Kyo e Shinya #31 (+18)


Como era de costume para Shinya, entrava na casa dele sem dizer nada. Avistou a moça na cozinha e sorriu a ela, ajeitando timidamente os cabelos loiros e compridos.
- Kyo está ai?
Ela voltou a atenção ao mais alto, com um pequeno sorriso nos lábios.
- Está dormindo.
- Não vou acordá-lo ne.
Shinya sentou-se no sofá e ligou a televisão, assistindo alguns programas enquanto esperava que o menor acordasse. Quase pegava no sono quando ouviu um barulho um tanto alto, levantou-se num pequeno susto e foi até a cozinha.
- O que foi isso?
A moça virou novamente para o baterista, segurando o riso.
- É só a chuva, senhor.
O maior olhou para a janela e mordeu o lábio inferior, fitando as pequenas gotas a cair sobre a janela.
- Está chovendo? Eu nem notei...
Shinya voltou para a sala e percebeu a chuva que ficava mais forte, desligou a televisão e encolheu-se no sofá. Ao perceber que a chuva não iria parar, desceu até o quarto dele, fazendo silêncio para não acordá-lo e não tropeçar em algo já que estava escuro, mas os olhos logo acostumaram-se. Observou o rosto do outro, tranquilo enquanto adormecido e deitou-se ao lado dele, uma das mãos guiou até o rosto do outro, acariciando-o levemente, quase nem o tocava com medo de acordá-lo.

Kyo sentiu a leve carícia na face, a própria mão fora ao rosto, coçando o local na qual recebera o toque sutil. Uma das mãos ajeitou o edredom sobre o corpo, puxando-o mais sobre o ombro anteriormente descoberto e suspirou. Ouvira o barulho da chuva, já que aos poucos o sono ficava mais leve. O suave som das gotas d'água batendo contra as janelas num ritmo ágil, uma chuva forte.
Shinya sorriu ao ver os movimentos dele e retirou a mão do local, apenas o observando. Fechou os olhos por alguns segundos, descansando enquanto ouvia o barulho da chuva, mas tranquilo por estar ao lado do outro, era agoniante quando chovia porque naquela área costumavam ter muitos tufões, tinha medo de que algo pudesse acontecer durante um deles.
O menor sentiu o pequeno movimento feito sobre a cama, e despertara do pouco sono. Descerrou as pálpebras aos poucos, constando a presença alheia, a face frente a própria, a respiração calma e inaudível, porém, a sentia contra a pele. As vistas ainda levemente embaçadas, fitavam o rosto alheio, e não dissera nada. Shinya suspirou e abriu os olhos devagar, notando que o outro o observava, sorriu.
- Desculpe ter acordado você.
Murmurou e uma das mãos foi novamente ao rosto dele, acariciando-o. O menor s
uspirou, continuou a observá-lo por alguns instantes e após se sentar sobre o local confortável, disse.
- Não me acordou. Está aqui há muito tempo?

- Na casa não muito, no seu quarto, desde começou a chover.
O maior sentou-se assim como ele, o fitando.

- Hum.
Kyo levantou-se e fora ao banheiro, lavou o rosto, escovou os dentes e voltou com a toalha entre as mãos usando-a para secar a face, friccionando os olhos já avermelhados.
- Vou subir. Vem!
Jogou a toalha na cama, deixando o próprio quarto, subiu as escadas e fora a cozinha. Cumprimentou a serviçal e sentou-se num dos assentos, sendo servido logo com o chá. Para si, e o companheiro.

Shinya levantou-se, subindo as escadas até a cozinha e sentando-se ao lado dele, o sorriso nos lábios como sempre e as mãos foram a xícara de chá, assoprando o liquido quente para que esfriasse e logo provou a bebida.
O menor segurou a caneca preta, aquecendo as mãos com o calor do recipiente. Tomou uma pequena quantidade do chá, tornando a pousá-la sobre a mesa. Petiscou um pequeno pedaço do bolo feito pela moça, somente o provando, e logo tomava mais do chá.
Os olhos do maior que fitavam o chá a maior parte do tempo, as vezes se desviavam para o rosto do menor, estava tão feliz por estar ao lado dele por algum motivo, não sabia descrever. Levou novamente a xícara aos lábios enquanto uma das mãos alcançava o tornozelo tocando a pequena corrente que ganhara dele, sorrindo por um breve momento e logo a mão voltou a segurar a xícara quente.
Kyo tomava o chá, enquanto as orbes negras fitavam algum ponto qualquer no exterior da residência através da porta de vidro. Shinya ouviu um trovão pela chuva que caía ainda forte e aproximou mais a cadeira do outro, olhando a xícara com a expressão assustada e após, desviou o olhar a ele.
- Ah... Desculpe... - Afastou-se novamente.

