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julho 2017
- Opa, escorregou a minha mão, Katsumi.
Disse o maior, sob o ruído do chicote que voltou a estalar em sua pele e marcar temporariamente. Katsumi uniu as sobrancelhas e novamente gemeu, estava cansado, principalmente daquela posição constrangedora, então fechou os olhos, abaixando a cabeça.
- Quer ficar de frente? - O maior indagou, percebendo-o fraquejar seu vigor.
O menor assentiu, erguendo a face a observa-lo.
- Ah, está mansinho hoje.
Ryoga disse e ao deixar a chibata por um instante, o puxou pelas correntes, o ergueu e voltou a jogar na cama, de frente e agora deitado inteiramente sobre ela. Katsumi suspirou conforme se deitou de frente, sentindo as correntes machucando as costas, mas era mais confortável do que estar de costas na cama. Ao passar para os pés da cama, o maior fitou-o por entre suas pernas. Alcançou a chibata e passeou-a por seu corpo, acariciando sua pele.
- Hum...
Katsumi murmurou, pedinte, indicando que soltasse uma das amarras, ou pelo menos a boca, queria poder falar com ele.
- Hum, quer que eu o liberte, hum? Se começar a falar merda eu vou queimar sua língua com cigarro, de acordo?
O menor estreitou os olhos, porém assentiu.
- É, aqui dentro eu faço mesmo. - Disse o maior e sorriu sob seu olhar tão mísero. Caminhou até ele e soltou a amarra que continha sua boca. - Babão.
Ainda de olhos estreitos, Katsumi moveu a boca, tentando se acostumar com a boca fechada.
- Caralho... - Falou e suspirou. - É, agora limpa minha boca, porra...
- Sh, lembre-se do cigarro.
Disse o mais velho e com o chicote na mão, deslizou em sua pele, acariciando seu tronco até o sexo. Katsumi uniu as sobrancelhas e negativou, sentindo os rastros de saliva na boca, um pouco irritado.
- Aí não, Ryoga...
- Aqui sim, se eu quiser, Katsumi.
O maior disse e seguiu até a cômoda, por lá pegou um cigarro, acendeu e tragou, sentindo o odor característico de cravo. O menor observou-o seguir ao local, pegar o cigarro e encolheu-se conforme o viu tragar, assentindo.
- Por que está fazendo isso comigo, ah? Gostava de torturar os garotos assim?
- Ora, não se lembra de como foi sua primeira vez comigo? Foi tão diferente assim?
Ryoga indagou e se aproximou dele. Ofereceu o cigarro ao coloca-lo em frente a sua boca.
- Bem, razoavelmente, não fui tão humilhado desse modo. - Katsumi falou a estreitar os olhos. - Ainda mais por um garoto daquele tamanho.
- Você o escolheu. Preferia um maior, ah?
Ryoga deu de ombros ao perceber que não queria o cigarro. Voltou a traga-lo e deixá-lo entre os lábios enquanto ocupava a mão com o chicote mais fino, estalou-o diversas vezes em sua pele com força medida, especificamente na parte onde ele não queria. O menor encolheu-se conforme o sentiu bater em si e os gemidos baixos deixaram os lábios, doloridos.
- Ryoga... Já me torturou demais, caralho.
- Por que você fala tanto caralho, Katsumi? Isso é vontade de sentar em um?
- Obviamente, afinal, não sentei em nenhum até agora.
- Ah, está sendo sincero. Bem, eu devia me acostumar com a ideia de que agora você aceita sua submissão.
Katsumi riu e negativou, inclinando o pescoço para trás a repousar a cabeça na cama.
- Inferno.
- O que, não vai implorar?
- Eu não imploro.
- Então vai ficar sem caralho.
- Ah não, Ryoga!
- Ou implora e fica sem. - O maior disse e até baixou o zíper da calça.
- ... Porra, mas me bateu tanto pra me deixar assim?
- Sim. Até que implore.
Katsumi suspirou, fechando os olhos por alguns segundos, irritado, mas já havia sofrido tanto que dava-se por vencido.
- ... Por favor.
- O que? - Ryoga indagou e desabotoou a calça.
- Por favor!
- Por favor o que?
- Por favor... Me fode.
Ryoga abaixou o suficiente da calça com a roupa íntima, sem seguir mais além dos quadris. Ao deixar a chibata, envolveu-se com os dedos e os moveu sem realmente ter interesse em estímulos prévios para si mesmo, era pra ele.
O menor desviou o olhar a ele conforme o viu retirar a calça e suspirou, via seus movimentos, queria tocá-lo, estava excitado, e não podia fazer nada. Ainda mais com aquele maldito acessório ainda vibrando em si, estava duro novamente.
- Quer isso?
O maior indagou e continuou com os dedos envoltos, aos poucos tornando firme a medida em que se aproximava e se pôs em meio as suas pernas, próximo de onde ele queria, sem dar a ele de fato. Katsumi assentiu a observá-lo, ele era tão bonito, droga, filho da puta, xingou-o de novo, umas dez vezes na cabeça ao lembrar daquele maldito vibrador, não o faria naquela hora.
- Vem... Vem Ryoga...
Ryoga sorriu a ele, desta vez tinha alguma consideração. Ao se ajoelhar no colchão, soltou-se e levou as mãos para as coxas dele, as tomou e puxou mais junto a pelve. Katsumi suspirou ao senti-lo puxar a si, sentindo um arrepio pelo corpo, nem sabia descrever o quanto o queria dentro, e já estava mordendo o lábio inferior.
- Vem...
O maior encostando em sua pele, sentiu-o no corpo já pronto para ele. Ao se esticar, soltou apenas uma de suas mãos. O mais novo uniu as sobrancelhas conforme o sentiu soltar a própria mão e moveu-a um pequeno tempo, ouvindo o pulso estalar, machucado por ter puxado as correntes e desviou o olhar a ele.
- O que quer que eu faça com ela?
- Hum, o que você vai fazer com ela?
Ryoga indagou e se moveu entre suas coxas, não o penetrou. Katsumi novamente, mordeu o lábio inferior, guiando a mão solta ao sexo dele, meio desajeitado, mas o segurou e apertou-o entre os dedos.
- Uh.
O maior sorriu, entendido rapidamente o que lhe permitia fazer. Tocou e sobrepôs sua mão, movendo sobre a ereção. O outro suspirou ao senti-lo, duro, parecia excitado, parecia gostoso e moveu-se sutilmente com os quadris, insinuando-se para ele.
- Solta minha outra mão... Quero poder me mexer pra você.
- Você não precisa.
Ryoga disse e fitou seus movimentos, queria penetra-lo mas não fez. Ao contrário, subiu por seu corpo e abaixou-se junto de seu rosto, com o membro junto a sua boca.
- Abra a boca pra algo melhor.
Katsumi uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e sentiu as correntes doloridas nas costas conforme o sentiu sobre o corpo, embora não estivesse de fato sentado sobre si.
- ... Ryoga...
Falou, e estava excitado, queria ele logo, ao mesmo tempo em que o sexo estava duro, sentia aquele acessório dolorido apertar o membro, maldito, odiava aquela merda daquele anel.
- ... Acabei de desocupar a boca porra... Eu...
Disse e por fim deu-se por vencido, abrindo a boca para recebê-lo, mas guiou a mão, devagar entre as próprias pernas e conforme o colocou na boca, deslizou o dedo pelo próprio íntimo, provocando-se e pressionou-o ali, adentrando o corpo.
Ryoga sentiu seu movimento leve contra a própria coxa, conforme passava ao lado. Afastou-se desse modo, tirando o pau de sua boca, conferiu o que fazia. Com uma das mãos tomou a sua e puxou seu pulso a prende-lo contra o colchão, já com a outra, acertou seu rosto, bateu nele.
- Não o deixei fazer isso. - Bradou.
Katsumi sentiu-o se retirar de si e novamente uniu as sobrancelhas, desviando rapidamente o olhar ao toque rude na própria mão, preso a cama e virou a face ao sentir o tapa, firme. Fechou os olhos por um pequeno momento e desviou o olhar a ele em seguida.
- ... Desculpe.
- Vai ficar sem o meu pau.
O maior disse e apertou seu pulso antes de então solta-lo. Ao desocupar a mão, tocou a própria ereção, agora lubrificada por sua saliva, moveu o punho, masturbando-se sem deixar onde estava. Katsumi desviou o olhar a ele, deixando escapar um gemido dolorido devido ao aperto e franziu o cenho mais uma vez.
- Não... Ryoga, por favor...
- Não, você pode se satisfazer com o dedo. - Disse o maior e continuou com o movimento, aos poucos dando ritmo maior ao punho. - Vou sujar seu rosto pedinte, Katsumi.
- ... Ryoga! Porra, pra que gozar na minha cara se pode gozar dentro de mim? - Falou a ele, estremecendo conforme o ouviu. - Isso é maldade!
- Você não enfiou os dedos na bunda? Pode continuar.
- Quero você, só estava te provocando, palhaço.
- Não estava me provocando, estava tirando sua tensão sexual. Vou te foder se conseguir virar de costas e ficar de quatro.
- ... Como vou fazer isso com a mão presa assim?
- É, dê um jeito.
Ryoga interrompeu o que fazia e por fim saiu de cima dele, dando liberdade para se mover como pudesse. Katsumi uniu as sobrancelhas e assentiu, tentando se apoiar na cama com a mão solta, embora fosse difícil e virou-se devagar, agarrando-se no lençol e mordeu o lábio inferior, dificultoso e alcançar a posição que ele queria, mas por fim o fez.
- Uh. - O maior murmurou ao vê-lo tão esforçado. Achou adorável, porque sabia que estava se humilhando por isso. - Okay, você merece isso. - Disse já em pé e parou à beira da cama. - Vem de ré, algo espera você.
Katsumi suspirou, abaixando a cabeça ao sentir os cabelos negros caírem em frente ao rosto e devagar engatinhou para trás, impedido pelas malditas correntes, mas finalmente o alcançou após um tempo. Ryoga achava graça, achava estranhamente fofo, ainda mais em seu silêncio. Tocou sua bunda e roçou o pau entre suas nádegas, insinuando a ele.
O menor mordeu o lábio inferior, esperando-o e amarrava ainda mais o lençol entre os dedos, dolorido de vontade, o queria e estremeceu, sentindo um arrepio percorrer a coluna.
- Quer isso?
