Keisuke e Miruko #10 (+18)


Já era meio tarde, Miruko não havia ouvido quando ele entrou no quarto, acabara de acordar com o barulho do chuveiro, e eram certa de dez horas da noite, se perguntava onde ele poderia ter estado até aquele horário para chegar e ir direto ao banho, talvez na quadra, mas duvidava, "galinha" como ele era. O que interessava na verdade é que estava incomodado, estava meio frio, e a cama não parecia confortável, na verdade, estava com vontade, com saudade dele, já que não faziam nada havia um tempo devido aquela viagem estranha, um feriado em casa, e desde então, só se falavam meio atravessado, mesmo após beijá-lo como despedida. Pensar nisso, fazia o coração bater forte no peito. Devagar, se levantou da cama, deixando os chinelos ali mesmo no quarto e seguiu ao banheiro, a porta estava aberta mesmo. Ao entrar, retirou a camiseta que usava e também a calça, deixando-as de lado, de qualquer jeito e observou-o no banho, ponderando se realmente deveria entrar ali, se ele não ficaria bravo, estava tão compenetrado no que fazia, de olhos fechados enxaguando seus cabelos, que nem parecia se dar conta de que havia entrado no box com ele, deslizando suavemente a porta até estar dentro do local. Esperou-o pacientemente até que houvesse retirado toda a espuma dos cabelos e só então se aproximou. Observou a pele dele, parecia quente, parecia atrativa. O beijou no ombro, devagar, pequenos toques de lábios, e as mãos deslizaram em seu corpo, sua cintura e seus quadris, até encontrar seu baixo ventre, e sem dizer nada, segurou-o entre os dedos, apertando-o suavemente, talvez estivesse um pouco envergonhado por fazer aquilo, por isso, escondeu a face corada contra seu pescoço.

Se havia corrido, havia corrido, também havia galinhado como ele mesmo pensava. Keisuke havia feito uma porção de coisas naquele dia e estar tomando um banho era reconfortante. Havia voltado de uma corrida, queria lavar a cabeça e se livrar de qualquer suor. Tanto que, somente percebeu sua presença ao arrastar o box, mas nem por isso voltou a abrir os olhos, não tinha como fazê-lo​ enquanto enxaguava a cabeça ensaboada. Mas sentiu sua proximidade, o que fez questionar o que ele estava pensando, embora para si mesmo. Após se enxaguar, sentiu o toque de seus beijos um pouco inconsistentes, talvez inseguro. As mãos tão leves quanto a boca desceram pelo corpo até encontrar uma parte específica. Reabriu os olhos então, se perguntando que tipo de expressão ele teria, mas havia desviado e escondido a face junto ao pescoço. Ergueu a mão e tocou seu cabelo curto e escuro.
O moreno suspirou, sentindo um arrepio percorrer o corpo conforme sentiu seu toque e o beijou mais algumas vezes, queria falar com ele, mas ao mesmo tempo, não queria. Estava nervoso, ansioso. Ao continuar os movimentos, masturbava-o, devagar, movendo a mão, apertando-o, e deslizou suavemente o dedo, tocando-o em sua ponta.
De olhos abertos, o que Keisuke tinha em vista era a imagem acima de seu ombro. Descansou como ele a face em seu ombro, sentindo sob seus dedos o corpo que respondia ao estímulo. Ao tocar sua nuca o enroscou nos fios curtos e puxou-o pelo cabelo, sem ser doloso, suficiente para afasta-lo do próprio pescoço, o fitou.
Ao vê-lo se virar, Miruko ainda escondia a face em seu pescoço, preferia daquele jeito, porém logo fora forçado a observa-lo e as bochechas ainda eram vermelhas.
- Está excitado?
O moreno indagou, sem altura e não precisava diante da proximidade. Sentia ainda seus dedos, havia continuado ainda que seu rosto estivesse vermelho. Keisuke a
ssentiu, observando-o e estremeceu conforme o sentiu pulsar entre os dedos.
- E quer ajuda com isso?
Keisuke indagou, embora não estivesse mesmo aguardando respostas ou uma conversa séria. Ao alcança-lo, deslizou o dorso dos dedos, médio e indicador sobre seu ventre, abaixo do umbigo e desceu devagar até alcançar seu membro, suavemente envolveu e sentiu sua maciez. Miruko a
ssentiu novamente e suspirou, deixando escapar um gemido baixinho conforme o sentiu segurar a si. Senti sua falta.
- Mas nos vimos hoje cedo. 
O menor disse e embora se dissesse excitado, não estava de fato completamente ereto.
- Senti sua falta... Desse jeito. - Keisuke murmurou e beijou-o no rosto.
- De sexo ou beijar meu rosto?
- Os dois. - Sorriu.
- Os dois, hum? O beijo no rosto me surpreende mais.
O menor riu baixo.
- Pensei em você... A viagem toda. Quis voltar pra cá na mesma hora.

