Ritsu e Etsuo #1


- Hai, pode deixar.
Etsuo falou à mãe, que sempre parecia tão pequeno e infantil embora já fosse bem mais velho do que a si, era mais alto que ele, e parecia uma criança perto de si. Seguiu ao quarto do irmão onde finalmente o encontraria, parecia meio entediado, ou chateado, não sabia, enquanto mexia em seu celular. Sentou-se ao lado dele na cama, deslizando uma das mãos por seus cabelos loiros e deslizou em seu colo um ovo de chocolate com recheio de morango embrulhado, beijando-o em sua testa como tinha costume. Havia crescido, não tinha mais aquele tamanho de nada como tinha quando o havia encontrado, tinha agora dezenove anos, e o irmão dezessete, gostava dele, na verdade, era o próprio melhor amigo.
- Boa noite, pequeno.

Ritsu não tinha muitas opções naquele jogo, colocava ração, trocava os brinquedos e era isso o que dava pra fazer, mas pelo menos podia mexer em alguma coisa. Estava entendiado, era como costumava se sentir quando não tinha aula, principalmente porque os pais tinham rotinas diferentes de si, ainda que tivesse crescido vivenciando seus modos diferenciados, as vezes ainda era possível deixar de perceber que tinham corpos muito diferentes. Ergueu o olhar a ele, ao vê-lo mexer na porta, trazendo consigo o presente de páscoa, embora não fosse um costume tão japonês, e gostava de comemorá-lo. Abaixou a cabeça, a fitar o chocolate e receber o beijo na testa, embora já não fosse um bebê, ele gostava de fazer aquilo e havia assim como outras coisas, se habituado.
- Hum, bom. - Disse e por fim deu um sorrisinho ao moreno. Havia lhe comprado algo, mas não daria agora. - Saiu cedo hoje. - Cedo, para ele é claro.

- Hai, eu encomendei o ovo, sabe que aqui eles não vendem em mercados, então... Fiz um com recheio que você gosta. O que ficou fazendo?
- Durante o dia? Ou no pouco tempo que você ficou fora?
- Durante o dia, no tempo em que fiquei, quero saber tudo.
O menor deu um risinho entre os dentes, com a boca fechada.
- Eu dormi uma boa parte do dia, acordei no horário de escola, e como não tinha aula, li um pouco, assisti alguma coisa, comi com a mamãe, sabe que ele costuma acordar um pouco mais cedo, quando ainda é dia, não sei se é costume ou se é pra me fazer companhia.

Etsuo sorriu meio de canto e assentiu, acariciando os cabelinhos loiros dele e deslizou uma das mãos sutilmente por sua face, observando-a enquanto falava, e gostava do movimento de suas bochechas, meio coradas, talvez pelo frio que não podia sentir, mas que era presente lá fora e até mesmo no quarto.
- Hai... Quer que eu faça algo pra você comer?

- Podíamos sair, comer um lanche.
Disse o menor, afinal já era seu horário permitido para sair. Por um pouco levou a mão até a bochecha, coçando onde ele acariciava, tão suave, que causava cócegas.

Etsuo riu baixinho e assentiu, de fato era sutil demais com ele, amava o irmão, mas sabia da própria força e lidando com um humano, tinha medo de machucá-lo quando segurasse sua mão, seu pulso, qualquer parte de seu corpo.
- Então vamos comer um lanche naquela lanchonete 24 horas.
- Aquela que tem um lanche enorme e você gosta? Hum, quem sabe uma competição, você é tão pequenininho, não ia conseguir comer. - Disse o maior, provocando-o.
- Não sou pequenininho, só não uso suas jaquetas grossas. Seus cinco centímetros não são vinte.
Etsuo riu e assentiu.
- Ah então tá bom.

- Vamos, eu duvido você comer tudo também.
- Hum hum, vamos.
- Eu vou trocar de roupa só.
Disse o menor e por fim se levantou, buscando no closet alguma roupa, escolheu uma calça preta, camiseta de malha irregular, gostava daquele tipo de roupa, mas teria de ser coberto por um casaco mais grosso, evitando o frio lá fora, acabou escolhendo uma blusa de linho fechada, cinza claro.