Ryoga indagou e esfregou mais firmemente a glande contra seu âmago, o deixou sentir sem logo penetra-lo. Katsumi assentiu, mordendo o lábio inferior mais uma vez e abaixou a cabeça.
- Hai...
- Hum... - O maior sorriu e tomou a mão dele já solta, levou-a atrás de si, no próprio membro. - Pegue.
Katsumi segurou-o entre os dedos e ainda estava um pouco aéreo pelo tapa recebido, meio lerdo e guiou-o rapidamente ao próprio corpo, conforme o fez, se empurrou para ele e deixou-o penetrar a si, ao menos sua ponta. Gemeu, dolorido e prazeroso e cerrou os dentes.
- Oh, parece que quer muito isso, hum?
O maior disse ao sentir sua tentativa de investida. Contribuiu com ele, devagar se levou até então penetra-lo, sentindo-se vagarosamente te imergir e permiti-lo sentir o que queria no caminho desapressado. Katsumi gemeu novamente, abafado conforme mordeu o lábio inferior, sentindo escorrer as pequenas gotas de sangue e molhar a cama em respingos, havia cortado o lábio. Estremeceu, prazeroso.
- Ryoga... Ah...
- Oh, quanta satisfação.
Ryoga disse a ele e não se demorou quando o completou. Moveu-se, dando início ao vaivém, ainda que sei único preparo tivesse sido seu dedo sorrateiro. O menor estremeceu mais uma vez, agarrando-se firmemente ao lençol da cama e sentia-se dolorido, ao mesmo tempo que prazeroso pelo maldito acessório que vibrava em si, era o misto de prazer e dor que ele gostava de dar a si. Ao desviar o olhar a ele, meio de canto, podia ver aquele sorriso sádico, ele sabia que era virgem toda vez que faziam, mas não parecia se importar. Suspirou, e iria abaixar a cabeça, porém desviou sutilmente o olhar em direção a cortina do quarto, aberta e podia ver do lado de fora alguns vampiros ali parados. Arregalou os olhos, abaixando rapidamente a cabeça e negativou.
- Ryoga!
- Hum?
Ryoga indagou, não dando atenção à chamada enfática, mas parecia infeliz com alguma coisa. O puxou pelos quadris, firmemente o trazendo contra o ventre, sentindo sua bunda bater na pelve e levemente nas coxas. Podia ver um rubro de seu âmago tingir a pele ao ser deflorado, mas sabia que estava excitado ainda no seu desconforto, era vigorosamente sugado e mantido lá dentro, se não fosse a firmeza com que se movia a maneja-lo. Não havia deixado a cortina aberta, mas também não deu atenção aquele detalhe.
Katsumi uniu as sobrancelhas, não queria ser observado por ninguém, mas naquele momento não se importava, era gostoso, o queria, então ignorou por hora, embora tivessem visto a si senso torturado. Finalmente limpou os lábios com a ajuda da mão livre embora já estivesse praticamente limpo, se não fosse pelo sangue e gemeu mais uma vez, alto ao senti-lo puxar a si.
Pelas correntes em suas costas, o maior subiu até a nuca, segurou seus cabelos medianos e os enroscou no punho, prendendo no topo da cabeça onde o segurou a medida em que o penetrava, firmemente, e de toda a situação, o que gostava era da pele batendo na sua a cada vez que o atingia.
Katsumi inclinou o pescoço para trás, deixando escapar os gemidos prazerosos conforme o sentia se empurrar para si, prazeroso, e sentia-o atingir a si naquele local específico, onde gostava.
- Ah... Caralho...
- Está sensível, ah?
Ryoga indagou, soou um pouco rouco. Continuou o ritmo, tomando por seus cabelos escuros e mesmo a mão em sua pelve, sentindo sobre o osso tênue marcado no quadril. Não era rápido demais, mas não vagaroso e era firme.
- Hai... Ah... Ryoga! - O menor gemeu alto, prazeroso e estremeceu mais uma vez, empurrando-se firmemente contra ele e sentiu o objeto apertado no próprio membro, dolorido. - Tira... Essa porra do meu pau.
- Hum, não vou tirar. Você precisa lidar com as duas coisas. Ser bom e ser ruim.
Ryoga disse e pelas correntes em suas costas, tomou-as ao abandonar seus cabelos e o puxou, jogando-o para a cama agora defronte consigo. Katsumi uniu as sobrancelhas ao senti-lo jogar a si contra a cama e gemeu dolorido, contorcendo-se ao sentir a corrente machucando as costas.
- Ta bem... Vem...
O maior sorriu.
- Você sabe ser fofo, Katsumi.
Disse a ele e ao puxar sua corrente, trouxe-o mais próximo. Com isso entre suas pernas voltou a penetra-lo. Katsumi inclinou o pescoço para trás, deixando escapar um gemido prazeroso ao senti-lo penetrar o corpo e estremeceu mais uma vez.
- Por que... Por que fofo?
- Porque você é fofo e manhoso quando está calado. Eu gosto de um pouco de manha. Um pouco.
Ryoga tornou dizer. Ao se acomodar sobre ele, deitou contra seu corpo, não pesou no entanto. Retomou o ritmo, penetrando-o com força, continuava sem rapidez. O menor sentiu-o deitado sobre si e uma das mãos levou ao redor do corpo dele, abraçando-o, sentindo a pele dele sobre a própria e depois de ter o corpo ardido aquilo era bom, senti-lo tão a fundo, tão firme, embora sua pele fosse fria e a própria, morna.
- Hum, quer a calmaria agora?
O maior indagou ao fita-lo e desviou de seu rosto para o pescoço, o mordeu sem perfurar, sorveu sua pele e marcou, deu a ele um pouco de suavidade. Katsumi assentiu num sorriso e beijou-o no pescoço e no rosto, deixando-o morder a si e até mesmo virou a face de lado conforme sentiu seus toques, queria que ele mordesse a si.
- Morde.
- Por quê? - Ryoga indagou a ele junto de sua pele que sorveu e mordeu de leve.
- Quero sentir você... - O menor murmurou com um sorriso malicioso nos lábios. - Parece que me espancar deixa você de pau duro, ah?
- Fico de pau duro mesmo sem espancar você. Ou já brochei alguma vez? - Disse o maior junto de sua pele e imergiu com os dentes em seu pescoço. O mordeu.
- Não... - O menor sorriu. - Quis dizer que gosto muito do seu pau duro. - Falou a observa-lo e o gemido alto deixou os lábios, fechando os olhos firmemente conforme o sentiu morder a si. - Ah! Porra...
Ryoga firmou os dentes em seu pescoço, sorvendo de seu fel. Ainda tinha temperatura, ainda que fosse distante de um humano. Continuou a se mover ainda assim, penetrando-o sem rapidez demasiada.
- Ryoga... Kimochi... - Katsumi murmurou, embora dolorido pelos dentes fincados em si, e novamente se sentia próximo do ápice, e estava impedido pelo anel. - ... Quero gozar.
Quando sentiu satisfeito, farto pela alimentação, Ryoga liberou-o enfim e lambeu seu pescoço, retendo o sangue nas perfurações. Com isso intensificou o ritmo.
- Hum, Kimochi. - Concordou.
O maior desviou o olhar a ele, os olhos semicerrados e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, abrindo um pequeno sorriso.
- Vem... Me faz gozar... Me fode, Ryoga.
- Você é mesmo guloso, não é, Katsumi?
O maior indagou mas não queria de fato uma resposta. Ao se afastar dele ainda tinha os dentes rubros por seu sangue, lambeu a boca. Katsumi assentiu e sorriu.
- Droga, como você é bonito, vai se foder. - Murmurou e gemeu novamente, prazeroso e agarrou-o no ombro, apertando-o.
- Vou te foder, calma.
Disse o mais velho, levando a brincadeira. Segurou suas coxas e com firmeza passou a move-lo, tomando com força. Katsumi fechou os olhos, rindo baixinho e inclinou o pescoço para trás, mordendo o lábio inferior e estava perto, tanto que agarrou-se a ele e gemeu, alto.
- Iku...
Ryoga aumentou o ritmo a medida em que sentia seu corpo chegar perto do clímax novamente, trazia a tona igualmente o próprio. Com força o trazia e ouvia a insistência dos quadris em sua pele a cada encontro. Com ele tão logo atingiu o clímax, ainda assim continuou a penetra-lo firmemente até que se dessem juntamente por satisfeitos. Sentia-o e o deixava sentir o prazer de gozar com ele, dentro dele.
Katsumi uniu as sobrancelhas, inclinando o pescoço para trás, e mesmo desconfortável pelo acessório em si e sentindo-o tão firmemente contra o corpo, não pode evitar e gozou, deixando escapar o gemido satisfeito, alto e mordeu novamente o lábio inferior, sentindo a fisgada sutil que não fora proposital.
- Ryoga... Ah...
Quando enfim interrompeu os movimentos, o maior permaneceu por um tempo dentro dele. Abaixou-se e mordiscou seu queixo. Katsumi sorriu e deslizou uma das mãos por cabelos dele novamente.
- E foi assim que eu fiquei grávido.
- Bem, não ia imaginar que você não ia tomar seus remédios depois de transar com um desconhecido.
- Você não era bem um desconhecido na segunda ou terceira vez que transamos. E bem, eu nunca fui passivo, ia saber que tinha que tomar remédios mesmo na minha primeira vez? Nem sabia dos remédios...
- Ah, não prevenia os garotos com que dormia?
- Nunca transei sem camisinha.
- Camisinha não é cem por cento eficaz. Você é ingênuo.
- Não me enche o saco. - Katsumi estreitou os olhos. - Eu não como mais ninguém também... - Suspirou. - Pode... Soltar minha perna? Nem sinto mais ela.
- Encho sim. - Dito risonho, Ryoga o liberou em seguida, soltando as correntes das amarrações.
O menor riu baixinho e espreguiçou-se conforme solto.
- Ai... Caralho. Hum, eu tive mesmo sorte com você. É o homem mais bonito que eu já vi.
- Não puxe o meu saco.
- ... Trouxa.
Fazia algum tempo desde que Keisuke havia lidado com o moreno, na verdade ele parecia ter adotado um comportamento semelhante ao que tinha no início, quando não se conheciam. Ouvia e respondia, mas estava sempre cansado, bem, talvez estivesse tímido pelo que acontecera algumas semanas atrás. Na verdade não o culpava, por isso havia o deixado se manter em seu espaço. Mas vez e outra o via olhar para si como se quisesse conversar, porém desviava antes que pudesse falar. E era assim que estava na sala de aula. Vez outra olhava de soslaio assim como ele para si, mas riu, consigo mesmo, pareciam crianças. Quando a aula terminou se levantou com ele.
