Masashi e Katsuragi #4


Katsuragi adentrou o quarto, observando-o de novo a dormir, e era impaciente, não gostava de vê-lo dormir, tão longe de si, e sentia agonia por ele dormir naquele chão duro. Puxou-o da cama num movimento rápido, mas sutil.
- Psiu, acorde.

- Ãh, ãh? - Masashi acordou, perdido, ainda confuso pelo sono e sentou-se no futon. - Eh?
- Já está na hora de se levantar.
- Ah, hai. Não tem o sinal hoje? 
O menor murmurou e esfregou suavemente os olhos com o dorso das mãos.
- Não, hoje é só você. - Katsuragi disse a ele e pegou-o no colo. - Cansei dessa brincadeira, eu vou te levar pro quarto.
Falou a ele e seguiu para fora, descendo as escadas.

- Eh? - Masashi murmurou e sentiu-se nos braços do vampiro. Sentiu-se ofendido por ser homem e ser pego no colo. Remexeu-se, desconfortável. - Não quero colo, mãe.
- Sh, cale a boca.
Katsuragi falou a ele e adentrou o quarto onde esteve com ele no outro dia, deixando-o sobre o sofá e colocou-se sobre o corpo dele, observando-o.
- Vamos fazer.

O menor sentiu a maciez imensa sob as costas, era evidentemente muito diferente do que era acostumado e quase chegou a dormir novamente ao sentir a região. Mas abriu os olhos e arregalou as íris castanhas.
- Vamos o que?

- Vamos fazer sexo, vamos tire as roupas.
O maior falou a ele e puxou-as, desamarrando seu obi.

- Não... Mãe... Katsuragi! - Masashi disse e segurou seus pulsos. - Vou perder meu dote.
Katsuragi observou-o, sério e estreitou os olhos, porém em seguida iniciou o riso e saiu de cima dele, porém antes, abaixou-se a lhe selar os lábios.
- Bom garoto.

- Você não me acordou só pra me provocar... Não é possível. - Disse o menor, aconchegado sobre o sofá. Katsuragi riu baixinho e ajoelhou-se ao lado dele.
- Não, teremos aula, mas vou deixar você dormir mais um pouco por aqui, dorme em uma cama muito dura, e não posso lhe dar uma melhor no meio dos garotos. - O maior disse a ele e sobre seu corpo colocou o cobertor trazido. - Vou arrumar as coisas enquanto isso.

- Por que tem pena de mim e não dos outros garotos?
- Não tenho pena, gosto mais de você do que deles.
- Vai dormir comigo?
- Não, meu quarto é ao lado. Nunca levei ninguém lá.
- Não vai dormir aqui?
- Não.
- Por quê? Você quer dormir comigo não quer?
- Quero... Mas, não posso.
- Por quê? Você é o dono daqui.
- Você quer dormir comigo?
- Quero saber se fica feliz com isso.
Katsuragi assentiu. Masashi ergueu as mãos e levou-as a "gola" de seu quimono, puxando-o de onde estava, como se indicasse-lhe a cama. O maior sobressaltou-se com as atitudes dele, porém deitou-se sobre seu corpo e logo ao lado. O menor observou-o breve e desviou atenção, ajeitando o cobertor que usava somente antes, compartilhando consigo. O maior ajeitou-se ali e mesmo que apertado o abraçou, repousando a face próxima a ele.
- Durma bem, mãe.
Masashi falou baixo e sonolento. Esticou suavemente o pescoço e selou seus lábios frios deliberadamente, agradando-o por um momento e se perguntava qual efeito isso teria. 
Katsuragi sorriu a ele e retribuiu o toque, mesmo sentindo-se estranho por se deitar com outro homem novamente, naquela época afinal, não era normal.
- Hey, pode me abraçar?

- Hum... Que pedido carinhoso. - Disse a respeito do gesto em si e o abraçou pela cintura.
O maior sorriu novamente, observando-o tão perto, cheiroso e lindo, sentia água na boca só de pensar no sabor dele, mas não disse nada, aproximou-se apenas e roçou os lábios aos dele, selando-os suavemente.
- Não vá me morder enquanto durmo. - Masashi sussurrou contra seus lábios.
- Não vou.
O menor ergueu a mão e tocou seus lábios, delineando-os suavemente com o dígito indicador e curiosamente penetrou sua boca com o mesmo, tocando sua língua, o céu da boca e o canino pontudinho. Katsuragi abriu a boca, deixando-o adentrá-la e passear por ela, sorriu sutilmente e ao sentir o toque no canino empurrou-o rapidamente contra o dedo dele, perfurando-o.
Masashi tremeu num breve reflexo a picadinha que sentiu e voltou a deslizar o dedo por sua língua. O maior sentiu o gosto forte de seu sangue, mas ao mesmo tempo suave e gostoso, sugou-o suavemente, bebendo algumas gotas e por fim segurou seu pulso num movimento rápido, afastando-o da boca.
- Não faça isso...

O menor sentiu a pressão sobre a pele, certamente sugado por ele. Ouviu-o dizer e afastou a mão, abaixando-a  para dentro do cobertor.
- Ninguém mandou morder.

- Se fosse um vampiro ia entender o quão difícil é resistir a alguém como você
- Não é como se fosse algo especial.
- Ah, é.
- No próximo fim de semana terei minha estreia.
- Eu sei.
- Não te incomoda?
- Prefiro não falar sobre isso. De todo modo, você tem que descansar.
- ... Mas mãe.
- Durma. 

Compartilhe:

DEIXE UM COMENTÁRIO

    Blogger Comment

0 comentários:

Postar um comentário