Etsuo assentiu e desviou o olhar ao irmão, acompanhando-o com os olhos enquanto seguia pelo local em sua troca de roupas. Sorriu, meio de canto, notando o corpo tão bonito dele e que tanto gostava e negativou consigo mesmo.
- Você... Cresceu bastante.

- Você não vai sair, não é?
O menor indagou e o viu negar com um meio sorriso, por fim passou a se despir, tirando as roupas casuais que substituiria pelas peças escolhidas e pela leve brisa na pele, podia eriçar enquanto dava alguns espasmos rapidinhos tentando vestir a roupa mais depressa.
- Fala como se não tivesse visto isso acontecer. - Disse e virou-se a fitá-lo, sorriu com sutileza.

O moreno sorriu igualmente, meio de canto e mordeu o lábio inferior, negativando.
- Sou todo seu hoje.

- Estou falando pra eu me vestir, aniki. - Ritsu resmungou e por fim deu uma breve batida na roupa, indicando-se em prontidão. - Vamos lá comer um super lanche!
O maior riu.
- Eu nunca saio, ora. Vamos!

- Vamos. Será que eles querem ir junto?
Disse o menor enquanto posicionava o ovo de páscoa acima do móvel, onde não ficaria por muito tempo.

- Mamãe está se arrumando para fazer plantão no hospital, então...
- Ah sim, achei que ele ia ficar sozinho hoje. - Disse Ritsu e por fim seguiu para a porta, chamando o irmão ainda sentado. - Vem, preguiça.
Etsuo sorriu e assentiu, levantando-se e segurou a mão do irmão mais novo.
- Vamos.

O menor sentiu o toque na mão, em seu hábito de ser tão carinhoso. Gostava de seus cuidados, mesmo que já se achasse um pouco maduro para continuar tão mimado, mas ele parecia gostar daquilo, portando talvez fosse um favor para ambos. 
Etsuo sorriu ao menor novamente, que não era tão menor assim, mas como era o irmão caçula o tratava como se fosse bem menor do que de fato era. Seguiu para fora, pegando a chave de casa e caminhou com ele até a lanchonete, agarrando-se a cintura dele ao passar por dois dos becos, esperando não encontrar ninguém indesejado. Ritsu sorriu, evitando o riso, embora quisesse rir por ser agarrado com tanta veemência. Até o retribuiu, passando o braço em torno de sua cintura do mesmo modo. 
- Não precisa me segurar assim, sabe que ninguém vai fazer nada, está ao lado.
- Eu sei... Eu sei. Desculpe.
O maior murmurou e de fato, só faltava rosnar para as pessoas na rua, não queria que ninguém encostasse nele, era próprio, somente e logo, estava dentro da lanchonete.
- O que vai querer, onii?

Ritsu deu-lhe uma suave apertadinha no quadril e escolheu visualmente uma das mesas. Tinha o estabelecimento cheio diante do horário e quase podia ouvir o burburinho de falatório, eram baixos, mas bem audíveis. diante do número de pessoas por lá.
- Quero o número 14.

Etsuo desviou o olhar ao casal que comentava ao lado de si e cutucou o homem no ombro, um senhor, irritante que ecoava na própria cabeça.
- Está com algum problema, amigo? Estamos incomodando você? Ótimo, achei mesmo que não. - Falou, mediante ao olhar com os olhos vermelhos sobre ele, que se encolheu inteiro e logo desviou o olhar ao irmão. - 14, ta bem. Vou pedir o 12.


Ritsu fitou o homem, mesmo sua acompanhante, não dava importância mas podia ouvir o irmão retrucar, esquentadinho, pensou e deu um sorriso para si mesmo.
- Escolhe algo pra tomar, eu vou pegar uma das mesas.
Hai... Não vá longe.
O maior falou a ele, observando-o se afastar e optou pelo refrigerante para ele, já que gostava e suco para si.

