Fei e Hazuki #51 (+18)


Hazuki ouviu o barulho da porta a se arrastar suavemente e logo bater e abriu um pequeno sorriso. Não esperava que ele chegasse tão cedo, mas mesmo assim, tudo estava pronto. Deixou sobre o móvel o pente que usava para pentear os longos cabelos negros e soltos, logo ao lado do pó que havia passado em pouca quantidade na face junto do delinear dos olhos num preto como o dos cabelos. Sabia que mesmo sem a própria presença ali, ele podia notar a luz baixa do local e a poucos passos da porta, a mesa baixa e o copo de saque há pouco aquecido por si, as almofadas bem ajeitadas com dois assentos e a porta lado a principal estava aberta, com algumas pequenas folhas avermelhadas pelo chão, e dava a visão do lago enorme que existia na casa, que certamente o outro havia visto de fora. Ali as pequenas flores flutuavam contendo sobre elas as pequenas velas acesas, iluminando o local, e usara as mesmas velhas para iluminar dentro do local, sobre a mesa e pelo chão num caminho reto. Deslizou os pés descalços pelo chão, seguindo em direção à sala onde ele havia adentrado e deixou-o observar o próprio corpo, a roupa
 era chinesa e cobria o corpo com a sutil cor azulada, a mesma cor dos próprios olhos que sabia que ele gostava. Sorriu a ele, um sorriso sutil e no obi trazia o par de leques de cor branca, que usaria mais tarde.
- Sente-se. - Murmurou.

Fei franziu suavemente as vistas, observando atencioso os adornos da residência, não em desagrado, sim indagativo pela decoração calmeira. Em diversas velas não só ali dentro, como viera a observar do lado de fora, e tudo parecia combinar de alguma forma. Notou a bebida à mesa baixa, as almofadas estofando o solo e o ruído denunciava a vinda do moreno, não antes da chegada da fragrância de seu perfume, não tão doce, e nem tão forte. Observou sua nova veste, azul e suavemente brilhosa, quase cintilava como seus olhos e nem teve algum tempo de expressar em sorriso, ainda se perguntava a ocasião, porém supôs conforme via seus adornos na roupa e fez-se confortável no assento.
O menor sorriu a ele novamente e aproximou-se em passos suaves como costumava fazer antes que fossem morar ali. Abaixou-se atrás dele e o abraçou, deslizando as mãos pelo corpo do maior, tocando-o no tórax e retirou devagar o casaco que usava sobre o kimono, afinal, lá fora fazia frio. Aproximou-se de seu pescoço e o beijou sutilmente algumas vezes.
- Acho que gostaria de ter uma noite comigo como eu gostaria de dar... Especial. - Murmurou.

O loiro o observou até que se fizesse não possibilitado de olhar, e sentiu a carícia leve de suas mãos até que tirassem dali a veste sobre o quimono que usava, e tão igualmente leve, seus beijos no pescoço, que se agradou com o toque. E sorrira por fim, levando uma das mãos sob o braço do moreno.
- Claro, me dê da forma especial que quiser. - Brincou. - Mas não precisa andar com demasiada sutileza. Não como uma gueixa.

O menor sorriu a ele e lhe selou os lábios.
- Eu sempre fui uma. Tome o saquê, enquanto está quente.

- Não mais.
Fei retrucou ao moreno e tomou posse da bebida, sorvendo-a num gole curto em apreço.

- Porque não posso ser a sua gueixa?
- Porque já é minha princesa.

Hazuki sorriu.
- Então não quer mais que eu dance pra você? 

- Você pode dançar como uma princesa. - Sorriu a ele.
- Ah, mas aí... Não vai ter graça. - O moreno riu baixinho e beijou-o novamente. - Eu ia tirar a roupa...
- Quer continuar me contando ou quer ir fazer?
O menor assentiu e mordeu-o com certa força no pescoço, soltando-o em seguida e estreitou os olhos, levantando.
- Hum... - Fei grunhiu num gemido leve diante da mordida repentina, e observou-o numa leve saliência dos lábios, forjado. - Que maldade com seu homem.
- Maldade é? Não viu nada. - Hazuki falou e levantou-se, retirando do obi os leques. - Beba seu saquê, hum? - Riu baixinho.
- Por que a insistência com o saquê, uh? - Fei indagou a mais um gole apreciativo da bebida.
- Porque eu coloquei umas ervas aí que vão te desmaiar e vou vender seus órgãos. Deixa de ser bobo.
Hazuki riu baixo novamente e caminhou até o fim do local iluminado pelas velas, erguendo o leque na altura da face e abriu os mesmos, observando-os por um breve instante e suspirou, iniciando a dança lenta conjunto aos objetos e sabia que o outro podia ver muito bem as curvas suaves do próprio corpo abaixo da seda do kimono a cada movimento que fazia.
- Não, estou pensando que quer me usar embriagado.
O maior retrucou ao moreno e fez-se em silêncio analítico, observando sua dança, o que já era muito comum na vida em que levava antigamente, porém, essa era diferente, e era para si e não qualquer cliente. E embora não tivesse no rosto qualquer sorriso, não parecera desgostoso, e acompanhando-o, bebia do saquê preparado por ele.