- Quer ir naquela lanchonete hoje? - Disse para ele e tocou a armação fina de seu óculos.
- Kei-kun, vamos sair hoje? - Disse ela interrompendo a resposta do amigo. - Mira-chan.
Um suspiro deixou os lábios de Miruko, era estranho agir com ele depois do que haviam feito, era tímido, então a face se corava e desviava o olhar, pensar que ele havia conhecido o corpo tão intimamente, e agora sabia como agia, até a própria voz num gemido. Desviou o olhar a ele após ouvi-lo e sorriu meio de canto.
- Ah? Pode ser... - Disse, interrompido pela garota e desviou o olhar a ela.
- Hum, veio um pouco tarde, Mira-chan, acabei de convidar o Miru pra dar uma volta.
- Ah... Mas você está me devendo, Kei. Miruko-kun não se importa, não é?
O menor desviou o olhar a ela ao ouvi-la, e cerrou os dentes quase de modo inconsciente, de fato, se importava.
- Não... Tudo bem...
- Hum... Te encontro a noite, Mira. Sabe, pode ser melhor, ah?
Kei disse e se voltou ao moreno, não para descobrir que tipo de reação tinha com a frase, mas sim para vigiar qualquer tentativa de fuga.
- Pode ser... A noite.
Disse ela e parecia gostar da ideia, tinha seu rosto vermelho e já sabia o que ela estava pensando. Por isso riu entre os dentes após sua saída.
- Vamos, seu merdinha. Está me evitando há duas semanas, já chega não acha?
Miruko desviou o olhar a ele, e depois a ela, arqueando uma das sobrancelhas e riu para si mesmo com o convite para a noite. Por fim, o observou a arquear uma das sobrancelhas.
- Não estou te evitando, palhaço, eu durmo no mesmo quarto que você. Quando vai parar de ser um galinha?
- Está sim. Fica me olhando com essa cara de mongol, como se quisesse conversar mas não fala nada e está sempre dormindo. Vai se foder, sei que você não dorme tão cedo assim. As nove tudo bem, mas seis e meia da tarde? Olha minha cara de trouxa.
- Hum, o que quer que eu faça? Apoie suas saídas pra comer o colégio todo? Você que se foda.
- Não quero que me apoie em nada, quero que seja meu amigo como sempre.
O menor desviou o olhar a ele, observando-o por um pequeno tempo e assentiu por fim.
- Certo, desculpe.
- Não entendi seu ponto. - Disse o maior, confuso sobre sua frase anterior. Ao seguir o caminho com ele, esperou até onde pudessem ter um menor fluxo de alunos. - Achei que estivesse com vergonha por causa do que fizemos, não achei que estivesse com raiva. Não é como se eu quisesse comer todo mundo e até meu amigo, se acha que é assim.
Miruko seguiu com ele pelo corredor e ao cessar o passo uniu as sobrancelhas.
- Eu não pensei nisso... Não, por que acharia uma coisa dessas? ... Eu só estou com vergonha mesmo.
- É pelo que disse há pouco. Enfim, vamos sair? Não vou te deixar dormir as seis horas.
- Ah não... Eu só sou um babaca, acho que fiquei... Com ciúme por cogitar sair com ela e não comigo.
- Eu não cogitei, você que falou que não se importava.
- É, parece que eu me importo.
- Então fale, seu merdinha. Vamos lá comer um lanche gigante. - Disse o maior e passou um dos braços sobre seus ombros.
- Hai, tá bem. - O menor sorriu meio de canto e seguiu com ele pelo corredor.
- Vai passar no quarto antes ou vamos direto?
- Não, vou assim mesmo, estou feio?
- Ta bonito. Mulheres gostam de uniforme. - Keisuke sorriu canteiro, sugestivo.
- Eu não quero pegar mulher.
- Hum, quer pegar rapazes? - O maior encheu o saco, soando engraçadinho.- Quero pegar minha mão na sua cara.
Keisuke riu, divertindo-se.
- Mas sua mão está no seu braço e não na minha cara.
- Trouxa. - Miruko falou e negativou, arrumando o óculos sobre os olhos.
- Gosto do seu óculos. Você normalmente tira quando sai da aula.
O menor uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e desviou o olhar a ele.
- Gosta?
- Eu já não disse isso antes? Fica bem em você. Cara, estou morrendo de fome.
Miruko sorriu meio de canto e ajeitou-o novamente sobre os olhos, feliz com o elogio.
- Hum, então escolha o lanche.
- Hum, quero um com hambúrguer de picanha. E você?
- Hum, parece gostoso.
Ao chegar na lanchonete, o fluxo de pessoas parecia grande para um dia de semana, esperava menos alunos. Keisuke seguiu com ele até a fila de pedidos enquanto observavam o painel de opções.
- Qual você quer? - Disse e o segurou pelos ombros ao ser empurrado, esbarrado em alguém. - "Desculpe."
Ao se dirigir junto dele, Miruko parou na fila a observar o painel, e parecia difícil decidir qual lanche queria, assim como a bebida.
- Hum, eu acho que eu vou pegar o mesmo que o seu...
O menor falou e por fim quase bateu contra ele ao ser empurrado, ficando a centímetros de seu rosto. Desviou o olhar a ele, quase imediatamente e sentiu a face se corar, logo desviou-se dele e afastou-se. Keisuke notava-se o rubor que apareceu em seu rosto, não disse nada, sabia que como aquela seriam as reações depois de terem se pegando num banheiro.
- Quer milkshake de morango, ah? - Encheu o saco.
Miruko uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e riu baixinho, assentindo.
- Quer saber? Eu quero.- Hum, moranguinho. Eu sei que você gosta de verdade dele. Eu acho bom também.- Gosto de morango, e aí? Melhor que você que é um viadinho e não assume.- Ah? Viadinho? - Disse, pasmo com a colocação.Keisuke riu e assentiu.
- É sim.- Você que é viado.
- Ah eu?- Você.- E por quê eu?- E eu por quê?"Kei" riu.
- Porque você é.- Por quê?- Ora, porque eu quero!- Ah, você quer que eu seja viado pra você ser viado comigo, é isso?Miruko estreitou os olhos.
- É, claro, inclusive estou te dando milkshake de morango pra te transformar em viado aos poucos te deixando rosa por dentro, trouxa.- Cara, você brisa demais. - Disse o maior a ele e quando percebeu já estavam na frente da atendente. - Não somos viados.
Disse a ela e formulou tão logo o pedido, claro, sem deixar de notar que ela sorria para não rir da conversa adorável. Miruko desviou o olhar a ele e depois a ela ao ouvi-lo e negativou, segurando o riso e esperou-o formular o pedido.
- Um milkshake não, dois, morango. Bem rosa pra eu acabar com o meu plano maligno.- Não gosto de rosa forte. Prefiro rosa bebê, moça. - O maior brincou, com ela e com ele. - Dá pra por o canudinho rosa também? Ah não, ok. - Que canudo o que, tem que tomar na beira do copo.Miruko estreitou os olhos a ele.
- Desculpe a deselegância dele, moça.- Você gosta de sugar não é o mesmo pra mim. Para de me queimar com a atendente.
O maior disse e a ele e sorriu a ela, dando fim a brincadeira. Pagou logo após informar o valor. Miruko estreitou os olhos novamente e negativou conforme se afastou com a senha para a espera da entrega do pedido.
- Vai pedir o telefone dela também?- Tá afim? Se quiser posso pedir.
- Tô afim de te dar uns cascudos.
- Por que? Eu nem dei em cima dela.
- E a tal da Mira? Espero não ouvir ninguém gemendo no meu ouvido hoje.
O riso soou maldoso.
- Vou dar banho nela.
- Ah vai? Vou dormir no quarto do Hiro essa noite.
- Não precisa, fica no quarto. Eu vou sair.
- Não, eu faço questão.- Não precisa disso, Miru. Eu não vou ficar no quarto. - Miruko disse e seguiu até o balcão onde buscou os pedidos e levou-os até a mesa. - Vem.O menor assentiu e seguiu até ele na mesa, ajudando-o a carregar as bandejas.
- Hum, pelo menos você parou de tentar arrumar namorada pra mim.
- Na verdade você quem disse que não queria. E eu nunca empurrei, te convidava pra ir nos encontros e aproveitar.
Kei acomodou-se e pegou uma das batatas, sentindo-se satisfeito com o sabor salgado.
- Que foi? Não quer que eu durma com o Hiro, é? - Riu, cutucando-o.
- Ah? - Kei riu. - E eu lá vou ter ciúme de macho.
Disse e deu a ele a batata que seguia perfeitamente retangular para satisfazer seu toc. Miruko riu igualmente e pegou a batata, agradecendo com um maneio de cabeça, bebendo o milkshake em seguida.
Na verdade, Keisuke não havia pensado que de fato ao se referir o ciúme e o tal macho havia pensado exclusivamente em seu amigo e não nele. Pegou o lanche em seguida e tirou de sua embalagem para então morde-lo. Miruko observou-o enquanto comia o lanche e devagar se aproximou dele, de modo que não o deixasse perceber e por fim o mordeu no canto.
O maior voltou-se por um instante em algum ponto que conseguiu a própria atenção, foi assim é claro que perdeu um pedaço do próprio almoço. Quando se voltou para frente, percebeu um montante de cabelos negros próximos demais. Fingiu rosnar.
- O seu é igual seu gordo. - Disse e lhe deu um cascudo.
- Ai ai! Olha a agressão!
O menor falou a afastar-se e fez um pequeno bico, abrindo o próprio lanche igualmente. Keisuke esperou calmamente que pegasse seu lanche e assim pegou-o em sua mão mesmo, levando-a sobreposta em frente a boca e mordeu seu lanche.
- Arrumou uma namorada nova, Kei?
Provocou um colega de classe enquanto passava com a bandeja e sua companheira até um canto da lanchonete. Aproveitou para expor o dedo do meio, uma vez que a boca ocupada. O moreno desviou o olhar as garotas, arqueando uma das sobrancelhas ao vê-las e negativou, voltando-se ao outro em seguida.
- Solta meu lanche, caralho! Vai ficar mordendo seis anos! Que coisa de viado.- Ah, vai ficar de complô os dois? Então vai sentar lá com ele, seu merdinha.Miruko riu.
- Eu não estou de complô com ele.- Se você não percebeu ele te zoou também. Te chamou de namorada.
