mão em meio a própria.
- Mas isso só acontece quando sentimos um sentimento forte, ou seja... Quando sentimos amor.

O menor sorriu ao irmão, sem muito ter sobre o que dizer sobre o que ele falava. Lembrava-se no entanto das palavras do próprio pai, que dizia pensar que o irmão gostava de si.
- Prazer pode ser um sentimento forte também, onii-chan.

- Prazer não faz um coração de um vampiro bater. Só um sentimento humano.
- Se um dia tiver esse amor, você vai saber, não é seu coração batendo que vai te dizer isso. -  Ritsu disse ao irmão e sorriu a ele, selou seus lábios. - Pode pegar meus materiais? Quero ir embora, quero te levar pra casa também.
- ... - As palavras de Etsuo morreram na garganta, sentia, mas não sabia explicar, e não queria deixá-lo com medo, logo se calou. Assentiu. - Vá, eu vou te esperar aqui fora.
- Hai, vou pegar... Me espere aqui fora.
- Hum. - O menor murmurou assentindo. Porém se sentiu desconfortável diante da reação do irmão, pareceu um pouco desanimado. - Kimochi? - Indagou antes que saísse. 
- Claro que foi. - Etsuo sorriu.
Ritsu sorriu como ele e deixou que saísse em buscar do que lhe fora pedido. Por um momento se encostou à parede, oposta aquela que havia sujado antes. Mordera o lábio inferior pela milésima vez e esperou-o ali, deveria, mas não estava bravo com o mais velho. Etsuo saiu do banheiro após um pequeno selo em seus lábios, e de fato, não era ruim com ele, só era protetor demais, ciumento de mais, o queria somente para si, não queria que ele fosse de mais ninguém. Suspirou e ao adentrar a sala, deu qualquer desculpa para poder ir embora e carregou as coisas do mais novo para o banheiro.
- Vamos, Ritsu.
- Sim. - O menor disse, alguns minutos depois de sua saída e já retorno, saiu do banheiro já bem ajeitadinho, como se nada houvesse acontecido ali. - Yasu, o que faz aqui? - Fez-se de surpreso, provocando o irmão. 
- Hum, vim te raptar, vou pedir um valor pela sua vida.
- Oh não!

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