O menor parou de costas a ele e abaixou-se, deixando no chão, ambos os leques. Uma das mãos deslizou delicada pelos próprios ombros no que parecia uma suave carícia em si mesmo e abriu o obi devagar, deixando-o ouvir todo o barulho do atrito da seda até deixá-lo cair no chão e por fim abaixou aos poucos a parte de cima, expondo as costas do corpo magro e deixou os negros fios de cabelo caírem sobre ela.
Sob a baixa mesa, Fei descansou o cotovelo, e na palma da mão o rosto descansou dando suporte ao conforto enquanto analiticamente encarava o próprio companheiro em sua dança ou sua provocação. Mordiscava a unha já comprida do dígito menor, em descontração qualquer. E observara a típica pele pálida, que se fazia ainda mais evidente no contraste dos cabelos que adorava a cor.
Hazuki deixou o tecido do kimono deslizar pelo corpo até alcançar o chão e expôs o corpo já nu ao outro, abrindo um pequeno sorriso e ajoelhou-se no chão, sobre o próprio kimono, ajeitando os cabelos negros sobre os ombros e devagar virou-se em direção a ele, chamando-o com uma das mãos.
Fei desceu com os olhos por seu corpo, seguindo o caminho do quimono que deslizou até que se fizesse no chão. Notando sua pele já em total exposição. Branca, alva e expostamente macia. No ultimo gole do saquê, levantou-se sem protestos e no mesmo silêncio deleitoso. Pondo-se fronte ao moreno.
O moreno sorriu a ele e levou ambas as mãos em seu obi, desamarrando-o e o retirou devagar, puxando-o a deixá-lo no chão junto ao próprio.
- Gostou, hm?
- Não gostei. - O maior retrucou ao moreno. - Estou gostando. - Continuou e sorriu a ele.
Hazuki sorriu e puxou o kimono do outro, deslizando pelos ombros dele e mordeu o lábio inferior.
- Esse barulho da seda na sua pele... Faz parecer que sua pele também é feita de seda...

- A minha não, mas a sua certamente é. Seda branca. - Fei sussurrou.
O moreno sorriu e aproximou-se, selando-lhe os lábios.
- É gostoso?

- Você é todo gostoso.
O loiro levou ambos os braços num gesto hábil até os quadris do moreno e elevou-o num salto ao colo, segurando-o com ambas suas pernas a cada lado da própria cintura.
- Me beije.

Hazuki riu baixinho, assustando-se com o gesto do outro e levou ambos os braços ao redor do pescoço dele, abraçando-o. Assentiu ao ouvi-lo e aproximou-se do maior, tocando-lhe os lábios num pequeno selo e logo o beijou, tocando a língua dele com a própria.
Fei estalou num toque suave e superficial, posterior o espaço que deu entre os lábios e retribuiu seu feito, introduzindo a língua em sua boca, tão vagaroso quanto prosseguiu com os movimentos no beijo.
O moreno deslizou uma das mãos pelos cabelos dele numa suave carícia, sentindo os fios macios entre os dedos e tão compridos como gostava. Sorriu entre o beijo e moveu-se pouco no colo dele, como pôde, rebolando. O loiro sorriu, em junção de um risinho soprado e mordeu-lhe o lábio inferior no cesso do beijo, enquanto sentia-o rebolar sob o colo.
- Quadris inquietos, hum?