Keisuke encheu o saco e pegou o milkshake que tragou. O menor desviou o olhar a ele e ao milkshake.- Hum, tá bom, kanojo. - O maior disse a ele após deixar o copo transparente sobre a mesa e voltar a comer.O menor riu e negativou.
- Você precisa se arrumar logo logo ah? Ou não vai levar a "Mira" pra sair.
- Me arrumar por quê? Não acha que ela vai gostar assim?Miruko sorriu meio de canto.
- Não vai tomar um banho pra comer a menina?- Ah, mas que boca suja. Tão chulo.- Hum, fazer amor com a menina?
O loiro não conteve o riso ao ouvi-lo reformular, havia levado a sério.
- O que, palhaço?- Você corrigindo. - Kei tornou a rir com sua impaciência.- É porra. - Riu.- Ainda não transei com ela. Então não sei se vai rolar hoje.Miruko observou-o, meio silencioso e pegou o próprio milkshake, bebendo alguns goles.
- ... Hum, com quantas você já fez?
- Eu não vou falar disso. - Disse, tirando sarro da pergunta.
- É uma pergunta séria, ora.
- Isso parece assunto de cara otário. Querendo de gabar falando de quem comeu. Eu não sei na real, não transo com todas que fico, se é o que está achando.
Miruko sorriu meio de canto.
- Não estou achando isso.
- Você nunca fez, não é?
- ... - Negativou.
- Bem, você é muito tímido.
O menor sorriu.
- E daí?- Por isso nunca conseguiu. Mais fácil a menina te levar pra cama.
- Ah não é tão assim...
- Claro que é. Só fez comigo porque fui inconscientemente pra cima de você, porque sou cara de pau. - Disse o maior e falou discretamente.
Miruko uniu as sobrancelhas e riu baixinho, negativando.
- ... Como é?
- Como é o que?
- ... - Miruko desviou o olhar sutilmente e logo voltou a observá-lo, sentindo a face queimar. - ... Transar com uma garota.
- Ah mano, você precisa fazer pra saber. Que tipo de conversa estamos tendo numa lanchonete? É gostoso.
O menor riu ao ouvi-lo e assentiu.
- Desculpe.
- É basicamente como, bem, se masturbar em relação ao prazer. Mas dentro de um espaço muito melhor que uma mão, sabe como é. É mais pra sexo oral.
- Ah... Eu acho que entendi.
- Acho que nem oral você fez, não é?
- Eh? - O menor sentiu a face se corar novamente e desviou o olhar a ele.
- Esse assunto é meio estranho. Mas vou te arrumar uma garota hoje, o que acha?
Miruko mordeu o lanche e desviou o olhar a ele, negativando.
- Não.
- Não sente vontade?
O outro negativou.
- Nossa. - O maior disse num devaneio breve, achava difícil ser tão ingênuo ou desinteressado. - Talvez você seja aqueles assexuados.
Miruko desviou o olhar a ele, e por um momento o achou um idiota por não notar porque não queria ninguém, ora, mas também era um idiota porque não entendia a si mesmo.
- ... Acho que vou pro quarto, então... Bom encontro. - Disse, deixando o restante do lanche sobre a embalagem.
- Não não, vou com você. Já terminei. Eu disse que ia a noite e não tarde. - Kei se levantou e deixou o restante na bandeja que levou. Salvou somente o restante do milkshake que bebia aos poucos durante o caminho. - Vai levar a namorada pro cinema, Kei? Vou e depois levo a sua também. - Retrucou o amigo que riu com um palavrão. Enfim deixaram a lanchonete e então seguiram caminho de volta aos dormitórios. - Devíamos ir no cinema mesmo. Tem uns filmes bons em cartaz.
Miruko assentiu ao ouvi-lo e levantou-se igualmente, livrando-se da própria bandeja, da batata, metade do lanche e o restante do milkshake, o que era estranho, já que geralmente tinha um bom apetite assim como ele. Colocou as mãos no bolso do casado e simplesmente ignorou a piada do outro, negativando para si.
- Ah? É, seria legal, talvez um pouco de ação ou suspense. Amanhã nós vamos.
- Quer ir hoje? Podemos ir, você parece desanimado hoje.
O menor desviou o olhar a ele.
- Não sei se quero ir ao cinema.
- Eh? Acabou de dizer que seria legal.
- É, mas amanhã.
- Bom, beleza.
Miruko disse quando alcançaram enfim os quartos. Aproveitou para pegar uma toalha que jogou no ombro e foi-se para o banheiro, para o banho. O loiro observou-o a pegar a toalha e seguir ao banheiro, talvez o houvesse chateado e negativou consigo mesmo, batendo a cabeça na parede atrás de si ao vê-lo fechar a porta.
- ... Porra.
Shiori adentrou a casa com o bebê, seguindo rapidamente para a sala, onde o deixou sobre o sofá e ali abaixou-se a observá-lo, colando o ouvido ao peito do pequeno, tentando ouvir os batimentos, se ainda existiam, e eram poucos que aos poucos estavam parando.
- Kaname!
Kaname havia chego há pouco, o tempo suficiente para tomar banho e vestir-se sem roupas de trabalho, sentir-se confortável. Ao chegar não encontrou o filho ou o companheiro, imaginou logo que talvez fosse sua ida ao mercado, do contrário teria deixado algo preparado, era habitual, embora já não sentissem mais fome de alimento, até mesmo pequenino havia se habituado com guloseimas e gostava de poder lhe prover de algum aperitivo mais elaborado do que simplesmente o sangue que precisava. Deixou o banho ao sair enquanto secava os cabelos compridos com uma toalha que não fazia muito pelos fios. E sentia aos poucos a presença do companheiro, seu cheiro, denunciando sua chegada, assim como ao ser chamado e parecia inquieto. Saiu do quarto até o local onde pôde recebê-lo, havia percebido o odor humano por lá, porém, sentia esse cheiro o tempo todo, portanto havia se adaptado. A medida em que chegava mais perto, pôde vê-lo junto a uma criança, enrolada no tecido e parecia tão débil.
- O que?
Indagou sem completar a frase, sem entender aquela criança. Imaginava que precisava de ajuda, porém não entendia a falta de um responsável. Mas claro que como de costume, voltou antes de pisar no último degrau para busca do estetoscópio ou o que fosse de prontidão para ajudar o pequenino por lá.
- Kaname... - Shiori falou a desviar o olhar ao outro já na sala e uniu as sobrancelhas, sentindo os pulsos do pequeno aos poucos se dissipando. - Me ajuda! Eu... Não sei o que fazer!
Falou a ele e observou o filho pequeno, que também parecia assustado. Apoiou os dedos no peito do bebê, pressionando-o a tentar uma ressuscitação, assim como a respiração que tentou fazer para acordá-lo e uniu as sobrancelhas, concentrado no que fazia por um bom tempo, mesmo após a volta dele, até que ao se deitar, pode ouvir os batimentos que haviam retornado e suspirou, aliviado.
- De quem é essa criança?
O maior indagou quando finalmente voltou até lá, verificou o pulso do bebê, os batimentos cardíacos normais embora fraquinhos. Cuidadosamente manipulou seu corpo frágil, verificou se não havia nada errado fisicamente, sua nuca, sua temperatura e infelizmente ninguém ali podia prover o que ele precisava, calor.
- Está com baixa temperatura, é um bebê, precisa de muito mais, não há como aquecê-lo com o corpo, precisamos acender a lareira e ficar por perto, enrolar ele numa manta ou cobertor térmico.
- Hai...
Shiori murmurou e levantou-se rapidamente após ouvi-lo e num pulo buscou a manta e o cobertor no andar superior, o que era do próprio filho antes.
- Aqui. Etsuo achou ele jogado numa caixa na rua...
- Ele vai morrer, mamãe?
Kaname negativou ante a situação. Aceitou a manta e envolveu o pequenino, entregando-o ao colo do parceiro. Encaminhou-se até a lareira na sala e acendeu sem delongas. Usou algumas das almofadas do sofá e ajeitou sobre o tapete da sala, criando um pequeno e temporário leito à criança, onde a colocou, evitando a exposição de outro alguém a temperatura não muito agradável por longo período, talvez pudessem manter algum tempo, mas não o quanto a criança precisaria.
Shiori observou o pequeno ali e sentiu pena, queria abraçá-lo, mantê-lo consigo e isso havia criado pequenas lágrimas nos olhos, desviando o olhar ao filho e negativou a sua pergunta, abraçando-o a pegá-lo no colo.
- Não, meu amor.
- Ele vai ficar bem, só tem frio. Hoje está frio até pra você, não está? - O maior disse ao filho, a que se dirigiu logo e afagou seus cabelos finos e escuros. - Precisamos de leite e uma mamadeira, deve ter alguma do Etsuo recém-nascido. Precisa ser rápido, o leite vai aquecer o corpo dele.
- Hai.
Shiori murmurou e entregou o filho nos braços dele, seguindo ao quarto do pequeno onde buscou a mamadeira guardada e na cozinha, preparou o leite quente. Kaname pegou o pequenino, que quase parecia um gato curioso, esticava-se no colo e se encolhia do mesmo modo, tentando ver o bebê e ao mesmo tempo se aconchegar no colo.
- Vem, vamos ficar no sofá e podemos vê-lo.
- Hai. Posso tomar meu yogurte agora?
Logo, Shiori voltou a sala e observando o pequeno deitado próximo a lareira e aproximou-se, guiando a mamadeira próxima de sua boquinha, que aceitou a bebida.
- Ah, você quer o yogurte? Achei que queria ficar e ver o que está acontecendo, curioso. - Kaname disse ao filho e viu o companheiro chegar. - Shiori, pode pegar ele e se afastar um pouco durante o leite, vai aquecê-lo de todo modo, depois pode colocá-lo de volta.
O menor assentiu ao ouvi-lo e logo pegou o bebê no colo, aconchegando-o nos braços e abriu um pequeno sorriso. Sentia-se como quando pegou o filho a primeira vez, aconchegando-o em si, e dando a ele o que podia para alimentá-lo.
- Só tente não deixar a pele dele em contato com a sua.
Kaname teve de alertá-lo e consigo levou o filho até a cozinha, pegando o yogurte da sacola e entregou a ele, ainda no colo, assim como a colher de chá, para a sobremesa. Etsuo fez bico e pegou o pequeno potinho, abrindo-o meio desajeitado e tentava observar a mãe na sala.
- Vai ser meu irmãozinho, papai?