O menor ouviu o barulho alto e notou a aproximação alheia, passando a fitá-lo. O lábio tomou uma leve curva no canto direito, voltando a atenção a própria bebida.
- Está com medo, donzela? - Disse baixo, no entanto audível.

- Não estou com medo... Eu só me assustei. - Shinya riu e voltou a beber o chá.
- Ah claro. - Kyo terminou o chá, deixando o copo sobre a mesa. - Voltarei ao quarto. - Disse já caminhando até o mesmo.
Shinya sorriu para ele.
- Tá bem, já vou descer.
O maior comeu um pedaço do bolo e terminou de beber o chá para logo depois se levantar, caminhou até o quarto dele e deitou-se na cama, observando o vocalista.

- O que foi, hum? - Disse o vocalista.
- Nada. - Riu - Por quê?
- Fica me encarando, sorrindo o tempo todo.
- Desculpe... Senti sua falta.
Kyo estava em frente a porta da varanda, somente observava a chuva, que a altura em que se encontrava, só faltava pouco para o granizo. Abriu a porta, sentindo a gotas d'água que atingiram o próprio corpo, para fechar a porta exterior, deixando o vidro aberto. Tirou a camiseta branca que trajava devido a pouca umidade, jogou-a no braço da poltrona próxima, deixando-a no local. Caminhou até a cama, sentou-se ao lado do mais alto.
- Hum...
Murmuriou ante a fala alheia. Uma das mãos fora a camisa que o baterista trajava, passando a desabotoar os botões, após tê-la aberto, desceu pouco até o fecho da calça, baixou o zíper, e ambas as mãos agora ao cós da calça, puxando-a para baixo, conjunto a roupa íntima, tirando as roupas inferiores do mais alto. Sequer disse algo, afinal, não precisaria. Ambas as mãos foram as pernas do outro, subindo até as coxas, em toques sutis, dando um aperto ao alcançar-lhe a parte interna das mesmas, no entanto somente uma delas se manteve sobre a pele do mais novo. a outra fora à própria calça, esta de tecido flanelado, verde escuro, invadiu-a 
deixando a mão dentre a veste. Envolveu o próprio sexo, fazendo um leve movimento, vai-e-vem, o estimulando lentamente. Curvou pouco sobre o outro, os lábios lhe alcançando a pele, umedecendo-a com os lábios, devido as mordidas e pequenas sugadas.
Shinya manteve os olhos fechados assim que o outro abriu a porta e logo voltou a fitá-lo ao ouvir o barulho da mesma se fechando, notando o corpo do vocalista pouco molhado pela chuva, suas poucas tatuagens pelos braços, bonitas, observando-o retirar a camisa e se sentar na cama. Os olhos se desviaram para as mãos dele que desabotoavam a própria camisa e logo depois retiraram a calça e a roupa intima que usava, suspirou e novamente os olhos se fecharam, apreciando os toques e logo sentiu os lábios dele sobre a pele. Uma das mãos foi ao baixo ventre dele, apertando-o por cima de calça e a outra foi aos cabelos do menor, acariciando-os, puxando-os levemente para que o outro olhasse para si, ergueu o rosto dele e inclinou-se pouco na cama, mantendo os lábios próximos aos do outro, sentindo a respiração dele para assim selar seus lábios e iniciar um beijo.
O menor fitou-o assim que fora puxado pelos cabelos, o encarando, sentiu o toque rápido dos lábios e logo o inicio do beijo que fora correspondido. Deixava que a língua se roçasse a dele ao bel-prazer alheio, vezes sugando levemente o lábio inferior do baterista. Separou os lábios dos dele, ajeitou-se debruçado sobre o mesmo, afastando-lhe as pernas, se pondo entre elas. Abaixou pouco o quadril após baixar minimamente a própria traje, guiando o sexo a intimidade do maior, pressionou o orifício com a ereção, sentindo-a se contrair, evitando a penetração. Passou a mover o quadril em vai-e-vem, mesmo sem invadi-lo até sentir o corresponder do corpo abaixo do próprio. Penetrou-o com a glande somente, em seguida, invadindo-o numa unica estocada para se fazer completamente dentro da cavidade apertada, e sem delongas passou a mover o quadril num vai-e-vem frenético ritmado, mesmo que o corpo do rapaz, ainda reprimisse a intimidade.
A mão de Shinya que ainda estava nos cabelos dele, segurando os mesmos, puxou com um pouco mais de força ao sentir o menor adentrar o corpo, gemeu alto e aproximou-se do pescoço dele, beijando-o e mordendo-o algumas vezes, deixando pequenas marcas, tentando abafar os sons que queriam deixar a garganta, a mão descendo pela nuca dele, apenas roçando as unhas no local com a intenção de arrepiá-lo. Os gemidos baixos próximos ao ouvido dele, deixando a respiração contra a pele do vocalista, cessando as provocações que fazia para observar o rosto dele, mesmo com a expressão de dor ainda estampada na face.