- Eles querem o que tem em baixo da roupa aí. - Riu baixo.
Fei ajeitou-se e meticulosamente ajoelhou-se no chão, levando-o da mesma maneira cautelosa ao chão, onde acima de seu quimono o deitou. Hazuki sorriu a ele e ajeitou-se no chão, sentindo os fios dos cabelos pousarem sobre o corpo, cobrindo parte do tórax. Deslizou ambas as mãos pelo corpo dele numa sutil carícia e separou as pernas a dar espaço a ele.
- Parece que hoje alguém está inspirado.
O maior sussurrou e sorriu a ele, estalando um breve selo em seus lábios e voltou-se a própria roupa, tirando a peça íntima que deixou de lado.

- Por que acha que eu preparei tudo isso, hum? Na verdade a minha ideia era... Te levar lá fora na ponte, onde fizemos a primeira vez... Mas aqui está tão gostoso.
- Está, e não sentirá frio.
Fei riu quase silencioso e buscou uma de suas mãos, dirigindo-a ao próprio sexo, roçando e logo deixou-a solo ali. Hazuki d
eslizou a mão por ele e sorriu, mordendo o lábio inferior uma segunda vez.
- Hum... Está bom assim, é? - Deslizou a mão por ele numa sutil massagem.

- Precisa perguntar? Não parece assim sempre que fazemos, ah? Está... - Fei beijou-o em seu rosto e mordiscou em seu lóbulo em questão de sussurrar em sua orelha. - Duro demais?
Fei sentiu o arrepio percorrer o corpo e fechou os olhos, suspirando em seguida.
- Está perfeito. - Murmurou.

O loiro riu baixo, maldoso.
- Então o agrade.

Hazuki assentiu e sorriu a ele, deslizando a mão por ele novamente e lhe deu um pequeno aperto como costumava fazer. Fei sorriu ao moreno e posteriormente se afastou. Fez-se ajoelhado entre suas pernas, porém com tronco erguido, e voltou-se para baixo notando sua mão sobre o próprio sexo. E a esquerda deslizou em sua coxa nua, estimulando-se visualmente com sua figura despida.
O menor aproximou-se pouco dele com um pequeno sorriso nos lábios e murmurou.
- Quer que eu me toque pra você ver?
Abriu um pequeno sorriso malicioso, observando-o.

- Vá em frente, ohime.
O loiro sussurrou e substituiu sua mão no sexo pela própria, envolvendo-se com os dedos que passearam sobre a base excitada vagarosamente, e ainda observava o rapaz defronte.