- Quer que eu penetre você?
Keisuke indagou, não tinha muitos recatos, não sabia se devia ter por serem amigos ou homens.

- Quero... Quero sim.
Miruko disse e também não tinha muito recato, queria, e pedia a ele.
- Hum. 
O loiro murmurou em compreensão e se abaixou na pouca diferença de altura. Tomou seu pescoço onde o segurou e o tocou a beija-lo, trazendo consigo para baixo da água. O menor aproximou-se dele conforme o sentiu puxar a si e beijou-o no rosto algumas vezes, sentindo-o beijar a si e estremeceu.
- Kei...

O maior mordiscou e do pescoço seguiu para o queixo, o alcançou a tomar seus lábios, o beijou, penetrando sua boca, tal como fez em seu corpo, tocou precisamente suas nádegas e levou os dedos em seu âmago, dois deles, suavemente passou a empurrar para dentro. Miruko retribuiu o beijo dele, sentindo o toque de sua língua macia e estremeceu conforme sentiu seus dedos, até inclinou-se pouco, dando espaço para ele entre as próprias nádegas e gemeu, dolorido ao senti-lo adentrar a si.
Embora a passagem fosse difícil, Keisuke não teve problemas em seguir, deslizou os dedos para ele, o penetrou, sentindo-se preso com firmeza, mas não impossível de mover. O beijava, no mesmo brando ritmo com que movia os dedos para dentro dele, indo e vindo. Miruko suspirou conforme o sentiu se empurrar para si, gemeu, prazeroso e mordeu o lábio inferior, o dele, mantendo-se naquele beijo gostoso enquanto o sentia tocar a si.
- Gostoso? 
O maior indagou a ele, no meio do beijo que não interrompera de fato. Os dedos continuavam em ritmo para penetra-lo. Vagarosamente em vaivém. O moreno assentiu, desviando o olhar a ele por um breve momento e agarrou-o no ombro com uma das mãos enquanto a outra continuava a se mover ao redor do sexo dele, apertando-o, firme.
- Uh... 
Keisuke murmurou num gemido inesperado ao ser apalpado por seus dedos um pouco mais firmes. O retribuiu na mesma intensidade ao penetrar os dedos mais firmemente. Miruko gemeu novamente, prazeroso e arrepiou-se, soltando-o rapidamente e virou-se de costas, apoiando-se na parede com ambas as mãos e deu a ele a visão das próprias nádegas. 
- ... Vem...
O maior não havia se demorado como estava, virou-se rapidamente para dar as costas a si e empinar a bunda de um modo sutil, mas que para si já era como não imaginava vê-lo em posição. Após sair de dentro dele, outra parte estaria em seu interior. Tomou-se nos dedos, se esfregou nele e mesmo com a mão ajudou-se a empurrar para dentro de seu interior apertado. Devagar o adentrou. 
Miruko gemeu, dolorido ao senti-lo se empurrar para si e abaixou a cabeça, mordendo o lábio inferior. Havia esperado tanto por aquilo, que nem dois mais tanto. Estremeceu mais uma vez e segurou-se entre os dedos, apertando sem conter a vontade que tinha de senti-lo, de te-lo.
A voz do maior soava como a dele em um gemido, porém um pouco mais rouco que seu timbre, que as vezes podia jurar que soava manhoso. Sentiu-se envolto por ele,  por seu corpo estreito, mas que não deu importância, se empurrou a ele, imergindo e criou ritmo tão logo.
- Kei... Kei eu...
O moreno falou a ele e abaixou a cabeça, cerrando os punhos e observou a água que escorria pelo chão do box, estava difícil devido a falta de lubrificação, a água levava embora, mesmo assim, esperava pelos movimentos dele.

- Hum?
Keisuke indagou ao ouvi-lo chamar, esperava por alguma coisa. Se moveu ainda assim, mesmo na passagem difícil de seu corpo não lubrificado. Miruko f
echou os olhos, firme e virou a face, observando-o atrás de si.
- ... Kimochi?