- Você é mesmo curioso.
O maior disse ao pequenino, parecendo ainda um pequeno bicho. Seguiu até a sala novamente, sentando-se no sofá próximo ao companheiro, deixando a criança em vista do filho. Não sem antes respondê-lo.
- Nós vamos devolver ele pra mãe dele.
Desviou o olhar ao maior e assentiu, porém, lembrou-se que havia um bilhete em conjunto e retirou cuidadoso o papel do bolso, entregando-o ao parceiro.
- Isso estava com ele.
Shiori ajeitou o pequeno no colo, até havia feito menção de deixá-lo no sofá, mas fora bem agarrado antes disso. E fitou o bilhete, ao mesmo tempo que mexia em seu pequeno pote de yogurte, sua colher igualmente miúda e preencheu com a sobremesa a levar em sua boca, que era aberta sem atenção, já que seus olhos arregalados fitavam curiosamente o hóspede recente.
- O que está escrito? Abandonaram o bebê?
Shiori desviou o olhar a ele e observou-o enquanto lia a carta e uniu as sobrancelhas.
- "Espero que um dia Deus me perdoe por isso e você também. Espero que uma boa alma possa te encontrar e fazer o que eu não tenho condições de fazer."
Kaname ouviu o que dizia e no fim do pequeno bilhete não disse nada, na verdade, deixaria a criança melhorar e pensava que conversar sobre aquilo, somente após isso. Assentiu e negativou logo após.
- Então por que faz... Tsc.
- Me perguntei a mesma coisa. Sabe como são os humanos.
- Costumávamos ser sem que fossemos assim.
Shiori assentiu, observando o rostinho pequeno do bebê.
- Ele parece muito o Etsuo quando era pequeno.
- É porque ele é meu irmãozinho.
- Mas ele tem cabelos claros.
- Isso é chantagem, Etsu? Querendo convencer seu pai de ficar com o bebê, ah?
- E o papai vai?
Shiori riu e negativou, desviando o olhar ao bebê e acariciou o rostinho dele.
- Parece que sua mãe se apaixonou.
- Eh? Não mamãe, você tem que me amar mais!
O menor riu e desviou o olhar ao outro.
- Hey, estou brincando.
- Não estou apaixonado por ninguém.
- Vocês podem ficar com ele se o Etsuo não for ficar com ciúme.
- Eh? Não, é meu irmãozinho!
Shiori sorriu a desviar o olhar ao outro.
- Podemos...?
- Não acredito que os pais vão procurar, então...
- Hai... Eu vou cuidar dele.
- Eba!
- Mas... Você tem que entender, Etsu, ele não é um mordedor.
- Eh? Mas não posso tirar nem uma lasquinha?
- Não!
- Nem idade pra isso você tem.
- Vou levar ele embora, não vai dar certo com o Etsuo.
- Não! Não! Eu me comporto!
- Quero só ver.
- Ele pode tomar yogurte?
Shiori desviou o olhar ao filho, sorrindo e suspirou, deixando a mamadeira vazia de lado.
- Ele provavelmente ainda não consegue se manter com algo além do leite. É muito pequeno, mas daqui uns meses talvez ele já possa. Bom, precisamos dar um nome a ele.
Kaname disse ao companheiro e voltou a servir o filho com o resto do yogurte.
- Hai... - Shiori murmurou e sorriu, observando o pequenininho.
- Eu gosto de Ritsu. - Disse Etsuo.
Kaname arqueou uma das sobrancelhas.
- Você tem quatro anos, como pode saber o que é um bom nome, hum?
- ... É meu irmão, eu dou o nome que eu quiser. - Deu de ombros.
Shiori riu.
- Quem escolhe o nome sou eu, porque você é meu filho, então eu mando em você e mando nele também.
O pequeno uniu as sobrancelhas.
- É, eu mando mesmo.
- Hai...
- Então eu vou escolher Ritsu, o que você acha, baixinho?
- Acho lindo. - Shiori sorriu.
- De verdade?! - Disse o pequeno.
Shiori riu, bem baixinho na verdade, achando graça da reação do filho.
- O que?
- Nada, bonito o nome que o papai pensou, não é?
- Papai não pensou em nada, fui eu que pensei.
- Mentiroso, foi o papai.
- Não!
Shiori riu.
- Olha, vocês.
Em passos despreocupados, sem correria e sem lentidão, Ikuma traçava o caminho pelo solo que ecoava no ambiente vazio o curto salto da botas de bico. A boate não tinha nenhum movimento, nenhuma alma a penar por ali. Era cedo, não muito, mas o suficiente pelo horário o qual havia instruído um rapaz a abrir o lugar. A bolsa carregava pelo ombro e balançava-a de lado e outro sem peso do que havia em seu interior, apenas roupas e poucas, pelos meses em que passou fora dali, três ou quatro, e nem sequer havia avisado ao companheiro. Ao pensar sobre tal, tinha consciência do desgosto que daria ao homem, porém não pôde evitar que a curva dos lábios se alargassem num sorriso. Sabia, que talvez voassem objetos pelo quarto, mas desviaria de todos, talvez um tapa e outro, ah, enfrentaria o mau humor do vampiro. Nas escadas os passos de eco já denunciavam a quem estivesse dentro do quarto, aproximação existia, e como vampiro, o cheiro da amadeirada colônia se instalaria nas narinas de Taa, mesmo antes que pudesse tocar a fria maçaneta da porta e girá-la, até que a porta de casa estivesse aberta
a dar as boas vindas a si.
Taa caminhou em passos irritados pelo local, firmes no solo, passou pela porta mesmo sem se identificar nem dizer nada as pessoas ali existentes e ignorou todas as palavras delas a si. Desceu as escadas e abriu a porta do quarto, deixando-a bater contra a parede com força e logo voltou a fechá-la, aproximando-se do outro que viu virar de frente para si e segurou o pescoço dele encostando-o a parede e rosnou, mostrando as presas.
- Onde você estava seu desgraçado?!
O meio sorriso elevou a lateral dos beiços espessos, e de longe era previsível ouvir sua marcha irritadiça pelo lugar. Ikuma virou-se tão brando a direção, e pôde quase prever até mesmo suas palavras antes de dizê-los. Visto que regrediu passos a ser voltado ao concreto de cor forte, assistia-o rosnar e sem quaisquer respostas desgrudou os próprios lábios num rosnado suave, junto de uma leve expressão risonha e sacana.
O maior observou a face dele, estreitando os olhos e a mão encontrou a parede, dando um soco no local.
- Fala, seu filho da puta!
- Ah, que medo... - Sussurrou a ele, num leve franzir do cenho tão ironizado.
- Ikuma!
- Por aí.
As mãos do menor em inércia a pender nas laterais do próprio corpo, elevadas a pousar no magro quadril do outro homem e trazê-lo mais próximo ao próprio corpo. Taa levou ambas as mãos até as dele, retirando-as do local.
- Fala!
- Trabalhando, visitando a família. Oh, mas tudo isso é saudade, Lagartixa?
- Você não estava visitando a sua família!
- Então o que eu estava fazendo?
- Estava com alguma prostituta por ai, não estava?
O riso escapou enquanto as azuladas lentes do menor corriam pelo ambiente do quarto, até enfim pousar novamente ao rosto enfurecido defronte a si mesmo.
- Já tenho uma prostituta em casa.
Taa levou uma das mãos até a face dele, dando-lhe um tapa com certa força, deixando marcado os próprios dedos. Ikuma sentiu a pressão de um espalmo sobre a bochecha, que se fez a arquear uma das quase inexistentes sobrancelhas.
- Isso deveria ser um elogio.
- Não suma de novo sem me dizer, porra.
- Ah, mas é tão excitante provocá-lo.
Ah você acha? Esse tapa não é nem um terço do quanto eu queria bater em você.
- Então bata, Lagarta. Bata, mas cuidado pra não quebrar seus ossinhos com a força que for usar, ah.
- Seu idiota. Babaca. Fiquei dias atras de você! - O maior afastou-se, suspirando.
- Ora e não quer nem me dar um beijo? Aposto que está louco por um.
- Eu quero matar você!
- Ah, não quer.
- Ah, eu devia.
- Devia nada, sou muito novo pra morrer.
Ikuma desencostou-se enfim, o puxou pela cintura, tornando prendê-lo junto do corpo.
- Novo? Novo sou eu. - Taa empurrou o outro. - Sai de perto de mim.
- Parece mais velho que eu, mas é.
O menor firmou os braços envoltos, sem sair do lugar ao ser empurrado.
- Ikuma... - Puxou ambas as mãos do outro. - Me solta, agora!
- Ah okay!
Ikuma o soltou e dera de ombros, sabia que não deveria realmente soltá-lo. Deu-lhe as costas ao caminho do salão na mesa de sinuca e no barzinho as bebidas ainda existiam bem conservadas. Taa o observou, estreitando os olhos e caminhou ao lado da cama, pegando o abajur no local e jogou contra a parede, observando o mesmo quebrar e espalhar os cacos pelo chão.
O menor não conteve o novo sorriso que expôs a si mesmo quando o som do vidro se expandiu no quarto. A taça funda encheu do vinho e os acompanhou em dois cubos de gelo. O maior sentou-se na cama, observando o local.
- Maldito.
Ikuma voltou ao quarto, observando os cacos pelo chão, adornando o felpudo carpete que revestia o solo em sua extensão, enquanto na mão balançava sutilmente a taça, ouvindo o tilintar dos cubos de gelo a bater no cristal.
- Por que tanta raiva, Lagarta?
O maior desviou o olhar a ele e estreitou os olhos.
- Você me fez ficar uns cinco meses aqui seu maldito!
- Quatro. - Corrigiu, servindo-se de um gole generoso da bebida.
- Não me importa pra mim pareceu dez mil anos.
- Oh, que adorável.
- Adorável o que?!
- Saudade foi tanto assim, ah?
Ikuma caminhou a ele, sentindo o rangir dos cacos que com as botas pisoteou, até que se tivesse postado defronte a si na cama e ao lado dela, acima de um móvel qualquer, deixou a taça com a rubra bebida. Taa estreitou os olhos, observando-o e desviou o olhar.
- Tsc... Odeio quando você faz isso... Faz de proposito!
- Isso o que?
- Me largar aqui e sumir.
- Oh, já o larguei tantas vezes.