Hazuki sorriu a ele novamente e assentiu, deslizando uma das mãos pelo próprio corpo a caminho do membro que envolveu entre os dedos e massageou sutilmente como fazia com o dele antes, deixando escapar um gemido baixinho.
- Sensível, geme só com um toquinho leve. - O menor o provocou e ainda, estimulava-se manual e visualmente.
O moreno permaneceu com o sutil toque em si e outro gemido baixo deixou os lábios, abrindo um sorriso malicioso a ele novamente. Fei sorriu mútuo e apressou o próprio toque, em vaivém contínuo e ligeiro da própria mão com os dedos envoltos a ereção evidente. Hazuki desviou o olhar aos movimentos que ele fazia e suspirou, seguindo-os a aumentar os próprios igualmente. A outra mão do loiro ainda seguia em sua coxa, alisando-a, deslizando sob ela em apertos vez ou outra, e limitava-se a seguir até sua virilha.
- Quer que eu me toque aqui atrás? - Murmurou e diminuiu os movimentos aos poucos.
- Se quiser se preparar pra mim.
Hazuki assentiu e deslizou a mão livre até o próprio intimo, massageando o local e mordeu o lábio inferior. O maior passeou visualmente por seu corpo, até que enfim pousasse em específica região. E com seu pouco movimento, compassou o próprio no sexo. O moreno pressionou o dedo ali e adentrou o local, deixando escapar o outro gemido. Fei movia-se ainda vago, entrando em seu ritmo, insinuando a penetração de seu dedo.
O menor adentrou a si com o segundo dedo e a outra mão soltou o membro e levou ao ombro dele, apertando-o. Fei suspirou e aproximou-se do menor a lhe dar um pequeno selo nos lábios.
- Quer se deitar?
- Aqui?
- Bem, você arrumou tudo, está bonito com as velas.
Hazuki assentiu e abriu um pequeno sorriso, ajoelhando-se no chão e esperou pelo outro que fez o mesmo, só então o moreno deslizou as mãos pelo corpo dele, indicando que se deitasse e se colocou acima de seu corpo, sentando-se sobre ele.
- Quer ser o meu cliente hoje?
- Eu não sou seu cliente. Sou seu amante.
O menor sorriu e assentiu, tocando-o em sua pele macia e quente, gostava dele, gostava tanto dele que sentia que poderia explodir. Ao abaixar-se, beijou-o em seu pescoço, ombro e desceu ao tórax, deslizando a língua ao redor do mamilo do loiro, sentindo seu pequeno espasmo desconfortável, sorriu a ele.
- Queria ter sido só seu em toda a minha vida, sabia?
- Eu também queria, Goungzhu. Mas agora você é meu.
Hazuki assentiu e sentiu as mãos do loiro deslizarem por seu corpo até seus quadris, segurando-os ali e devagar fora arrastado sobre ele num rebolado sutil mais uma vez, o sentia duro, sabia que ele queria a si, e daria de si para ele. Podia se lembrar dos momentos em que fora obrigado a se esconder com ele para poder fazer aquilo, já que não tinha realmente permissão para fazê-lo de modo aberto. Agora fazia no meio da própria sala de estar.
Sentou-se sobre ele, devagar, encaixando o corpo ao do loiro, e guiou-o em meio as próprias nádegas, deixando-o adentrar o corpo. O gemido baixo deixou a garganta, um pouco dolorido, mas era mais prazeroso e devagar passou a se mover, podendo ver a expressão no rosto do loiro abaixo de si, e era em agrado que seus olhos corriam o próprio corpo a fitar as curvas que tinha e como os quadris se moviam.
Hazuki apoiou-se sobre o tórax dele, tomando impulso para erguer-se e voltar a se sentar e repetia, devagar, apreciando os movimentos lentos que aos poucos se tornavam firmes e as mãos do loiro o seguravam firmemente ao redor da cintura.
Fei observava seu corpo, silencioso, na verdade, naquele dia não tinha vontade de dizer nada, tinha vontade de olhá-lo enquanto se movia, de certo modo, sempre fora apaixonado por ele, ainda era estranho estarem juntos, quando se lembrava de querê-lo, só podia esperar sua recusa, mas agora o tinha sobre o corpo, como já o vira fazer antes, mas não para si e agora, nunca mais o deixaria fazer aquilo para outra pessoa. Firmou as mãos dos quadris do moreno, puxando-o firmemente contra o próprio corpo e ouviu o pequeno gemido que arrancou dele, dolorido e prazeroso. Sorriu e sentou-se, tomando impulso para se mover contra ele abaixo de seu corpo, enquanto desviou a atenção a seu pescoço, beijando-o ali várias vezes, mordendo-o levemente em sua pele.
O moreno sorriu a ele, deslizando as mãos por seus cabelos compridos e loiros, macios e aspirou o cheiro gostoso em seu pescoço, repousando a cabeça em seu ombro.
- Prefiro você assim ao prostituto como você queria agir. - Disse o maior.
- Assim como?
- Calminho.
- Estamos fazendo amor, não?
- Amor é? - Fei sorriu.
- É, estou fazendo amor com o meu marido.
O loiro sorriu a ele e beijou-o em seu rosto, logo, pediu passagem em seus lábios e beijou-o, empurrando a língua para sua boca e trocou daquele toque com o outro, ainda a movê-lo no colo, sentindo seu corpo receptivo, e deslizando a mão pela cintura do moreno, podia sentir uma pequena marca saliente, a cicatriz onde a faca havia pego.
- O que foi? Te... Incomoda? - Disse o menor a cessar os movimentos.
- Não, ohime. Seu corpo é lindo, mesmo nas pequenas marcas.
Hazuki sorriu e novamente voltou aos movimentos, sendo guiado pelas mãos do outro na cintura até retomasse o ritmo. Agarrou-se aos cabelos dele quando por fim sentiu aquele arrepio estranho pelo corpo, sentindo-o tocar a si no ponto mais sensível interior e por fim atingiu o ápice, e apertara o outro dentro do próprio corpo, que acabou por despejar seu prazer em si do mesmo modo. O gemido baixinho deixou os lábios de ambos e Fei puxou o moreno sobre o próprio corpo.
- E se... E se tivermos mais um bebê?
- Então a Lien vai ter uma irmãzinha.
- Você quer...?
- Um dia quem sabe, não vamos planejar.
O menor assentiu e sorriu a ele, encolhendo-se junto a seu corpo e cobriu-se com o kimono.
- Você fica bem de azul.
- Obrigado, eu... Comprei pra você. É chinês.
- Eu notei, parece uma princesinha da China.
Hazuki riu e negativou, selando os lábios dele.

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