- Hum...
O maior murmurou soando afirmativo. Envolveu seu quadril ao passar o braço em torno dele, passou a puxa-lo, bem se encaixando em seu corpo. Contra o peito sentia suas costas e mordeu levemente seu ombro. Ao erguer a mão o tocou na coxa, seguiu ao ventre e tocou seu sexo. Miruko m
ordeu o lábio inferior e ainda de cabeça baixa observava os movimentos que ele fazia, o sexo tocado e era estranho ainda ter aquele toque do outro. 
- Hum... 
Gemeu, dolorido ainda, o apertava dentro de si, ainda desacostumado.
- Quer vir... No colo? 
Keisuke indagou, sentindo-o acanhado, o que fazia com que se sentisse do mesmo modo. Com mais força investiu para ele, já havia criado ritmo. E com os lábios se voltava a seu pescoço e subiu até a orelha, escondida por seus cabelos molhados e curtos, mas suficiente para cobri-la. Miruko assentiu ao ouvi-lo, embora soubesse que ficaria de frente a ele, queria vê-lo, queria toca-lo também. Sentiu os toques suaves, gostosos e arrepiou-se, virando-se de frente a ele em seguida.
- Você quer isso mesmo, Miruko?
O loiro indagou diante de tamanho recato, ele parecia tímido, quase silencioso demais. Ao marcar sua pele com a sugada que lhe deu, afastou-se então para atendê-lo, o virou e tomou no colo, sustentando-o junto à parede. Desse modo antes que voltasse a penetra-lo, Acomodou-se entre os braços, beijou seu rosto, talvez mais dócil do que deveria, beijou sua boca e penetrou-a com a língua antes de penetra-lo com outra parte do corpo.

Ao virar-se, Miruko observou-o, era bonito, droga, como ele era bonito. Fora ele quem fizera a si pensar se gostava de fato de homens, havia pensado tanto nisso, até se envolvido com um cara errado e trouxa, mas o que demorava para perceber é que não gostava de homens, e sim dele. Gostava dele... É, gostava dele. Beijou-o igualmente no rosto, selou-lhe os lábios e por fim o beijou de mesmo modo, empurrando a língua para a boca dele, apreciando o toque, quente e macio. 
- ... Hum...
Por um instante, Keisuke seguiu com o toque, trocando saliva com ele. E mesmo em meio ao gesto, tocou-se entre as pernas dele e desse modo se encaixou nele, voltou a penetra-lo, deslizou para seu corpo, criando um vigoroso vaivém. Tal como intensificou o movimento da língua. Miruko cessou o beijo ao senti-lo adentrar o corpo, e fora somente para inclinar o pescoço para trás, deixando escapar um gemido mais alto, prazeroso e trêmulo.
- Você quer como?
O maior indagou, soou contra seu queixo onde se encostou. Retomou movimento, o fez devagar, era porém, gradativo.