- Não tenho como ir longe aqui, Aniki.
Disse o menor e deu-lhe um sorriso, provocando-o ao mesmo tempo que podia confortá-lo, escolheu por fim o assento e se acomodou por lá, esperando-o formular o pedido. Podia observá-lo dali, gostava realmente do contraste de suas roupas pretas em sua pele pálida. Gostava também de seu aspecto fechado, ainda que fosse na verdade muito apegado. Sorriu a ele, de longe por onde estava, vendo-o na fila.
- Coruja. - Disse, mais para si do que ele.

Etsuo pagou os lanches e bebidas e esperou ao lado para retirá-los, porém ouviu o irmão, mesmo a distância e farejou o ar, procurando a direção dele a observá-lo e abriu um pequeno sorriso, piscando a ele.
- O que há com esse narizinho farejando? Inu-chan.
Disse o loiro ao vê-lo se aproximar e assim deixar a bandeja com os lanches acima da mesa escolhida.
Etsuo riu baixinho, entregando o lanche a ele e aproximou-se ainda mais, farejando o pescoço do irmão onde deu uma pequena mordidinha, sem força. O menor arqueou-se, um pouco tarde para desvencilhar o toque. 
- Não faça isso.
Disse, pego de surpresa enquanto já segurava o lanche envolto em um papel estampando o nome da lanchonete. Etsuo r
iu baixinho novamente.
- Não vou te morder, não se preocupe.

- Vem, vem, quero ver você comer tudinho.
O menor riu.
- Hum, eu como onii, me dá.

- Pegue e coma. - Disse o menor e aspirou o cheiro gostoso do hambúrguer. - Hum...
Etsuo pegou da bandeja o hambúrguer, abrindo-o e logo deu uma mordida, deixando exposto ao irmão as pequenas presas afiadas.
- O que? Está constando seus dentes de gato pra mim?
Disse o menor e sorriu, pousando o lanche sobre a bandeja após mais uma mordida. Descansou a face sobre a palma da mão, vendo-o mastigar também, provocando-o ao observá-lo comer.

- Hum, iie. Você já viu várias vezes meus dentinhos de gato, não viu? Onii-chan. Olhe seu pulso. - Piscou a ele e terminou de mastigar.
- Não somente vi. - Ritsu retrucou e tentou soar ressentido, brincando com ele, claro.
- Hum, não te machuquei mais.
- Porque deu a cota de mordidas quando eu era menor.
O maior riu.
- Eu era uma criança, como iria saber?

- Sabendo. - Disse o loiro e voltou a morder o lanche, sentindo o gosto saboroso da opção bem calórica de jantar. - Você gosta desse tipo de comida?
- Não tanto quanto você deve gostar, aposto. - Sorriu a ele.
- Na verdade eu gosto mais de sushi, mas hoje eu fiquei com vontade de comer um lanche. - Disse o menor e terminou de ingerir com ajuda da bebida.
- Eu sei que você gosta, sempre trago pra você. - Piscou a ele.
- Eu sei, corujinha. - Disse o menor a respondê-lo e finalizou o lanche um pouco depois, na verdade nem percebeu quando finalmente o terminou. - Uhn!
Murmurou, anunciando o fim da comida visto que ocupado com o último pedaço na boca.

Etsuo riu a observá-lo, terminando o próprio igualmente e bagunçou os cabelos do caçula.
- Oishi, ah?

- Gostoso.
O menor concordou junto a pergunta quando finalmente desocupou a boca e bebeu de seu suco ao invés do refrigerante.