Um dos joelhos, o menor levou a lateral da coxa do outro, postado ao macio colchão da cama. Taa observou o corpo do outro e suspirou, afastando-se sobre a cama e ao chegar do outro lado levantou-se, passando ao lado do outro e saiu do local para a sala, retirou o cigarro do bolso e levou-o aos lábios, pegou o isqueiro com as mãos tremulas e acendeu o mesmo, jogando-o no bolso e tragou o cigarro, expelindo a fumaça e suspirou, fechando os olhos.
- Uh.
Um riso sutil soou nasal em Ikuma ao vê-lo se afastar. Postou-se com ambos os pés no chão outra vez e tornou pegar a taça com o pseudo vinho tinto. Taa suspirou novamente, feliz por sentir o cheiro do cigarro ao invés do sangue na taça ao lado da cama e observar o corpo dele. Queria tanto o outro, mas estava realmente irritado pelas atitudes dele. Tragou o cigarro novamente, observando as pessoas pelo local a adentrar a boate.
- Vou tomar banho. Peça a alguém que limpe o quarto antes que eu saia dele.
Ikuma ingeriu todo o conteúdo da taça e pousou-a pesada sobre o móvel do lado da cama. Seguiu marcha ao banho e sabia que o provocaria ao fazê-lo.
- Pede você, não sou seu empregado. - Falou alto.
- Foi você quem quebrou e não eu.
O menor encostou a porta em seu limiar, desnudou-se a um banho de uma hora inteira.
- Tsc...
Taa voltou-se ao quarto, observando a taça sobre o móvel e pegou-a, notando-a vazia. Suspirou e deixou-a novamente sobre o local, voltando-se ao banheiro e levou uma das mãos a maçaneta, hesitante em abri-la.
- Já que você não vai me dar atenção, vou lá em cima, ver se alguém quer a sua prostituta, hum.
Falou num tom alto, sabia que ele ouviria e virou-se, subindo as escadas e sentou-se próximo ao balcão. pedindo uma taça de vinho ao barman.
Ikuma negativou consigo ao ouví-lo e riu, deu-se de ombros apesar do desagrado das palavras. A toalha envolveu a cintura, cobrindo-a da nudez após deixar a água. Visto que nem sequer havia ordenado que alguém fizesse a limpeza do quarto, e tornou ao desagrado por ser desobedecido. No guarda-roupas pegou um jeans qualquer, o tiraria mesmo logo após, o vestiu no físico molhado, e mesmo sem a camisa saiu do quarto, dando tempo apenas de ajeitar as melenas louras bem claras e úmidas com a ponta dos dedos e passar pelo pessoal da boate, onde encontrou o outro próximo ao balcão, porém não lhe deu mínima atenção e a serviçal que preparava um martini ou algo de cor rosa e cheiro doce, pediu que fosse ao quarto e limpasse a sujeira que o alheio presente havia feito. Tornou dar as costas e voltar ao quarto quando seguido pela jovem, mesmo que talvez chamasse atenção pela falta da roupa, ou pelo fato de estar molhado.
O maior desviou o olhar ao outro, estreitando os olhos.
- Parabéns Ikuma, acabou de me deixar com ódio.
Observou o barman próximo a si e pegou a taça com o líquido, bebendo toda a bebida de uma vez e logo pediu uma nova dose da mesma.
O mais velho trocou-se da veste, sem importância a presença da fêmea no quarto, apenas não tinha interesse em qualquer reação. Vestiu alguma peça íntima, uma regata vermelho vinho e deitou-se na cama com mais uma das taças de vinho, concedendo a licença da jovem após ter limpado o chão do quarto.
- Mande-o vir aqui, agora. - Ordenou a ela, que se retirava.
Taa pegou a taça sobre o móvel, virando a bebida novamente e os olhos já tomavam a cor vermelha devido a bebida. Observou a moça próxima a si e estreitou os olhos, extremamente irritado com qualquer um que se aproximasse.
- Ora, e ele manda em mim agora? Diga pra ele que não vou descer droga nenhuma.
Observou a moça se afastar e voltou os olhos ao balcão, indicando a bebida que queria.
O olfato de Ikuma denunciava o cheiro feminino que regredia ao quarto, ouvira a ruiva dar exatas palavras do homem, e tornou ser desobedecido, ah só Cain poderia imaginar o desgosto em sê-lo, e ao encontro das pálpebras, o gole novo da bebida, que ao ingerir deixou a taça ao lado, sendo servido pela vampira empregada.
- Diga então que pode ir embora quando terminar de beber. - E assistiu novamente a saída da garota.
Taa tacou a taça no chão ao ouvir a garota, causando o olhar de algumas pessoas por perto, levantou-se, seguindo ao local novamente e abriu a porta, voltando a bate-la e observou o outro.
- O que você quer?
As vistas do menor, já sem as azuis lentes, e agora com o tom levemente amarelado nas orbes, ergueram-se a direção da porta, a direção do outro.
- Chega de tanto alvoroço. - Disse sem alteração vocal e levantou-se da cama, seguindo ao alheio. - Gritar, se fazer de estúpido ou nervosinho, não resolve problema algum e sequer tenho medo de você. Agora, me obedeça quando o disser. - Concluiu em vistas iguais encaradas.
Taa cruzou os braços, observando-o.
- Você acha... Que vai viajar por quatro meses, me deixa aqui plantado que nem um idiota e nem me avisa onde vai, volta pra cá, não esta nem ai, diz que fez realmente de proposito, desce quase sem roupas e sobe com aquela vadia. Acha realmente, que depois de tudo isso eu ia voltar correndo pra você aqui embaixo e chorar que nem um idiota te pedindo desculpas e assentindo a tudo que você diz?
- Hum, suas palavras só demonstram o que você realmente gostaria de fazer. Não pedi sua desculpas miseráveis, mandei que pedisse que limpassem o quarto que você sujou. Foi razoável que ainda não mandei você mesmo fazê-lo, ir atrás dela e mandar que limpe não cortaria e nem machucaria suas mãozinhas. E não adianta ir pra lá e pra cá beber e voltar gritando, eu passei quatro meses fora, e esses quatro meses não serão revertidos mesmo que você volte as horas no relógio. Entra dizendo que não lhe dei atenção, quando em todo momento você recuou, e ainda alega que irá atrás de quem queira minha prostituta. Então vai! Porque já não fez isso enquanto eu estive fora? Ah?
Taa observou o outro, mantendo-se do mesmo modo enquanto o observava e suspirou, assentindo. Virou-se, saindo novamente do quarto e desceu/subiu as escadas em direção a saída.
Kazuto ouviu o barulho da porta, constando a chegada do outro e pegou a taça na armário, aproveitando a garrafa de vinho e sangue sobre a mesa e colocou pouco do líquido nela, caminhando em direção a porta e observou o maior, estendendo a taça em direção a ele.
- Okaeri.
Os orbes do maior logo desceram a figura em frente, visto o cumprimento após a chegada. Negativou a bebida servida, não sentia fome e enfim fechou a porta ao caminho que traçou ao quarto, livrando-se da roupas de serviço.
O menor assentiu e desviou o olhar a taça por alguns segundos, o observando a seguir ao quarto em seguida. Levou a taça até a cozinha, entregando-a a moça e virou-se, caminhando até o quarto a alcançar o outro e fechou a porta em seguida, sentando-se na cama.
- Como foi o dia?
- Como sempre.
Yuuki jogou àquele casaco qualquer num outro qualquer canto do quarto e deitou-se na cama a estirar os braços sob o colchão. Kazuto abriu um pequeno sorriso ao vê-lo se deitar e deitou-se ao lado dele, selando-lhe os lábios.
- Senti sua falta.
- E quando é que você não sente?
- Nunca. - Riu.
- Hum... E quando estou perto, você sente com antecipação.
- Hai... - Kazuto murmurou e repousou a face sobre o travesseiro. - Eu podia ficar assim o dia todo olhando você.
- Falta do que fazer.
- Para de ser bobo.
- É a verdade.
- Não é.
- Claro que é. Me diga o que você faz.
- Agora que eu estou sem a banda... Só espero você chegar ou saio de vez em quando...
O maior apenas riu, enfatizando o que havia dito ante a resposta do outro.
- Certo, certo, sou inútil.
- Uhum.
- Mas eu faço tudo pra agradar você...
- Sei disso.
O menor sorriu.
- Ao menos isso...
- Mas não significa que eu veja isso como algo bom.
- Eu sei que vê.
- Não, se o quisesse como escravo somente faria isso.
- Como o caso da ruiva?
- Algo assim.
- Ah... - Kazuto desviou o olhar ao teto. - Sente falta de alguma coisa...?
- Uh, não.
O menor sorriu.
- O que?
- Nada.
- Uh.
Yuuki murmuriou em exposta indisposição e revirou-se, se pondo de lado na cama. Uma das mãos fora despudorada entre as pernas do garoto, lhe invadindo o short mesmo pela abertura da peça no espaço para elas e pouco afastou a roupa íntima apenas a lhe tocar a abertura íntima tão retraída. Kazuto uniu as sobrancelhas, observando os movimentos do outro e apenas deixou que ele tocasse a si, afinal, não ligaria mesmo.
- Hum... O que está fazendo?
O maior pressionou o dígito a roça-lo, se não fosse pela unha que já o penetrava, quisesse ou não. O gemido deixou os lábios do menor, agarrando o lençol da cama e apertou-o entre os dedos.
- Como é sensível.
- N-Não coloque a unha em mim...
- Quer que eu tire a unha pra por o dedo? Não dá.
- M-Mas machuca... - Murmurou, puxando a própria roupa intima, abaixando-a. - Deixa eu tirar, hum...
Yuuki retirou a mão do lugar, deixando livres os atos do outro. Kazuto retirou o short junto da boxer que usava, jogando no chão e deixou o corpo a vista do outro, retirando a camisa em seguida. Virou-se de costas a ele, deitando-se de lado e empinou pouco o quadril.
- V-Vem...
O maior voltou-se a imagem alheia enquanto prosseguia seus atos, até a figura desnuda que se deteve ao livrar-se de toda sua roupa. Tornou levar um dos dedos em sua região intima, a junção de mais um deles a pressionar-lhe a entrada, sentindo-a apenas.
O menor suspirou, mordendo o lábio inferior ao sentir o roçar dos dedos do outro no local e também, as unhas afiadas, segurando o lençol entre os dedos apenas e apreciava os pequenos estímulos.
- Você quer transar, ah?
Yuuki indagou enquanto o dedo continuava o serviço, fazendo menção de penetra-lo sem fazê-lo.
- H-Hai... - Murmurou.
