Daisuke e Misaki #20


Daisuke voltou-se ao rapaz em momento que pôde cruzar o olhar ao semelhante. Sorriu mínimo e indelicado pousou os cotovelos sob a mesa, e no entrelace dos dedos próprios, repousou o queixo sob o dorso da mão.
- Quer me dizer alguma coisa?

Misaki desviou o olhar a ele.
- Hum? Não...

- Me diga.
- Não é nada.
- Está me olhando tanto.
O maior tornou a voltar-se para a refeição, a continuar comendo aos poucos.

- É que você é bonito, ne.
O menor riu baixinho, terminando logo a refeição e bebeu mais alguns goles da bebida. J
unto ao rapaz, Daisuke terminou o jantar, apreciando o restante de bebida.
- Quer dormir comigo hoje?

- Hum? - Misaki observou-o e assentiu. - Hai, quero sim.
- O que quer de sobremesa?
- Sorvete. - Sorriu.
- Hum... Também quero sorvete, mas gostaria de algo acompanhando. Quer ir dar uma volta ou deseja ficar por aqui mesmo?
- Não, podemos ir ne. Algo acompanhando?
- Não malicie. - Daisuke riu baixinho e deixou o dinheiro à mesa. Lhe postou uma das mãos como apoio e o ajudou a se levantar. - Podemos tomar sorvete em casa. - O passou a frente do corpo, lhe enlaçando a cintura num abraço por suas costas ao caminho da saída. - E assistir algo, comprei alguns doces porque eu sei que essa mamãe gosta. - Sussurrava-lhe próximo ao ouvido, e beijou-o na bochecha.
Misaki levantou-se logo e riu baixinho ao ouvi-lo, seguindo com ele a saída e segurava ambas as mãos do maior ao redor da própria cintura.
- Não maliciei... A mamãe adora. - Riu baixinho. - Vamos!

- Então vamos, mamãe.
Ao alcance do veículo, o maior virou o rapaz fronte a si, e encostou-o contra o automóvel, tornando lhe agarrar a cintura, porém apenas no repousar das mãos em sua leve curva, e lhe selou os lábios.

Misaki uniu as sobrancelhas ao susto que levou e riu baixinho, retribuindo o selo nos lábios. Levou ambos os braços ao redor do pescoço dele, observando-o.
- Eu te amo muito. - Riu.

- Uh,
Daisuke murmuriou num riso nasal único e deslizou o toque de lábios ao pescoço alheio, onde aspirou o perfume adocicado em posse da pele branca, no roçar dos beiços que subiram até a orelha e lhe prendeu o lóbulo entre os lábios, o soltando sem demoras.

O menor beijou-lhe a face e inclinou o pescoço ao lado, deixando-o livre para os lábios dele.
- Ainda com fome? - Murmurou.

- Iie. - Sussurrou. - Gosto de sentir sua pele.
- Ah... - Misaki riu baixinho e deslizou uma das mãos pelas costas dele, acariciando-o.
- Vamos, donzela? Hoje quero apenas te aquecer. - Comentou irônico. - te dar carinho e não sexo.
- Tá bem, amor. - O menor assentiu e riu baixinho, virando-se e logo adentrou o carro.
- Porque você parece um gatinho carente, sinto vontade de dar um afago.
Daisuke riu a dizê-lo e o levou ao lado de passageiro, lhe dando espaço a entrar no carro após aberto. Misaki e
rgueu a face, observando-o.
- Sabe porque eu me corto pra te dar sangue?

- Hum?
- Porque eu gosto do seu corpo quente... E... Talvez até sinta seu coração bater por uns segundos... Sei que tem uma parte de mim que você gosta e que te deixa desse modo... Mesmo que seja sangue.
- Hum...
O maior murmuriou apenas a seguir ao lado motorista e entrar no carro, dando partida a direção da própria residência. Misaki d
esviou o olhar ao outro, unindo as sobrancelhas.
- Não gostou do que eu disse...?

