Tsubaki e Izumi #1


O barulho dos passinhos era quase contagiante, o salão era grande e amplo, haviam dois sofás no hall de entrada e o rapaz se mantinha sentado sobre um dos assentos enquanto observava o pequeno rapazinho a correr pelo saguão com seu pequeno ursinho de pelúcia nos braços. Não tinham muita bagagem, tudo que tinha estava no chão ao lado de si, uma mala com algumas roupas próprias e algumas roupinhas para o pequeno. Sobre a mesa de centro, havia um jornal amassado e deixado de qualquer jeito, que marcava a data do dia e com letras grandes, analisava o terremoto tido há dois dias atrás nos arredores. Ponderou que por sorte, não fora atingido ou o filho.
- Hey, Hasu, não corra, não estamos em casa.
O rapaz se levantou assim que viu o recepcionista e caminhou em direção ao balcão com um pequeno sorriso nos lábios.
- Eu quero um quarto para essa noite, por favor.
O atendente o observou por alguns instantes, com um leve ar irônico de quem vê algo errado na face abatida de um rapaz tão novo, parecia acordado há algumas noites, parecia ter chorado, parecia muitas coisas, e parecia ter uns dezesseis anos, nada mais, mas claro que ele era mais velho, via pelo pequeno garotinho correndo pelo balcão, ou talvez...
- Ele é seu irmão? Preciso da identificação do pequeno.
- Ah, hai... Ele é meu filho.
- Seu... Filho?
- Sim, eu sei que é estranho, mas... É meu filho sim.
O outro arqueou uma das sobrancelhas, estranhou, mas com os documentos, não podia fazer nada e deixou-o passar com a chave do quarto. O outro pegou a maleta quase sem nenhum peso e logo seguiu em direção ao andar de cima, apertando o botão do elevador com o pequeno.
- Podemos jantar fora, papai?
- Claro que sim, Hasu... O que quer comer?
- Takoyaki.
- Takoyaki? – O maior indagou com um sorriso, adentrando o elevador.
- Hai, eu gosto.
- Então vamos comer takoyaki.
O pequeno vibrou e adentrou o elevador com o pai, segurando sua mão enquanto observava a grande quantidade de espelhos ao redor, observando a si, tão pequeno, e loirinho, com os olhinhos negros e o ursinho.
Ao chegar no andar, o maior puxou o pequeno para o colo, segurando-o firmemente e logo deixou-o sobre a cama confortável, ouvindo a risadinha do filho, animado com a nova estadia.
- Uma cama nova, macia.
- Bem melhor que na outra casa.
- É sim pequeno. Vamos ficar por um tempo, até a mamãe conseguir alugar uma casa, ta bem?
- Ta bom.
Os sapatinhos haviam sido colocados em seus pés, o casaco sobre seus ombros pequenos e o cachecol, estava frio do lado de fora, e se fossem comer takoyakis como ele queria, não seria muito bom sair desagasalhado. De fato, era bem novo, tinha apenas vinte anos de idade e o pequeno, quatro aninhos. O havia tido muito cedo, o rapaz com o qual havia tido relações, havia desaparecido, a última coisa que dissera era que não iria cuidar de duas crianças e os pais, não aceitaram que tivesse um filho tão jovem. A ideia era de que o daria para a adoção, mas ao ver aquele pequeno corpinho em meio aos braços, não teve outra escolha se não ficar com ele, havia percebido que já o amava apesar de tudo. Desde então era difícil sobreviver, fora expulso de casa e trabalhava muito, mas ganhava pouco, era menor de idade, então tudo que podia fazer era alugar alguns hotéis, casas dificilmente eram alugadas para pessoas como o rapaz e vivia um dia após o outro, vendo o pequeno crescer, tentando mantê-lo confortável, mesmo que tivesse dinheiro contado para estadia e comida no fim do mês.
- Tenho que ir com você pro trabalho amanhã?
- Uhum. Mas amanhã é sexta, é o último dia da semana.
- Hai...
- O que foi? Não gosta da creche?
- Não muito.
- Sei que queria ficar comigo no quarto, mas... Pelo menos você visita outras crianças.