- Assim é gostoso... 
Miruko murmurou e gemeu novamente, baixinho conforme sentiu-o se encostar em si. O loiro ergueu a direção visual para ele, fitando seus olhos entreabertos, mas que podiam ver a si. Ao segurar firmemente suas coxas, intensificou um tanto mais o ritmo, porém manteve no que ele queria. 
O moreno sorriu a ele, deslizando uma das mãos pelos cabelos do outro, e era um dos únicos momentos que podia ser carinhoso com ele sem parecer estranho, quer dizer, mesmo naquele momento parecia estranho, mas não se importava tanto. 
- Kei... Me faz gozar, Kei.
Era aquele um pedido estranhamente incomum e excitante, quer dizer, Keisuke nunca ouviria aquele pedido vindo de uma mulher, imaginava, então então estar excitado com aquele pedido, era conscientemente por causa dele. Arqueou-se, tentando alcançar seu peito, morder e sugar um de seus mamilos. 
- Vou fazer. - Disse embora breve e ocupado.
Miruko assentiu e agarrou-se aos cabelos dele, entrelaçando os fios entre os dedos, puxando-o para si, sentindo seus lábios quentes sobre a pele e estremeceu, movendo suavemente os quadris. 
- Kimochi...
Com a mão em sua pelve, Keisuke o ajudou a se mover, fazendo-o rebolar de leve no colo, como o acomodava. Não deixou de mover o próprio quadril ainda assim e com os beijos que lhe deu na pele logo subiu até o pescoço onde se enfurnou a medida em que intensificou o ritmo. O pressionou contra a parede. Miruko agarrou-se a ele com ambas as mãos, cravando as unhas curtas em seu ombro e abraçou-o, puxando contra o próprio corpo, o segurando. 
- Ah...
- Hum... 
O loiro murmurou num protesto leve sob suas unhas, que provavelmente pareciam ainda piores por serem curtas. Ainda o sustentava contra o corpo e a parede a medida que intensificava o ritmo, e embora não fosse o mais rápido que conseguia, era hábil e firme. Miruko abraçou-o a levar os braços ao redor do pescoço dele e repousou a face em seu pescoço, escondendo-se a beija-lo onde conseguia e próximo de seu ouvido gemia baixinho a cada encontro de corpos. Deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, de modo sutil e mordeu-lhe a cartilagem.
- Kimochi... Kimochi, hum? 
Keisuke disse-lhe contra o pescoço, onde ele mesmo se acomodava no ombro. Sentia os beijos dispersos vez outra e sorriu, achando graça. Precisou se encolher tentando evitar o mordisco. As mãos em sua cintura logo passou as nádegas por onde o sustentou e apalpou a região firme e macia, deu até um tapinha sem força. Miruko assentiu e riu baixinho, apertando-o em meio aos braços e gemeu, prazeroso conforme o sentia atingir o ponto específico no próprio interior. 
- Ah... Kei...
- Quer gozar? 
O maior soou como ele, próximo a audição. Mordisco seu macio lóbulo, provocando-o na orelha como ele a si, no entanto o contrário de si, aquilo realmente o excitava. Miruko estremeceu conforme o ouviu e sentiu seu toque suave na orelha, encolheu-se igualmente, mas excitado. 
- Iku... Iku yo.
O maior subiu a seus cabelos uma das mãos, enroscou aos fios curtos e os tomou junto ao topo de sua cabeça, puxou de leve para o lado e deu passagem em seu pescoço, o mordisco, sugou a pele, dali podia sentir o cheiro dele mesmo com a água do chuveiro. Aquela altura já tinham os dedos levemente enrugados pelo tempo embaixo d'água. O moreno mordeu o lábio inferior, sabia que iria gozar, e não iria demorar com os movimentos dele, podia ouvir sua respiração, mesmos seus gemidos sutis, não iria aguentar. O gemido mais alto deixou os lábios por fim e finalmente atingiu o ápice. 
- Ah... Kei...
Keisuke mordeu a seu pescoço, e foi quando sentiu o toque quente de seu clímax no ventre, denunciando seu ápice. E ao envolve-lo, puxou-o para si, gozou com ele, dentro dele.
- Ah... 
O moreno gemeu novamente, próximo a ele, contra sua pele em seu pescoço e apertou-o contra o próprio corpo, estremecendo. Quando interrompeu os movimentos, o maior puxou-o para si, o abraçou até que enfim se sentissem satisfeitos com o clímax. Ainda respirava pesado e descompassado enquanto descansava em seu ombro.
- Kimochi... - Miruko murmurou soprado e mordeu o lábio inferior mais uma vez. - ... Senti sua falta. - Murmurou novamente e abraçou-o, apertando contra si.
- Hum, parece que aprendeu a sentir abstinência de sexo. 
Keisuke beijou seu pescoço e pelo modo trêmulo de suas pernas preferiu mantê-lo no colo por um instante.
- Não de sexo somente. Mas de fazer isso com você.
- Hum, que fofura. 