Kyo continuou os movimentos, ritmado, rápido, algumas vezes mais brusco. O peso do corpo, sob os braços que apoiavam-se na cama, a cada lado do corpo de Shinya. Fitava a face do outro, vez ou outra deixando que a visão da própria fosse coberta pelos poucos cabelos que caíam em frente ao rosto.
Aos poucos o maior se acostumava com os movimentos do outro e a face agora era tomada pelo prazer. Repousou a cabeça no ombro dele, escondendo-a do vocalista, arranhando o corpo dele em alguns locais enquanto segurava firme o lençol da cama com a outra mão, murmurando o nome dele entre os gemidos baixos e abafados.
O menor levantou-se, abandonando o corpo alheio. Puxou-o pelo braço, fazendo com que este se levantasse no entanto tornou a empurra-lo na cama, o fazendo se inclinar sobre a mesma, ficando de costas a si. Tornou a encaixar-se na intimidade do mais alto, e ambas as mãos foram aos quadris dele em seguida. Retomou os movimentos, tão ou mais abruptos que os anteriores, dando-lhe por vezes alguns solavancos devido a brusquidão de uma investida ou outra, sendo audível a si o barulho do próprio corpo num encontro rude contra o alheio, e a respiração forte do mais novo ao sentir o choque entre ambos.
Shinya inclinou-se sobre a cama como o outro queria, novamente sentindo os movimentos rudes dele contra si, abaixou a cabeça, os cabelos cobrindo o rosto e os gemidos mais altos audíveis ao menor. A mão deslizou pelo próprio corpo, sentindo o calor da pele e o abdômen que se contraía até chegar no baixo ventre, envolvendo o membro, estimulando-se.
Uma das mãos do vocalista fora aos cabelo do outro, puxando-os entre os dedos. A outra, continuou a segurá-lo com firmeza pela cintura enquanto mantivera os movimentos ao bel-prazer, de modo como apreciava. Cerrou as pálpebras e deixou a concentração na sensação prazerosa no baixo ventre, sendo apertado entre as paredes confortáveis da cavidade estreita e tão caloroso, devaneando a quanto tempo não o possuía devido o modo contido como o corpo do mais novo correspondia, e como parecia desacostumado com o ato. Continuou a entrelaçar e puxar os cabelos louros do baterista, quanto a outra mão fora sobre a dele, fazendo-o apertar ainda mais o próprio sexo, ajudando-o, impondo os estímulos que ele fizera em si mesmo.
O maior apertava o sexo várias vezes como ele queria que fizesse, mordendo o lábio inferior e tentando conter os gemidos diante dos movimentos dele, inclinando pouco a cabeça para trás ao ter os cabelos puxados.
- Hum... Kyo... - Murmurou, a voz tremula entregando ao vocalista como o baterista se excitava. - Não pare...
Apertou o lençol entre os dedos enquanto murmurava, o rosto pouco rubro como de costume.
Tanto a mão quanto o próprio quadril de Kyo, movimentavam-se abruptos sem perder o ritmo. Apertava a ereção alheia contra os dedos, sem delicadeza alguma como já era de feitio. A respiração própria já audível, e os leves arrepios do corpo a cada contração da cavidade, tornando cada vez mais prazeroso o ato e mais próximo o ápice. Cessou o estimulo feito com a mão assim que sentira-se no limite, puxou-o diversas vezes contra si, até desfazer-se, e assim que deixara o sêmen ser expelido no corpo do mais novo, os movimentos que anteriormente aumentavam de modo gradativo, diminuíam aos poucos até que totalmente cessados.
Shinya continuou a se estimular mesmo após o outro deixar os movimentos, sentindo-se próximo ao ápice assim como ele. Mordeu o lábio inferior, abaixando a cabeça e deixando novamente que os cabelos cobrissem o rosto assim que sentiu o menor se desfazer, os olhos cerrados, concentrando-se naquela sensação prazerosa, apertou o próprio membro uma última vez, atingindo o ápice assim como o outro. Dos lábios, escapou um baixo gemido e assim deitou-se na cama, a respiração aos poucos voltando ao normal. A mão ainda segurava o lençol, os cabelos colados na face molhados pelo suor e a camisa colada a pele.
Assim que se retirou do interior do baterista, Kyo usou a toalha que havia deixado sobre a cama, para tirar os vestígios de sêmen da região íntima, e, após o feito, somente puxou as vestes, ajeitando a roupa. Fitou o outro deitado sobre a cama, fora ao guarda-roupa, pegando uma camiseta preta de manga comprida, vestindo-a e retornou a cama, sentando-se no local.
O maior fitou o outro e mordeu o lábio inferior, levantando-se com dificuldade devido as pernas trêmulas. Suspirou e ajoelhou na cama atrás do vocalista, as mãos foram até os ombros dele, fazendo uma leve massagem e aproximou-se do pescoço dele, beijando-o algumas vezes. Foi subindo até a orelha do outro, mordeu a cartilagem da mesma levemente e murmurou.
- Eu te amo.