O pequeno assentiu e parou em frente a uma barraquinha com alguns docinhos, observando um especialmente, cor de rosa, em uma bolinha e sobre ele, havia uma flor de cerejeira.
- Que lindo!
O maior observou o filho e sorriu, meio de canto, claro, que queria dar a ele, mas tateou o bolso da calça, havia somente algumas moedas, suficientes para os takoyakis, mas não o doce.
- Quanto custa?
- Cinco.
Observou o pequeno e logo após o dinheiro e por fim contou as moedas nos dedos, entregando ao rapaz da barraca e pegando o docinho cor de rosa a entregar nas mãos do filho, beijando-o no rosto.
- Mesmo?! Obrigado papai!
O sorrisinho havia aberto para ele e assentiu a afagar seus cabelos. De volta a barraca, comprou o takoyaki, somente um para o pequeno e colocou-o em sua mãozinha junto ao doce, que enrolou na pequena embalagem para depois.
- Venha, vamos sentar.
- Hai!
O pequenino seguiu com seus passinhos desajeitados junto do maior e no banquinho de pedra, sentou ao lado dele, mordendo um dos bolinhos de polvo a apreciar o gosto, porém, desviou o olhar ao pai logo após, que disfarçadamente observava a feira. Uma das mãozinhas pequenas havia pego o outro bolinho, puxando-o do espetinho e entregou a ele, em sua mão, silenciosamente. O maior desviou o olhar ao filho, notando a bolinha deixada para si e sorriu em seguida, um pequeno sorriso que havia se tornado um grande sorriso logo após, e comeu o próprio jantar, acariciando os cabelos curtinhos do filho.
Em outro lugar, o moreno colocou as mãos nos bolsos da calça preta que vestia, enquanto aguardava pelo preparo dos bolinhos fritos que foram servidos junto ao molho numa não muito higiênica embalagem descartável branca. Aceitou do vendedor quando finalmente pronta, e mesmo a fina fumaça que saía do aperitivo parecia mais densa no tempo frio, era comum também espetar uma das bolinhas e levar fervendo até a boca, sendo obrigado do mesmo modo a soprar por si mesmo dentro da própria para não queimar a língua. Com um maneio da cabeça agradeceu ao homem junto ao pagamento e seguiu pela feira enquanto observava as novas "atrações", sentia o frio, o vapor das comidas diversas que exalavam pelo ar.
- Papai, posso comer meu docinho?
- Eh? Pode sim, já terminou o salgado?
Hai, só tem mais uma bolinha, mas eu não consigo comer.
O pequeno falou e estendeu-a ao pai, então Izumi, pegou entre os dedos o pequeno palito e levou-a aos lábios, sorrindo a ele enquanto o via abrir seu docinho.
- Bebemos algo no hotel, ta bem?
- Ta bem.Izumi levantou-se e seguiu para o hotel junto do pequeno, que ainda comia o docinho, tentando colocar uma grande quantidade em sua boquinha, porém ao soltar a si, a própria mão, o viu correr em direção a uma das barracas, assim que viu alguns ursinhos.
- Hasui! - Gritou e seguiu para alcançar o filho.
O moreno parou novamente antes de seguir o caminho ao veículo alguns metros dali, estacionado. Pediu uma bebida quente, e ganhou um tipo de vinho sem álcool e muito doce, para completar, tinha também uma suave camada de creme por cima, igualmente bastante doce. Podia servir para afastar o frio, mas também para adoçar muito um paladar e embora gostasse de doces, ainda preferia os mais harmoniosos, com sabor suave, algo que balanceasse o açúcar.
- Ugh... - Murmurou para si em tom baixo, e por pouco não jogou fora toda a bebida, bem, não na lixeira, mas sim sobre um pequeno corpo intruso e repentinamente colocado em frente si.
- Hey...
- ... Oi, desculpa.
Disse o pequeno a observar o outro.