- Hum hum, tem espaço pro sorvete?
- Hum... Não, acho que não. Só se você me der um pouco do seu.
- Hum, conheço esse pouco. - Riu.
- Vai ser pouco, está me chamando de gordo?
- Hum, claro que não, você está lindo.
- Está dizendo que vou tomar seu sorvete todo, hum hum. Vamos, vamos pegar seu sorvetinho.
Etsuo riu e assentiu, levantando-se e seguiu em direção ao caixa, onde pediu o próprio sorvete. Ritsu levantou-se, levando consigo o copo de suco do irmão, sorvendo pelo canudo ao caminho do balcão onde ele fazia seu pedido. O maior escolheu o sorvete com cobertura de morango e sorriu ao pequeno, pedindo cobertura extra, obviamente, para ele mesmo.
- Vamos. - Disse o menor e voltou a beber o suco, deixando a lanchonete já formulado o pagamento previamente ao jantar.- Você não devia ter ido pra aula hoje?
- Hum, não conte a ninguém, mas eu estou cabulando.
- Vadiando.
- É, pra ficar com você.
- Usotsuki. Só queria ficar em casa e me usou como desculpa. - Disse o menor e chegou mais perto do irmão, abraçando sua cintura. 
- Até parece, se queria ficar em casa não teria saído pra comer com você.
Murmurou o maior e abraçou-o igualmente, entregando o sorvete a ele e beijou-o na cabeça.

Ritsu negou ao sorvete, estava cheio, mas concordou em ajudá-lo a tomar porque queria que ele o comprasse a si mesmo. Ele tinha o estranho habito de imaginar que adorava coisas tão doces, embora na verdade não fosse a maior das formigas, mas nunca diria nada, gostava de seus mimos.
Etsuo sorriu a ele, parando em frente a porta de casa, porém continuou, seguindo com o outro até a praça próxima e como o sol ainda se fazia visível no horizonte, via o céu colorido de laranja e rosa.
- Está afim de caminhar?
Disse o loiro ao vê-lo prosseguir e acabou fazendo o mesmo. Arremessou somente o copo numa lixeira próxima e observou o que ele observava.

- Uhum. - O maior falou a ele e levou pouco do sorvete aos lábios, sentando-se em um dos bancos por ali. - Vem.
- Você parece meio deprimido hoje, aniki. - Disse o menor e se sentou ao lado dele.
- Deprimido? - Sorriu. - Não estou, quero passar um tempo com você. Me diz, está namorando?
- Hum, não... Que pergunta repentina. Por quê? Você está querendo dizer que está namorando?
- Até parece. - Etsuo murmurou e sorriu meio de canto. - Eu sou seu, onii-chan. - Falou e embora fosse brincadeira, tinha um fundo de verdade.
- Que isso, complexo de irmão? - O menor brincou é claro, zombando do irmão, mas descansou o rosto em seu ombro. - Você é novo, não pode namorar.
- Você também, então já sabe, eu quebro ele ou ela em dois.
- Ah, ciumento.
- Sou mesmo.
- Se você for namorar, não pode casar e ir embora.
- Não vou onii... Não vou. - O maior murmurou, observando as próprias mãos e logo desviou o olhar ao pequeno. - Você... Precisa cortar o cabelo onii, vai parecer uma menininha se crescer mais.
- Ah, vai implicar com o meu cabelo? Engraçado que pro papai você não diz isso.
Etsuo riu.
- Estou te irritando, não quero que corte.

- Vou falar pro papai que disse que ele tem cabelo de mulher.
- Nãão... - Etsuo riu e deslizou uma das mãos pela face do menor, acariciando-o e ajeitando seus cabelos loiros e tão bonitos. - Você... É lindo, onii-chan, sabia?
- Pare de me paparicar.
Disse o menor e voltou a descansar o rosto em seu ombro, na curva de seu pescoço.

- Não estou.
Murmurou o maior e riu baixinho, acariciando-o conforme se juntou a si e guiou o braço ao redor da cintura dele, apertando-o perto de si. Uma das mãos, deslizou por seus ombros até seu queixo e puxou-o para si, erguendo sua face e notou cada pequeno detalhe em seu rosto, até seus lábios macios, onde juntou com os próprios e os selou.

Ritsu ergueu o rosto ao sentir seu gentil toque sob o queixo, fez menção de questionar o porque de sua análise, mas sorriu, por fim, a pequena distância entre si e o mais velho se tornou inexistente e sentiu o toque tipicamente frio de sua pele, num lugar novo no entanto, nos lábios. Surpreso franziu o cenho e se afastou, com um risinho.
- Eca, Etsu.

O moreno observou-o a se afastar e uniu as sobrancelhas, tinha medo de fazê-lo antes, e agora, tinha mais ainda. Deu um sorrisinho de canto a ele e negativou.
- Estou brincando.