- Então faça algo ousado. - O maior deu aparte dos movimentos.
- Ahn? Ta bem ne...
O menor virou-se, repousando as costas na cama e observou o próprio corpo, deslizando uma das mãos pelo abdômen até alcançar o membro, envolvendo-o e apertou-o levemente entre os dedos, movendo a mão no local e masturbava-se devagar, sentindo aos poucos a ereção se formar e gemia baixinho, inclinando o pescoço para trás. Fechou os olhos, aumentando aos poucos o ritmo dos movimentos que fazia em si.
- Yuuki....
Chamou algumas vezes e desviou o olhar ao próprio corpo, notando o pouco do líquido que escorria a sujar os dedos e lubrificar a ereção. Deslizou dois dos dedos sujos pelo próprio prazer até alcançar a abertura pequena e adentrou o corpo devagar, deixando um gemido pouco mais alto escapar, incômodo, já que as próprias unhas eram compridas, mas não eram tão afiadas como as do outro. Devagar adentrava e saia do próprio intimo com os dedos, aumentando o ritmo e os gemidos igualmente, afastando pouco mais as pernas a mostrar ao outro o que fazia, para pouco tempo depois retirar os dedos do local. Observou-o por alguns instantes e sentiu a face se corar levemente com o pensamento que teve, segurando-lhe a mão e levou-a aos lábios, colocando o dedo médio na boca a sentir a unha roçar na própria língua e uniu as sobrancelhas, sugou-lhe o dedo, deslizando a língua pelo mesmo, sugestivo e logo o retirou dos lábios, observando-lhe a face, esperando que não estivesse tão corado quanto estava antes.
- Quer colocar o pau em mim, hum...? E me abrir bastante...
Murmurou a guiar o dedo do outro ao próprio corpo onde antes tinha os próprios e o introduziu, deixando o gemido escapar ao sentir a unha machucar a si e mordeu o lábio inferior, fechando os olhos com força a iniciar os leves movimentos, puxando-lhe a mão e fazendo-o retirar e voltar a adentrar o corpo com o dedo, sujando-o com o próprio sangue.
- Me fode, hum...
Murmurou, suportando a dor das unhas do outro a cravar na pele e abriu os olhos, observando-o a sentir a lágrima que escorreu pela face.
Yuuki sentou-se pela cama, o suficiente confortável a fitar os atos demais. O passeio de si mesmo em seu corpo, parecia hábil demais. Um meio sorriso se fez diante do ponderar e riu, enquanto o assistia formalizar suas preliminares, deveras bem feitas e em posse dos dedos, odiava toques repentinos porém ainda assim concedeu. Sentiu a língua umedecer o dedo introduzido em sua boca, circulando-os sugestivos num ligeiro passeio do músculo maleável e tão prontamente guiado em sua abertura já em costume, penetrando os dedos contra as paredes lubrificadas em rastros de seu próprio prazer.
- Uh, abrir? Você já está bem aberto.
Conclusivo, fincou o dígito em sua entrada, sentindo-a se fechar a volta do próprio dedo.
O gemido alto deixou os lábios do menor ao sentir o movimento do outro e uniu as sobrancelhas.
- Iie... Abre mais... Me faz gemer bem alto pra você, hum...
Murmurou, tremulo pela falta de costume de falar coisas do tipo a ele.
- Não precisa falar nada, só agir.
Yuuki ditou a vagarosamente retirar os dedos que foram introduzidos, assistindo-os lubrificados e sujos de um rubro tom transparente, corando a pele e logo tornou metê-lo em sua entrada, na junção de mais um dos dedos.
- Ah!
Kazuto gemeu alto ao senti-lo novamente colocar os dedos em si, rasgando a pele com as unhas e apertou com força o lençol entre os dedos. Assentiu em seguida e levou uma das mãos ao pulso dele, puxando-a a retirar os dedos de si, ajoelhou-se na cama a ajeitar-se e ficou de quatro, dando-lhe a visão do próprio corpo. Uma das mãos levou as nádegas e voltou a introduzir os dedos no local, gemendo baixo e suspirou, estimulando-se a colocar a retirar os dedos em si.
Enquanto assistia-o em seus sutis estímulos a si mesmo, a mão, o mais velho levou a calça, livrando o corpo da peça, tal como a camisa que ainda vestia e jogou-as num canto onde não pôde vê-las. Em parcial nudez, continuava com a boxer a envolver e esconder a região dos quadris, porém, abaixava-a o suficiente a que expusesse o membro já duro o suficiente, e o roçasse contra a entrada violada do garoto, circulando-a com a glande que logo penetrou junto ao restante do comprimento sexual.
Kazuto ouviu o barulho das roupas do outro e virou-se, observando-o, mordeu o lábio inferior e abaixou a cabeça, continuando os próprios estímulos até senti-lo roçar o membro no local, retirando os dedos e levou ambas as mãos a se apoiar na cama, apertando os lençóis entre os dedos. O gemido alto deixou os lábios ao senti-lo adentrar a si e virou a face a observá-lo.
- Hum... Yuuki...
Sem demorar, as mãos do maior já lhe agarrava as nádegas, e nestas deteve o impulso a maneja-lo consigo, trazê-lo frenético ligeiro ao próprio corpo, em ecos corporais que invadiam audições pelo cômodo, um seco e brusco movimento entre atrito, estocava-o preciso e já trincava os dentes bem cerrados enquanto as orbes em sua atípica cor, focalizavam o membro ereto a lhe romper as barreiras íntimas, sujo por seu sangue, tingindo a pele com sua falta de calor.
O menor sentiu as pernas fracas a se apoiar no local, cada vez mais a cada movimento que arrancava gemidos altos de si, uniu as sobrancelhas e fechou os olhos com força a apreciar os movimentos tão prazerosos e dolorosos em si, arrepiando-se a cada vez que sentia o maior tocar o ponto tão sensível do próprio corpo.
- Ahh... Yuuki... E-Está doendo...
- Uh, é mesmo?
O maior indagou no típico tom sem altura demais e desatencioso. Trazia-o ainda consigo, era vigoroso o bastante e ainda mantinha o compasse respiratório sequer audível, se não por poucos ruídos de prazer que suavemente roucos detinham um rastro de voz.
Kazuto assentiu, deslizando as mãos pela cama e repousou o tórax sobre a mesma, mantendo o quadril empinado para o outro e novamente agarrou o lençol com força entre os dedos, mordendo-o e puxou entre os dentes, causando pequenos furos pelas presas afiadas e logo os soltou ao ouvir o barulho de tecido, gemendo em tom um tanto alto a cada investida que sentia.
As mãos do vampiro mais velho em firme aperto, afundando os dedos a marca-los de vermelho na pele pálida do menor, na junção das unhas que lhe arranhavam a tez porém não a rasgava na superfície de como eram empregadas. A medida em que se empurrava a ele; o trazia consigo a colidir e ecoar a brusquidão com que se encontravam e vez outro, um gemido mais firme diante do encontro físico.
Kazuto virou a face a observá-lo, mordendo o lábio inferior a conter os gemidos mais altos e sentiu as gotas de sangue que já era acostumado a escorrer pelos lábios feridos, sempre esquecia que tinha presas em meio ao prazer que sentia e acabava por se machucar com as mesmas, se fosse humano, já teria tantas cicatrizes nos lábios. Uma das mãos levou a nádega sobre a mão do outro, puxando-a a dar espaço para que o outro pudesse ver melhor o membro a adentrar o próprio corpo.
- Uh.
Um murmurio em riso se fez no maior diante da ampla vista que teve de seu corpo, dado a iniciativa pelo garoto. Afrouxou os movimentos, sem deixar as intensidade com que os empregava, apenas ia devagar, estocando-o preciso quando finalmente chegava em seu fim, impulsionando a frente o corpo do outro.
O menor apertou-lhe a mão com certa força, deixando escapar os gemidos mais altos ao sentir os movimentos do maior e contraia o intimo a apertá-lo em si.
- Mais forte.... Hum... - Murmurou.
A mão direita de Yuuki, subiu ao longo de sua coluna, arrastando as unhas sem causar-lhe fendas sutis, apenas a eriçar a tez pálida do outro rapaz, fosse a intenção ou não, e logo lhe tomou os fios da nuca, os agarrando e fora ali onde voltou a ter o apoio, impondo ambos os corpos em ritmo igual.
O menor estremeceu sutilmente a sentir as unhas no corpo a romper a pele e ao senti-lo puxar os cabelos voltou a se erguer, apoiando uma das mãos na cama e a outra levou sobre a mão dele, apenas pousando sobre a mesma com a leve expressão de dor na face.
- Ah... Yuuki, não puxa o cabelo... - Murmurou.
- Shh, fica quieto.
O maior retrucou e tornou puxar-lhe os louros fios de cabelo, nestes a encontrar ainda o apoio onde manejava o outro, e as vistas em seu tom entre um tênue amarelo em junção ao vermelho diante da excitação causada, fitavam em foco sua entrada relaxada, recebendo as investidas do sexo.
Kazuto uniu as sobrancelhas e abaixou a cabeça, assentindo e agarrou os lençóis da cama novamente, apreciando as investidas do maior em si. Uma das mãos deslizou pelo corpo a tocar o próprio mamilo e gemeu baixinho, deslizando pelo abdômen e alcançou o membro, estimulando-o devagar e aos poucos tentava igualar o ritmo ao dos movimentos do maior.
- Ah... Yuuki... - Chamou baixinho.
Um ligeiro movimento Yuuki formulou a vira-lo defronte a si. Ainda erguia-lhe os quadris, segurando-os a altura dos próprios já que se detinha ainda de joelhos na cama e retomou os estoques em seu corpo, o trazendo conjunto a si mesmo, e podia assistir a invasão em seu corpo, ecoando pelo quarto na intensidade do encontro de corpos.
O menor suspirou, levando uma das mãos a segurar a do maior e apertou-a entre os dedos, deslizando-a pela própria coxa e subiu a lhe segurar o pulso, puxando-a do local e logo a empurrou novamente, fazendo o barulho do tapa ecoar pelo quarto e gemeu, sentindo a pele arder e moveu sutilmente o quadril, rebolando devagar.
- K-Kimochi... - Murmurou.
- Uh, então você quer apanhar?
Yuuki indagou diante de seus feito, o olhar estreito com o que o encarou. Kazuto uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e desviou o olhar ao outro, permanecendo em silêncio, com medo de dizer algo a ele.