O rapaz parou e por um instante quase fitou o garoto com um olhar reprovador, não propositalmente no entanto. E em seguida, fitou o copo antes branco e agora já tingido pelo vinho quente. Ao olha-lo de volta, teria sido realmente uma pena machuca-lo, tinha traços adoráveis, e mesmo o olhar em seu rosto, parecia bem educado pela idade que provavelmente tinha, por ser pequeno julgou não ser mais que três. - Não deve correr assim. Onde está sua mãe?
O menorzinho ergueu a face a observar o rapaz no qual havia esbarrado, o docinho ainda na mão.
- Ele... Ele "tá" vindo comigo... Só não sei onde. - Desviou o olhar ao docinho, e claro, havia sido ensinado a dividir, por isso ergueu a mão pequena a expor a ele. - Você quer? 
O moreno abaixou-se de modo que pudesse falar com aquela figura e notou sua mão estendida cujos dedos pequenos mal podiam emoldurar o doce.
- Você se perdeu dela?
Retrucou junto dele, ouvindo sua pergunta, não era de um humor muito facilmente encontrado, mas o pequenino soube acha-lo, e foi por isso que sorriu ao negativar para sua pergunta.
- Não, ainda estou jantando. - Disse e mostrou para ele a bandeja com bolinhos de polvo. - Você quer?
Disse e ainda segurava a bebida igualmente, tendo ambas as mãos ocupadas.
Iie, eu comi bolinho, mamãe comprou pra mim. - Ele murmurou e mordeu o próprio docinho mais uma vez, observando a barraquinha com os ursinhos a pouca distância. - Qual é o seu nome?
Quer esse? - O maior indagou, oferecendo a bebida, não continha álcool e podia parecer errado, mas não era um tarado pedófilo, portanto não haveria problemas. - Hasegawa, Tsubaki. Você, como se chama?
O pequeno observou curioso o copo e aspirou o aroma gostoso do que parecia canela.
- ... É suco de uva? Posso tomar? 
Ele falou baixinho e pegou o copo devagar, guiando aos lábios pequenos e golou pouquinho, unindo as sobrancelhas ao perceber que estava muito quente para si.
- Amamiya Hasui.
- Você pode ficar com ele, vai esquentar você. Mas não pode aceitar isso de todos, sua mãe deve ter dito isso. Vamos procurar sua mãe, Hasui?
Disse o maior e tendo a mão livre, aproveitou para tocar os cabelos louros da criança.
- Hai... Mamãe falou, mas ela disse pra não aceitar doces ou suco de homem mau, você não é homem mau.
Disse o pequeno e tentou segurar a mão dele, porém com as duas mãozinhas cheias não conseguia.
- Como você pode saber?
O moreno perguntou ao rapazinho e abaixou-se, pegou-o no colo com cuidado, não sem antes finalizar o último bolinho de polvo, desfazendo-se da pequena bandeja descartável.
- Como é sua mãe? Onde vocês estavam?
- Você parece bonzinho. - Disse o pequeno a encolher-se em seus braços, assoprando a bebida com os lábios pequenininhos comprimidos. - Mamãe tava pra lá.
- ... Hasui?! - Izumi gritou, já em desespero, e claro, tinha lágrimas nos olhos, observava de cima, qualquer criança que por ali passasse. - Hasui?!
- Não pode sair com qualquer um que parecer bonzinho. Já pensou se tiram você da sua mãe e levam embora? - Disse o maior, no entanto, seguindo o caminho indicado pela criança. - Por que saiu de perto da mamãe?
- Não, não pode me levar da mamãe. Ele vai ficar sozinho... - O pequeno falou e uniu as sobrancelhas, bebendo pouco da bebida. - Porque eu vi os bichinhos...
- Então vamos ver onde está a mamãe.
O maior disse e segurou o copo antes que desse um passo e o fizesse engasgar com o banho de vinho.
- Avise a mamãe que não tem álcool no vinho. Cadê, você tem que olhar, não sei quem é sua mamãe. Qual nome dela?
- A mamãe ta ali! Ali! Mamãe!
O pequeno falou alto e no meio das vozes, Izumi quase não ouviu o filho, mas viu-o nos braços do outro, logo correu em direção a ele, quase desesperado.
- Hasui!
- Mamãe, papai?
