Kyo e Shinya #41


O baterista havia ido ao centro, esperava em frente a algumas lojas enquanto tentava se enfurnar em baixo do casaco preto e comprido, sentindo os pequenos flocos de neve que se juntavam ao cabelo, tentava se esconder na verdade, não do frio, mas de um possível fã. Agora, tinha um volume na barriga que denunciava o fato de que esperava um filho do outro, e não sabia muito bom se aquilo por acidente acabasse numa revista. Havia feito os exames já no terceiro mês e por uma surpresa maravilhosa, descobrira que estava esperando uma menina, embora não soubesse como iriam cuidar dela por ainda ser muito jovem, sabia que seria um pai muito carinhoso, assim como ele, que embora tivesse seus pequenos problemas, gostava de crianças e era isso que importava.
- Shin. - Disse o vocalista, atrás do corpo dele e parou a seu lado. - Desculpe a demora.
- Kyo, ah, tudo bem. - O maior sorriu. - Ah, por que me chamou aqui?
- Achei que podíamos fazer algumas compras juntos... Para o bebê.
- Ah... Achou? - Sorriu. - Isso, é fofo.
O menor deu um sorrisinho, meio desajeitado e assentiu, não segurou a mão do baterista porém, nem fez nenhum gesto estranho.
- Bem... Vamos.
Shinya sorriu e seguiu junto do outro até uma lojinha ali perto, onde haviam várias roupinhas pequenas em exposição, de várias cores diferentes. Se não sabiam muito bem como interagir em público diante daquilo, pelo menos dentro de uma loja talvez pudesse ser diferente. Kyo e
ntrou consigo na loja tão logo, observando os detalhes para quartos, ou roupas, voltadas aos bebês.
- Que bonitinha.
Shinya pegou o vestido cor de rosa clarinho e mostrou ao outro.

O menor voltou-se a roupinha, tão pequena.
- Não gostou?
- Eu gostei... Tão pequena.
O maior riu.
- Ela vai ser assim.

- Eu sei que sim. - Kyo torceu o lábio num sorriso sutil.
- Vamos levar essa? - Shinya sorriu.
- Vamos sim, pode por aqui na cesta. 

O menor seguiu junto dele pela loja, fitando as roupas, embora somente o esperasse mostrar as peças para si, o baterista sorria a ele mostrando pequenas peças quentinhas ou mais abertas, mas cores frias sempre, branquinhas ou creme, rosa, azul clarinho, já o menor, observava curiosamente a cestinha, e notava o quão pequeno seria aquele bebê, certamente por ser filho próprio, nasceria realmente daquele tamanho, um dos sapatinhos era menor do que a palma da mão, e teve que sorrir quando notou isso.
- Você... Vai querer almoçar depois daqui? - Disse o menor.
- Podemos almoçar sim, mas... Eu quero algo leve, estou meio gordinho, você sabe. - Riu.

- Porque agora tem barriga, mas deveria se achar bonito e adorar estar assim, tem algo que nós vamos esperar por uns meses pra chegar, e algo muito importante.
Shinya sorriu e assentiu a ele.
- O que acha do bercinho com a madeira mais escura ali. - Apontou.

- Não queria branco e rosa?
- Sim, mas é que aquele ali parece a sua cara.
Kyo sorriu canteiro.
- Mas o quartinho é dela.

- Mas você vai gostar mais, não vai?
- Vou gostar do quartinho dela.
Shinya sorriu.
- Mas ainda quero levar.

- Quer ver tudo nessa loja mesmo?
- Por quê?
- Porque provavelmente vai querer de tudo um pouco em outras também.
- Ah... Podemos ir então.
- Vamos levá-lo.
Shinya assentiu com um movimento da cabeça.
- E as roupinhas?

- Também, Shin.
- Ta bem.
Nos passos até o caixa, o baterista acabou por pegar algumas coisas, uma mamadeira, chupeta, e embora não soubesse exatamente usar tudo aquilo, sabia que se informaria para cuidar da pequena mais adiante, e o vocalista, olhava novamente a cestinha um pouco desconfortável, era engraçado vê-lo todo de preto segurando uma cesta azul bebê, ou com roupinhas tão pequenas que serviam em suas mãos.
- Você está bem?
- Ah? Ah sim... É que é meio incomum.
- O que? As roupinhas?
- É... Quer dizer, saber que vai ter algo tão pequeno que depende dos nossos cuidados e proteção é meio... Assustador.
- Bem, seremos bons pais.
Kyo franziu o cenho por um momento enquanto observava um pequeno sapatinho, porém assentiu em seguida.
- Seremos sim.

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