Kyo virou-se minimamente somente para ter a visão do mais novo. Uma das mãos fora ao queixo dele, segurando-o e o puxou levemente o fazendo descerrar os lábios. Aproximou a face da alheia e roçou a língua em seu lábio inferior. Cessou o ato logo em seguida, desvencilhando da proximidade e do toque que fizera com uma das mãos no rosto do maior.
Shinya sentiu o pequeno toque do outro e sorriu assim que ele o cessou, os braços o envolveram num abraço, beijando a nuca dele e logo levantou-se.
- Vou tomar banho, vem comigo?

- Hum, vá primeiro depois eu vou.
- Hum... Tá bem.
O maior selou os lábios dele e caminhou até o banheiro, retirou a camisa e ligou o chuveiro, colocando-se embaixo dele, sentindo a água quente molhar o corpo. Passou o sabonete pelo mesmo, ensaboando-se e logo depois deixou que a água retirasse a espuma. Lavou os cabelos rapidamente e desligou o chuveiro. Pegou uma das toalhas, secando o corpo e os cabelos, deixou a mesma em volta da cintura e voltou ao quarto.
- Ainda tem as minhas roupas aqui?

Kyo voltou a atenção ao outro, assim que ouvira a voz ecoar no cômodo.
- Acredito que sim, eu não mexi em nada aqui.
Levantou-se e fora ao banheiro, onde assim como o outro, se banhou, ficando um bom tempo em baixo d'água após a conclusão da higiene, somente deixando o corpo ser aquecido pela água.

Shnya abriu o armário no local onde deixava as próprias roupas e vestiu a roupa íntima e uma calça, deitando-se na cama, cobrindo-se com o edredom.
- Que frio...

Após um tempo, o menor deixou o banho, já vestido e retornou ao quarto. Fitou o outro. Secava os cabelos e novamente deixava a toalha sobre a cama, deitou-se e cobriu-se. O maior aproximou-se do outro, o abraçando, acariciando o abdômen dele.
- Seu corpo está quentinho. - Riu.

O menor fitou-o de soslaio.
- Hump. - Murmurou.

- O que foi, hum? - Selou os lábios dele.
- Nada. - Falou baixo.
- Porque está quietinho assim hoje?
- Sempre fui assim.
- Hum, tá bem.
Shinya repousou a cabeça no tórax do outro, ajeitando o edredom sobre ambos. O menor c
errou as pálpebras mantendo-se ainda no silêncio e fitava o teto do quarto, ouvindo o barulho da chuva grosseira a bater sobre a janela, e embora o tempo houvesse sido longo entre ambos com a última vez que haviam feito aquilo, era como se sempre estivessem juntos de toda forma.

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