Disse o moreno, perguntando sobre o rapaz que ao se virar era inegavelmente a cara do baixinho nos braços. Esperava somente que não fosse mal interpretado e assim seguiu até ele, embora seus passos fossem muito mais vigorosos que os próprios.
Izumi observou o filho e puxou-o para o próprio colo, por sorte sua bebida estava quase no fim e não derrubou.
- Hasui, você quer me matar do coração?! ... Q-Quem é você? Por que pegou o meu filho?
O maior entregou o pequenino a seu pai e bem, era previsto que agiria daquela forma.
- Porque quase nos atropelamos alguns metros daqui e vi que ele estava sozinho.
- Ah... - Izumi ajeitou os cabelos do pequeno e beijou-o em sua testa. - Obrigado...
- Tome cuidado por ai, Hasui. Leve seu pai pra ver o ursinho.
Disse o moreno e deu um breve afago na bochecha fria e vermelha do menino.
- Ursinho?
Izumi murmurou e observou-o, mas não se animava muito, por saber que não poderia comprá-lo.
- Quer suco, papai?
- Suco...? T-Tem álcool?
- É suco de uva, não tem álcool, é uma imitação de vinho. Com um pouco de marshmallow, mas muito doce. Bem, tchau baixinho.
- Ah... Hai. Obrigado.
Izumi falou ao rapaz, observando-o enquanto se virava, e era muito bonito, teve de notar.
- ... Fala com ele, mamãe. Fala pra ele vir com a gente.
- Eh? ... H-Hasui...Pôde deduzir pela forma como falava que o rapaz era a parte maternal, parecia jovem para ser casado no entanto, mais ainda por ter um filho de aproximadamente três anos como imaginava.
- Agradeço o convite, peixinho. Tenho que ir agora, não se perca da sua mamãe.
- Mas... Moço... Tsu...Tsuba...baki... Não quero que a mamãe fique sozinha.
- Hasui, não fale assim.
- Ele não está sozinho, tem você.
Disse Tsubaki ao pequenino, deduziu por fim ser separado pelo que dizia o garoto.
- Vamos pegar o ursinho, e ele fará companhia pra vocês.
Izumi sentiu a face se corar ao ouvi-lo, porém sorriu, ele era carinhoso com o filho.
- ... Ah? Iie... Não, não posso aceitar...
- Vamos, ele quer o bichinho. Não é nada de mais.
- Eu quero o bichinho mamãe.
- Iie... Eu... Não posso pagar, não vou...
- Eu vou comprar o bichinho pra ele.
- Deixa mamãe. Deixa!
- Eu... Ta bem...
- Então vamos escolher.
Disse o moreno e dirigiu caminho até a barraca dos bichinhos onde havia encontrado o pequenino. Voltou por fim a atenção a seu pai, fitando-o de soslaio, tinha traços jovens, imaginava que não tinha mais que vinte e poucos anos.
- Qual você quer?
Izumi seguiu junto dos dois, segurando o pequeno nos braços e o apertava contra si, havia se desesperado tanto por tê-lo perdido.
- Quero aquele! - Hasui falou o pequeno a apontar a um ursinho branco, de um tamanho consideravelmente grande.
- H-Hasu, escolha um menorzinho.
- Hum, vocês estão de carro? Mamãe vai conseguir levar esse ursinho maior que você?
- Estamos no hotel aqui na frente!
- Hasu... - Izumi murmurou, unindo as sobrancelhas. - O senhor não precisa, me desculpe.
- Tsubaki. - O maior retrucou diante do tratamento e pediu logo ao atendente o generoso urso de pelúcia branco. - Vai dormir em cima dele, hum? - Indagou ao pequenino.
- Eu vou!
Izumi riu, principalmente ao vê-lo tentar segurar o ursinho e a essa altura já havia comido o doce e bebido a bebida quente. Beijou-o no rostinho pequeno e logo desviou o olhar ao outro.
- Tsubaki...
O moreno pagou pelo urso barrigudo e entregou a ele que tentava segurar, por sorte era macio o bastante e voltou-se a seu pai, ao ouvi-lo proferir o nome.