O maior acariciou sua nuca. Na verdade disse daquele modo por não saber como agir diante de seu comentário. 
- Não seja bobo. - Riu.
- Quer descer?
- Hai...
Keisuke colocou-o no chão como pedido, mas o segurou antes que pudesse resolver ceder sobre as pernas. 
- Acho melhor se lavar agora.
Devagar, o menor pisou no chão, apoiando-se na parede e gemeu, dolorido. 
- Hai...
O loiro aproveitou e rapidamente se lavou, tirando os resquícios de sexo a fim de deixa-lo formular então sua higiene. Ao se levantar, Miruko buscou a esponja e lavou o corpo, igualmente a ele.
- Vou deixá-lo terminar o banho. 
Keisuke disse após terminar de se enxaguar. Ao abrir o box puxou a toalha para si. Miruko assentiu e sorriu a ele meio de canto, terminando de enxaguar o corpo.
Após a saída, o maior trouxe-lhe uma toalha. Claro que acabava pensativo sobre a situação, mas não disse nada. Ao voltar para o quarto, escolheu alguma roupa e se vestiu, pendurou a toalha e se sentou na cama, secava os cabelos naquelas notas mentais. Ao sair, o moreno secou o corpo igualmente com a toalha, suspirando ao pensar que havia sido tão afável com ele... Era um idiota. Não poderia se entregar assim ou ele tiraria sarro. 
- E aí, o que vai fazer hoje?
- Hum? Como assim? Algo vai acontecer hoje? - O loiro indagou sem entender a pergunta.
- Ah, é que vai ter uma festa. Queria saber se iria.
- Não fiquei sabendo. Festa de que?
- Os calouros vão dar uma. Vai rolar aquelas idiotices de sempre.
- Ah, aquele monte de babaca. Só iria pela comida.
- Acho que não vai ter tanta comida.
- Então, por isso é mais fácil comprar.
- Tá bem então. - Riu.
- Mas você pode ir se estiver a fim.
- Não... Vou ficar.
- Vou é dormir que a cama está mais daora.
- Ah, é?
- Está sim. Você quer fazer o que?
- Ver filme com você ou sei lá.
- Beleza, qual você quer ver?
- Hum, terror? - Sorriu.
- Uhum, qual? 
Keisuke indagou e deixou de lado a toalha que usou no cabelo, levando-a igualmente ao banheiro. Ao voltar se deitou novamente, enrolando-se no próprio edredom.
- ... Kei. Por que nunca falamos sobre isso?
- Hum?
- Por que nunca falamos sobre isso... Sobre o que fazemos.
- Nós podemos falar se quiser. Não sabia que curtia falar sobre sexo.
- Não curto... É que somos amigos e... Fazemos sexo.
- Hum, bem eu não sei o que que falar. Mas fale se tem algo que precisa dizer.
- ... Não... Não acha isso estranho?
- Acho. 
Keisuke disse e sorriu no lugar do riso, mas expunha os dentes, evidentemente achando graça. O menor uniu as sobrancelhas e riu, assentindo e buscou os óculos na cômoda lado a cama. 
- ...
- Hum, então, sensei, como estávamos falando.
O menor riu. 
- Para de zoar meus óculos.
- Vamos, coloca o filme. - Keisuke sorriu.
- Hai... 
O menor sorriu e ligou a televisão, ajustando o filme no DVD. O loiro se acomodou na cama novamente, desenroscando-se do edredom. 
- Vai rolar uma pipoca?
- Ah? Quer que eu faça pipoca? - Riu. - Tá bom.
- Não não, não é sério. 
O maior riu baixinho e puxou o edredom a envolver a cabeça, fechando-se como em um casulo. O moreno riu e deitou-se junto dele na cama. 
- Vem...
O moreno fitou-o após ajustar o filme, percebendo que não havia feito menção sequer de ir para sua cama, deitou-se na própria, consigo, achou graça enquanto o olhava se acomodar como se pudesse se encaixar consigo. 
- Vem?
- É, vem. Ou quer que eu vá pra minha cama?
- Vem o que? - Keisuke indagou sem realmente entende-lo.
- Me abraça, ora.
- Abraçar, ah? 
Keisuke riu entre os dentes mas o ajeitou consigo, deu a ele o abraço que pedia. Miruko riu baixinho e aconchegou-se junto a ele, fechando os olhos e repousou a face em seu tórax.
- ... Gosta de transar comigo?
- Hum, parece que você está mesmo afim de falar sobre isso. Algo te incomoda?
- Não, eu... Só... Só queria saber.
- Eu gosto sim.
Miruko desviou o olhar a ele e sorriu, meio de canto.
- Você também gosta.
- Gosto... Acha que eu sou gay por isso?
- Hum... Sei lá, acho que sim. Até porque você ficou com outro cara.
- E você... É gay?
- Não acho que eu seja gay. Eu gosto de mulher.
- ... Mas...
- Eu não sei. Não acho que eu pegaria outro cara que não fosse você.
- Hum, sou exclusivo.
- Ou talvez seja mulher e não sabe. - Keisuke provocou ao ser provocado. Sorriu a ele.
- Idiota. - Empurrou-o sutilmente. - Não me trata como uma mulher...
- Estou brincando, palhaço.
- Acho melhor tirar os óculos. - Riu.
- É, sei que está tentando me seduzir mas é melhor tirar.
- Ah sim... - Riu.

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