O maior sorriu de canto, ingracioso. Apalpou-lhe a região corpórea onde o segurava, deixando as companhia das unhas sê-las presentes enquanto o segurava com firmeza e logo, retomou o ligeiro ritmo, rápido e vigoroso, denotando ainda mais o encontro entre suas paredes internas que se contraiam cada vez que o corpo lhe tocava no fundo. As mãos subiram-lhe as pernas, levando-as a altura dos ombros onde as teve apoiadas e lhe mordeu a panturrilha, sem demoras a descer a coxa, inclinando-se cada vez mais quando as mordidas se dirigiam a direção de seu torso.
Kazuto ajeitou-se como o outro queria, fechando os olhos ao senti-lo aumentar o ritmo dos movimentos e os gemidos mais altos deixaram os lábios, levando uma das mãos aos cabelos do vampiro e segurou-os firme entre os dedos a cada mordida que sentiu, arrancando gemidos altos de si e chamava o nome dele entre eles alguma vezes.
- Hum.... - Levou uma das mãos sobre a dele novamente, levando-a a coxa onde deu o tapa do mesmo modo. - Bate, ahn... - Murmurou.
Novamente o tapa viera a ecoar na junção dos movimentos corporais. Um terceiro se fez audível diante do tapa que Yuuki lhe desferiu a ponto de salientar suavemente sua pele e arder os dedos na precisão com que o apunhalou, e sem descanso, outro consecutivo estalou em sua pele, oposto ao lado anterior, e as unhas lhe deram novas fendas que em gotejos de sangue tingiram a cama de lençóis brancos, mas tão pouco e quase não perceptivo, se não fosse pelas vistas tão aguçadas e um gemido breve se fez junto do impacto físico, como por vezes já vinha fazendo.
Os gemidos altos deixaram os lábios do menor ao sentir os tapas e inclinou o pescoço para trás, mantendo os olhos fechados. Mordeu o lábio inferior a arrancar sangue novamente, sabia que o outro iria bater em si daquele modo, mas já estava acostumado com aquelas unhas cravadas na pele todo o tempo, então passara a ser prazeroso que ele machucasse daquele jeito. Abriu os olhos aos poucos, desviando o olhar a ele e fitou os olhos amarelos que tanto gostava, sentindo o arrepio percorrer o corpo e a mão apertou com força o lençol entre os dedos ao ouvir o gemido dele, sentia o corpo estremecer ao senti-lo tocar o local tão sensível do intimo, queria gozar, mas segurava o máximo buscando sentir mais daqueles movimentos.
- Yuuki! - Falou alto, segurando-lhe o pulso que o outro usava para cravar as unhas em si. - Hum... É toda a força que tem, hum? - Murmurou.
A inalteração continuou no semblante do maior, no entanto; as vistas perduraram estreitas como tinham-se anteriormente. A mão antes em sua coxa, deslizou vagarosas ao encontro de seu pescoço, até que o detivesse entre os dedos e deu-lhe um sorriso gracioso, irônico talvez, quando por fim pressionou os dedos em tênue asfixia.
- Disse algo? Repita, eu não consegui ouvir.
Kazuto uniu as sobrancelhas, observando-o a apertar o próprio pescoço e levou uma das mãos sobre a dele, apertando-a sutilmente, tentando retirá-la do local.
- Iie... Ah... S-Solta...
- O que? Não consigo entender.
Yuuki firmava-os ainda, intactos ao toque do outro vampiro. O quadril sem aparte dos movimentos apenas continuava a prover o sexo de prazer, sentindo as contrações de sua intimidade, e pulsos do sangue que lhe corriam as veias, fosse a agitação diante dos dedos dolosos contra seu pescoço. O menor puxou novamente a mão do outro, sentindo-o forte demais para poder retirá-la do local.
- D-Desculpe... - Murmurou.
- Você tem sorte.
Yuuki ditou no rouco e baixo tom de voz, enquanto ainda lhe fitava a face, encarando-a com desinteresse diante da sofreguidão que detinha o mais novo, e ainda continuava a vigorosamente lhe encontrar o corpo.
- Senão eu já teria te queimado até não existir uma gota sequer de seu sangue.
O menor apertou-lhe o pulso, sem conseguir dizer mais nenhuma palavra ao outro e quase não podia respirar também, observando-o e apenas puxava o pulso dele algumas vezes.
- Yuu... ki...
Yuuki abaixou-se a fitar-lhe os olhos sem nitidez, e sobrepôs os lábios menores a beijar o garoto quando enfim lhe concedeu permissão a respirar. Em estoques contínuos e ritmados deu fim ao sexo, quando o ápice se desfez a jorra-lo em seu interior, e pouco gemeu involuntário na junção que ainda tinham entre bocas, minimizando o ritmo, mas continuou vigoroso.
Kazuto retomou pouco do ar com o beijo, sentindo as lágrimas que deixavam os olhos a escorrer pela face e não se importou de perder o ar novamente, não desse jeito. Uniu as sobrancelhas e levou uma das mãos aos cabelos dele, acariciando-os e gemeu junto dele ao senti-lo gozar, atingindo o ápice logo após o maior.
- Yuuki... - Murmurou entre o beijo.
Num ultimo movimento, Yuuki apartou o restante, deixou o corpo descansar sob o demais, não dando importância ao peso que lhe decaia no corpo. O menor abaixou as pernas, repousando-as sobre a cama e abraçou o outro, apertando-o entre os braços.
Yuuki permaneceu um curto tempo daquele modo, porém ao sair de seu corpo; desvencilhou do abraço a deitar-se na cama. Kazuto suspirou, recuperando o ar perdido aos poucos e logo virou-se, observando-o a aproximar-se.
- Posso te abraçar?
- Por que você está dando de perguntar, ah?
Kazuto sorriu e o braço foi ao redor do maior, abraçando-o. Por breve, Yuuki direcionou as vistas a fitar o mais baixo, estreitou-as e por fim deu de ombros, continuando na inércia sob a cama, descansando, se é que estava cansado.
- Por que não me matou? - Murmurou, beijando-lhe a face.
- Porque não tinha um isqueiro por perto.
Kazuto uniu as sobrancelhas e repousou a face sobre o travesseiro.
- Hai.
- Quer pegar o isqueiro pra mim?
- Iie... Eu já pedi desculpas.
- Você gosta de brincar, ah?
- Brincar...?
- Com a vida que já não tem.
- Não me importo de perder ela.
- Então por que continua vivo?
- Porque você não me matou ainda.
- Se se porta como uma vida tão insignificante, você mesmo já devia tê-la tirado há muito tempo.
- Não é insignificante... Ela é sua. Não vou deixar nenhuma outra coisa me matar... A menos que você o faça. Não tentarei te impedir.
- Pff, que besteira.
- Talvez pra você seja.
- Não quero sua vida.
- Já é sua.
- Não quero, não dê algo a alguém por conta própria.
- Hai...
- Há uma grande diferença em sentir que ama alguém e sentir que esse alguém é dono até do seu último sopro de vida. Se liga, você ainda é um pirralho mesmo
- Você é.
- O que?
- Você é dono da minha vida até o Último sopro dela.
- Não, não tenho interesse em alguém assim.
Kazuto assentiu, unindo as sobrancelhas.
- Não se porte como um filhote, se eu quisesse um animal de estimação eu já teria um.
- Hai.
- Uh. Se de repente eu o chamo de inútil, você ainda consegue se entristecer com isso. Você se faz inútil, não tem opinião alguma, age como um depressivo que nem dono da própria vida é, sabe somente ser um altruísta à disposição de alguém. Você se apaixonaria por alguém assim?
- Não...
- Você age feito um pano que foi feito pra limpar o chão.
O menor abaixou a cabeça novamente, sentindo as lágrimas escorrerem pela face.
- Vou te dizer algo. Não, eu não me importo que você chore, e ainda que seja um inútil, mas ainda consegue me irritar quando diz que eu posso fazer o que quiser com você. Você soa como um objeto pra mim, e eu não quero nada disso. Não quero sua devoção total, a única coisa que exijo que tenha diante de mim, ou qualquer outra pessoa, é respeito, obediência, mas ser obediente não é ser um cão adestrado, tenha limites. Mesmo eu que nunca me importei com esse lixo que você chama de amor, eu sei que não há interesse algum em uma pessoa que se põe a disposição de ser morta, se você diz que ama você diz que quer viver pra poder continuar sentindo aquilo da sua maneira, a menos que seja uma forma de vida insuportável. Se você vai continuar agindo feito uma criança que não sabe andar, perto de mim, saiba, eu não quero gostar de alguém assim.
- Hai... Desculpe. - Murmurou, levando uma das mãos a face, limpando as lágrimas.
- Mas você ainda deve ter alguma coisa boa, é determinado e corajoso por isso, ainda assim, deveria usar sua determinação pra algo mais útil.
Kazuto ergueu a face, observando o outro e o maior igualmente o encarou.
- Eu tenho medo... - Murmurou.
- O que?
- Eu tenho medo de morrer sem antes ouvir que você me ama...
- Morrer do que, filho da puta?
- Não sei... Tenho medo que me mate.
- ... Sinceramente, não digo mais porra nenhuma. Estou aqui falando e você continua com essa merda.
- Só estou te falando do que eu tenho medo...
- Medo do que moleque, se eu tivesse que matar você já tinha matado faz tempo.
O menor uniu as sobrancelhas.
- Hai...
- Esqueça, vi que não adianta falar.
- Não... Eu vou melhorar.
- Certo.
- Eu amo você... - O menor murmurou, abraçando-o.
Era típico o silêncio, desta vez Yuuki parecia incômodo, ainda assim, permaneceu sem saber o porque.
- Eu juro que vou melhorar.
- Tá, eu já entendi.
- Hai... - Kazuto encolheu-se entre os braços dele.
O menor uniu as sobrancelhas, permanecendo imóvel ao ouvi-lo e o apertou entre os braços. Yuuki suspirou apenas, continuando no silêncio após a conclusão de palavras.
- Verdade mesmo?
- Lembre-se da última coisa que eu disse.
- Hai... Hai. Eu vou mudar.. Mas... Você... Vai mudar comigo, não vai?
- Não vamos mais falar disso, já é meia noite.
- Por favor...
- Já disse que não vou falar mais sobre isso.
- Mas eu quero falar sobre isso.
- Sobre o que?
- Se só eu mudar... Isso não vai dar certo.
- Eu não vou falar sobre isso, já disse e não vou repetir.
- Certo. Então... Boa noite.