- Iie, bobo. - Sorriu de canto, dando atenção a direção.
- Hum... - Misaki assentiu e desviou o olhar a rua pela janela.
O caminho percorreu em silêncio mantido, e conforme levava o carro em calçada, a espera da porta aberta, Daisuke guardou o veículo e perdurou por minutos na inércia do volante. Ao se levantar e sair, tornou a cortesia e lhe abrir a porta, seguindo para dentro de casa assim que fechadas as portas do carro. O menor observou o outro ao vê-lo parar o carro e abaixou a cabeça, esperando que ele abrisse a porta para si e saiu.
- Você... Quer que eu vá pra casa?

- Não. Por qual motivo iria querer isso?
- Não sei, parece que não gostou do que eu disse...
- Não. Vem cá. - Daisuke o enlaçou em volta a cintura, guiando-o para dentro de casa.
Misaki assentiu, seguindo junto dele para dentro do local.
- Hai ne.

- Pode ir tomar um banho enquanto eu preparo algo, escolho algum filme.
- Tá bem, amor. - O menor sorriu. - Posso... Usar uma roupa sua?
- À vontade, Misaki. - Daisuke retrucou o leve sorriso e caminhou a cozinha.
- Ta bem, ne.
O menor virou-se e subiu logo ao quarto, observando o local agradável e adentrou o banheiro, logo retirando as roupas. Observou o próprio corpo em frente ao espelho por alguns segundos, acariciando a barriga.
- Um menininho, hum...
Riu baixinho e adentrou o box, ligando o chuveiro e deixou que a água molhasse o corpo.

O maior postou as taças cristalinas sob o móvel de balcão, porém a observá-la optou ao uso de uma única para ambos. Optou pelo sabor leve de creme, com o toque de uma pequena folha de menta doce, no entanto esperava a dar tempo ao banho do belo rapaz ali hospedado, caso o contrário o sorvete estaria liquido quando terminasse sua higiene pessoal. Na pequena vitrine de uso decorativo, abriu retirando a caixa de cor azul claro e dela o confeito de sabor chocolate, o qual serviria como acompanhamento. Postou o pequeno bolo sob a bandeja de prata e não grande, juntamente a taça de vidro, onde logo preencheu com o sorvete e a folha com ótimo aroma. Com a colher de sobremesa na bandeja, pegou-a, dirigindo-se ao andar de cima. No móvel baixo ao lado da cama, deixou os doces e caminhou ao banheiro, observando o andrógino com seu corpo masculino e barriga em relevo.
- Moça, sinto interromper seu banho, mas acho que sorvete derretido não é assim tão bom.

Misaki lavou o corpo delicadamente e devagar, apreciando a água quente e tomou cuidado para não molhar os cabelos compridos, que sempre ficavam pouco úmidos não importava quanto cuidado tivesse. Assustou-se ao ouvir o outro e virou em direção a porta, levando uma das mãos ao redor do corpo, tentando escondê-lo dos olhos dele.
- Ah, hai.
Desligou o chuveiro logo e pegou a toalha próxima ao box, enrolando-a ao redor do corpo e logo se aproximou do maior, selando-lhe os lábios.

- Mas ora, qual motivo de escondê-lo de mim? - Daisuke indagou ante a proximidade logo criada, pousando as mãos sobre os quadris do homem.
- Estou feio com essa barriga. - Riu.
- Está feio com seu filho em sua barriga?
- Não... Digo... Estou diferente...
O maior estreitou as pálpebras.
- É... Me acho meio estranho assim.
- Vamos, vista alguma roupa, uh? - Regrediu ao quarto.
- Hai. - O menor riu e voltou ao quarto, sentando-se na cama e observou o outro. - Pode me emprestar a sua camisa?
- Sim. pegue alguma que goste. - Disse o maior a se sentar lado ao rapaz e pegar a taça com sorvete, levando pouco a teus lábios.
Misaki assentiu e caminhou ao armário, observando as roupas dele e pegou a camisa social branca, pegou a própria bolsa no chão e retirou a roupa íntima da mesma, vestindo-a, afinal, já carregava algumas roupas sabendo que poderia ficar na casa do outro. Voltou-se a cama e sentou-se, observando o sorvete.
- Hum, parece delicioso!