- Aparentemente minha mãe gostava de camélias.
O loiro riu baixinho, segurando o urso junto do filho, para não deixá-lo cair e sorriu a sentir a face se corar de modo sutil ao ouvi-lo. Até a voz dele era bonita.
- É um nome lindo...
- Eu provavelmente daria esse nome a uma menina. E seu nome?
Tsubaki retrucou visto que ainda não sabia e notou o pequenino, já deitando o rosto contra a face da pelúcia.
- Izumi. - Murmurou, desviando o olhar a ele. - Muito prazer.
O moreno moveu a cabeça, num breve cumprimento que lhe dizia sem pronúncia o mesmo que ele.
- Bem, vou indo. Boa noite, Izumi. Hasui.
Disse e afagou novamente os cabelos da criança, que silencioso se entretinha com seu novo bicho de pelúcia. 
Izumi assentiu e observou-o por um breve instante se afastar, o filho parecia sonolento, então não disse mais nada, quem havia dito, fora a si.
- Hey! T-Tsu... Você me daria seu telefone?
Tsubaki despediu-se num breve maneio com a cabeça, e já enfiava a mão nos bolsos buscando a chave do veículo embora não morasse distante. Ouviu no entanto a voz do recém conhecido rapaz, e virou-se após ouvir o nome meio proferido, talvez esquecido. Achou o pedido um pouco inusitado, mas não viu problemas em fornece-lo, imaginava que seria por fim um número jogado no fim da noite.
- É claro. Você pode anotar.
- Ah hai... Hai.
O loiro falou, animado de fato com o pedido aceito, achou que iria levar um empurrão ou seria recusado, mas por fim não fora. Pegou o celular no bolso, algo simples e entregou na mão dele.
- Por favor...
- Você vai sair com a mamãe? - Disse o pequeno.
- ... Hasu.
O moreno aceitou o aparelho que, naqueles tempos, era difícil ver quando as pessoas eram tão ligadas à tecnologia. Digitou o número, ouvindo o tilintar de cada botão e após anotar, devolveu ao rapaz. Diante da pergunta, não evitou o riso.
- Você é bem espertinho, hum? Na verdade vou te levar pra brincar algum dia.
Izumi ouviu-o e sorriu meio de canto, desanimando-se um pouco, mas assentiu por fim.
- Você tem um bebê também? Que nem eu?
- Não, não tenho um bebê.
- Então você vai me levar pra brincar? Mas você não pode entrar no parquinho, você é muito alto!
- Claro que posso entrar no parquinho.
- Mas... Se você subir nos brinquedos eles quebram... Você vai ficar preso na entradinha. 
- É, vou ficar preso na entradinha. - Disse o moreno a ele e tocou com o dorso dos dedos sua bochecha fria. - Boa noite, peixinho dourado. Boa noite, Izumi.
O pequeno sorriu a ele, roçando a face sobre sua mão de modo sutil e ergueu uma das mãozinhas a acenar a ele.
- ... Boa noite, Tsubaki. Obrigado...
Tsubaki deu uma breve piscadela ao rapaz, não que fosse uma tática para encantá-lo, era apenas uma forma de desviar a atenção do agradecimento sem necessidade. E por fim retomou o caminho que havia traçado há pouco. Izumi sorriu, para si mesmo após sua saída e desviou o olhar ao pequeno, beijando-o em sua bochechinha fria a carregá-lo consigo para o hotel novamente.
- Ele é legal, mamãe, posso sair com ele amanhã?
- Amanhã não, pequeno, acabamos de conhecê-lo, como vamos chamá-lo pra sair?
- Você quer.
O loiro ponderou por alguns segundos, era verdade, mas não disse nada a ele e no quarto, banhou o corpinho pequeno dele na banheira e guiou-o direto para a cama junto do grande urso ganhado de presente.
- Como vai ser o nome do ursinho?
- Tsu.
Izumi sorriu meio de canto e assentiu, beijando o filho na testa a cobri-lo com o cobertor.
- Não vai dar boa noite pra ele?
- Boa noite, Tsu. - Falou e beijou o ursinho igualmente.

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