- Brincando nada, quer tirar seu atraso em cima de mim, é?
O menor riu entre os dentes, levando realmente como uma brincadeira, ele era naturalmente sério, então sempre costumava anunciar o que era ou não uma brincadeira, então se dizia que era, era. Levou a mão sobre os lábios.
- São bem frios.

Etsuo riu baixinho e negativou ao ouvi-lo, sentindo a mão do menor sobre os lábios e segurou-a, deslizando os dedos por sua mão quentinha.
- E você é bem quente.

- Me pergunto como vai ser ser o único a envelhecer.
- ... Você não vai envelhecer.
- É claro que vou, não sou como vocês.
Disse o menor e embora o assunto pudesse soar como algo ruim, nas estava realmente fazendo uma crítica, sorriu a ele.

- Não, não vai. Eu vou te morder quando chegar a hora.
- Não vai não. Mamãe disse que nem todos sobrevivem a isso, e se eu acabar não sobrevivendo, você vai sentir culpa, não quero isso.
 -... - Etsuo manteve-se silencioso por um tempo e desviou o olhar, estremecendo ao pensar na possibilidade de perdê-lo. - Eu... Não posso perder você, você vai sobreviver.
Ritsu riu e negativou, não deveria ter tocado no assunto, sabia que aquela abordagem podia ser agonizante para qualquer membro da família, mas com quem poderia falar? Ele era fofo, pensou consigo mesmo.
- Termine o sorvete, Etsu.

- Não posso te deixar ir embora, Ritsu. Você entendeu?
- Pare, onii-chan, não precisa ficar tão sentimental, você é muito intenso. Não vou embora. - Disse o menor e levou a mão em seu rosto frio, acariciando sua bochecha.
Etsuo assentiu e segurou a mão dele entre os dedos, apertando-a, com pouco mais de força do que queria.
- Eu te amo, Ritsu.

- Itte.. - Resmungou o loirinho num pedido para afrouxar. - Também te amo, Etsu, mas não vou morrer, então fique tranquilo.
O maior assentiu novamente e soltou a mão dele, unindo as sobrancelhas.
- Hey, não faça assim. - Disse o menor e voltou a acariciar seu rosto.
- Desculpe... Eu sei que posso te machucar.
- Eu digo que você é intenso. - Ritsu disse e sorriu ao moreno, afagando uma mecha de seus cabelo escuros como o de todos em casa, colocando atrás de sua orelha. - Vamos pra casa?
Etsuo sorriu a ele, meio de canto e abaixou-se junto dele, beijando-o no rosto.
- Desculpe pelo beijo... Seus lábios... Pareciam tão macios.

- Hum, vou comprar uns marshmallows pra você beijar.
- Bobo. - O maior riu e mordeu-o em um de seus dedos, sem força novamente. - Vem cá que vou morder você inteirinho, marshmallow!
O menor riu e encolheu-se, como se pudesse evitar alguma mordida caso quisesse realmente morder.
- Não, de macio só tem o lábio, o resto é tudo duro, não tenho carne suficiente, e não vai querer morder a bunda.

- Ah, vou querer morder essa bunda sim! - Etsuo riu, agarrando-o contra o corpo. - Dá esse bumbum aqui!
- Não! Sai, hentai! - O menor arqueou-se, dando as costas ao irmãos, ainda sentado.
- Me dê as costas mesmo que estou vendo um bumbum!
- Mas estou sentado em cima, sai, deixe minha bunda em paz, hentai, ecchi.
- Não deixo, não deixo! - Etsuo riu novamente e beijou-o na bochecha algumas vezes. - Vamos pedacinho, vamos entrar.
Ritsu riu e desvencilhou do irmão, tentando manter as nádegas bem pregadas no assento.
- Onii, por que me trata como criança ainda? Tem medo que eu cresça?

Etsuo sorriu a ele e negativou.
- Você já cresceu, eu tenho medo de perdê-lo.
- Não vai perder, Etsu. Vamos ficar juntos pra sempre. Eu prometo.

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