Daisuke pegou a taça com recipiente preenchido e frio, com a mediana colher lhe serviu do sorvete, o levando defronte seus lábios. O outro aceitou o sorvete, sorrindo a ele e lhe selou os lábios.
- Gostoso mesmo.

- Bem, não sei que tipo de filme gosta, então coloquei algo de comédia. Seria deselegante colocar um filme de suspense? - O maior o indagou em meio riso e se voltou no caminho da cama, lhe entregando a taça de sorvete. - Se acomode, uh?
Misaki riu baixinho.
- Não, poderia ter colocado, mas eu ia morrer de medo.

- Oh, que gracinha.
Daisuke tornou a um riso discreto e ajeitou-se na cama, levando o edredom a expor o colchão forrado por um lençol de cor escura e em tapas leves o chamou a se ajeitar ao lado.
- Vem.

O menor ajeitou-se ao lado do maior, cobrindo-se logo e abriu a boca, esperando pelo sorvete. O outro pegou do sorvete novamente com a mediana colher em prata e elevou-a a direção de teus lábios, porém desviou e o trouxe aos próprios.
- Uh...

Misaki fez bico.
- Nossa que chato!

Daisuke riu baixinho, sem atenção ao filme já começado e tornou a repetir o ato.
- Me dá!
O maior deu-lhe um riso mudo, tomando mais do sorvete porém ante um novo protesto do outro, lhe serviu da sobremesa. O outro sorriu e aproximou-se selando-lhe os lábios novamente.
- Hum... Hortelã? Que cheiro gostoso.

- Menta doce. - O maior respondeu ante o roçar sutil entre os lábios selados.
Misaki sorriu, mordendo-lhe o lábio inferior.
- Você é doce.

- Uh, olha só quem fala.
- Você é bem mais.
- Iie, sou como a menta, sou refrescante. E você é minha parte doce.
- Hum... Refrescante, é?
- Uhum.
- Que delicia. - Riu.
Daisuke riu, tornando a servi-lo enquanto pela primeira vez voltou a direção das vistas ao filme na tela. Misaki virou-se igualmente a observar o filme e levou uma das mãos sobre a coxa do maior, acariciando-o em baixo do edredom. O maior voltou a ele a sorrir e tornou lhe servir com o sorvete, logo após servir a si mesmo e dar atenção ao filme novamente e fora a mesma pequena rotina até que o filme finalizasse. Daisuke pousou a taça vazia sob o móvel baixo lado a cama, acomodando-se próximo ao outro e passou um dos braços sob teu ombro num abraço, o outro ajeitou-se na cama, deitando-se e repousou a cabeça sobre o tórax dele.
- Amor... Não consigo ficar perto de você quietinho assim... - Riu.
- Uhn, é? - Daisuke voltou-se a ele. - E quer fazer o que?
- Não sei... Só não quero ficar assim tão quietinho... - O menor ergueu a face, selando-lhe os lábios.- Hum... Também não sei. - O retribuiu no toque labial.
- Vamos acabar transando. - Misaki riu. - Gosto do seu corpo quente...
- Mas infelizmente ele não é quente. - O maior sorriu de canto.
- Hum, gosto dele frio também, ué.
- Hum... - Murmurou apenas. - Acho que essa é a primeira vez que ficamos assim.
- Hum?
- Sem saber o que fazer, ou conversar.
- Ah sim... É, sempre temos o que fazer.
- Mas pelo menos saímos pra jantar e vimos o nosso bebê.
- Uhum. Nosso menininho... Podemos sair amanhã pra comprar as coisinhas dele?
- Claro, mamãe. Mas me diz, já pensou em algum nome?
- Iie. Tem algum que goste?
- Gosto de nomes diferentes do típico asiático.
- Ah... Não sei se eu gostaria.
- É, não sei.
- Bem, vamos pensar ne.
- É, terá tempo até lá.

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