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maio 2017
Kazuya adentrou a sala a abraçá-lo por trás e sorriu a ele, colocando sobre sua cabeça a tiara com as orelhas do mickey.
- Nunca me disse se gostou do nosso passeio.
Naoto sentiu o arco sobre a cabeça e logo retirou-o a fitá-lo. Sorriu meio torto e assentiu ao louro.
- É claro que sim.
O loiro sorriu a ele e selou-lhe os lábios, sem se importar com as pessoas transitando na sala.
- Já podemos sair, quer ir pra casa ou dar uma volta?
- Não faça isso aqui. - O menor resmungou, embora acabasse por retribui-lo. - Não sei, você quem decide.
- Ué, por quê? Todos sabem que somos namorados.
- Vamos comer alguma coisa?
- Hum. - Sorriu. - Quer que eu cozinhe pra você?
O menor assentiu à sugestão.
- E o que quer comer?
- Hum... Panquecas vegetarianas.
- Ah... Como faz isso?
- Bem... panquecas com ovos e vegetais.
- Ah... Ta bem...
- Nunca comeu?
- Nunca.
- Então dessa vez eu quem cozinho?
- Acho que sim. - Kazuya riu.
- Então eu farei. Que tipos de vegetais você gosta?
- Hum... Couve flor, brócolis, cenoura, batata. - Sorriu.
- Posso fazer com brócolis e batatas, o que acha?
- Hum, acho que vai ficar uma delícia.
- Então vamos, sinto fome.
O loiro assentiu e pegou a mochila dele, carregando-a junto da própria.
- Vem.
- Hum... Hum...
Kazuya murmurou em pausas, sentado em frente a bancada da própria casa e comia a panqueca feita por ele, tão gostosa que era um pecado nunca ter comido.
- Que delícia... Você quem devia cozinhar, não eu.
- Você é exagerado. - Ele disse e voltou a servir-se de uma garfada da panqueca.
Kazuya riu e negativou, comendo mais um pedaço. O menor sorriu e bebeu do suco.
- Minha mãe está pretendendo mudar daqui.
- O que? Por quê?
- O trabalho dela.
- E vai pra onde?
- Quioto.
- O que? Não!
Naoto observou-o sem ter o que dizer.
- Ela deu somente um sinal até agora. Mas... Não sei, viemos pra cá por esse motivo, certamente deve ser igual da outra vez.
- Não, você não vai. Venha morar comigo.
- O Naoyuki vai precisar de alguém, ela não deixaria ele.
Kazuya uniu as sobrancelhas.
- Mas...
Naoto levou a mão em seus cabelos, acariciando-os na nuca.
- Não vai embora...
- Você pode vir comigo.
- Eu não posso...
- Por que não?
- Eu não tenho dinheiro pra mudar... Sou só eu e o meu irmão.
- Você pode morar comigo.
- Não... como vou morar com a sua mãe?
- Sabe que ela nunca fica em casa.
Kazuya uniu as sobrancelhas e desviou o olhar, pensando por alguns instantes.
- Eu vou arrumar um emprego.
- Então você quer ir?
- Sim.
Naoto afagou seus cabelos.
- Se fosse qualquer outra pessoa eu não chamaria pra vir comigo.
O loirinho sorriu e abraçou-o e o outro retribuiu-o no abraço e deslizou os dedos sob sua nuca.
- Agora continue comendo, já que estava tão gostoso.
- Eu acho que.. Agora não.
- Por que não?
- Fiquei sem fome. - Riu.
- Mas já resolvemos.
- Mesmo assim... Quase morri.
- Não é pra tanto, Kazuya.
- Verdade, sem você eu ia morrer.
- Exagerado. Não morreu sem se lembrar que eu existia na sala antes.
- Agora eu iria.
- Exagerado.
- Verdade.
Naoto beijou-o no rosto.
- Então eu vou jogar o restante fora.
- Não!
- Ninguém quer comer então...
- Eu como depois. Agora quero dar de comer pra você.
- Eh?
- Seu irmão está em casa?
- Não, teve passeio com a escolinha. O Kazuki não foi?
Kazuya puxou-o para si e lhe selou os lábios.
- Foi.
- Então. Se esqueceu.
O loiro sorriu a ele e lhe selou os lábios novamente, levando as mãos dele à própria cintura. Naoto retribuiu-o no selar de lábios, e sentiu a mão direcionada a sua camisa, acima da cintura, que por instinto apalpou de leve com os dedos.
- Quer namorar?
- Está lerdo hoje hein?
O menor sorriu, sempre tinha uma ideia, mas sempre acabava desentendido. Kazuya sorriu e mordeu-lhe o lábio inferior.
- Não quer namorar?
- Namoramos na sala de aula. Já está bem, é?
- Um pouco dolorido, mas quem disse que quero que entre de novo?
- E como pensa em fazer?
- Eu vou entrar em você. - Murmurou.
Naoto riu.
- Aham, vai.
Kazuya estreitou os olhos.
- O que?
- Está entrando já. Na sua cabeça.
- Poxa, por quê?
- Porque somos bons como estamos.
- Não me acha tão bom assim, ahn?
- Em que quesito?
- Pra ser ativo.
- Não disse isso.
- Estou brincando de qualquer jeito. - Riu.
- Está mesmo?
- Hai.
- Ah, que bom. Foi tão sério que eu quase ia deixando. - Naoto grunhiu, soando mutuamente sério.
- Sério?
- Você parecia tão chateado.
- Não, só estou brincando.
- Você quer?
- Não... Não se preocupe.
- Tem certeza?
- Hai.
- Que desânimo. - O menor sorriu e levantou-se, selando seus lábios a envolvê-lo na cintura.- Eu deixo, algum dia.
- Não. - Kazuya sorriu a ele. - Estamos bem assim.
Kaname franziu o cenho um tanto mais e tentou ser silencioso quanto aos passos embora tenha os feito com rapidez. Observou por um instante o menor prestes a sair posterior a alguém que nunca havia visto antes, pela janela. Tivera tempo de alcançar seu pulso e puxá-lo, buscando igualmente o filho que chorava, atordoado.
Shiori sentiu-o puxar o próprio pulso e uniu as sobrancelhas, voltando para dentro do quarto, embora tenha batido a cabeça na janela ao entrar já que tinha metade do corpo para fora. Massageou o local com a mão livre e segurou o filho dos braços dele, afastando-se rapidamente da janela e do rapaz ali.
- Hey! Me devolva o garoto!
- Devolver o que? Ele não é seu, é meu.
O menor uniu as sobrancelhas, escondendo-se atrás dele e tentava acalmar o filho pequeno.
- Antes de ser seu ele era meu, você o tirou de mim! Ele é meu, eu o transformei, eu dei um teto a ele. Ele era uma criança perdida antes de mim! Devolva!
- Ah, quanto drama, quanta altura vocal desnecessária. Se fosse seu não teria ido embora. O que é seu permanece. Além do mais não me lembro de ter ido buscar ele pela janela da casa dos outros para ter tirado ele de você.
O rapaz estreitou os olhos e adentrou a janela novamente.
- Com quem você acha que está falando, rapaz?
- Deixe ele em paz! Vá embora, seu idiota. - Disse o pequeno, rosnando.
- Não sei e nem me interessa. Vá embora e não chegue perto do que é meu, sei perfeitamente como acabar com você. Depressa ou muito lentamente, o que é uma opção bastante atrativa.
- Ah, essa eu quero ver, está bancando o vampiro fortão pra cima de mim? Eu te derrubo com um tapa.
- Uh, com essa miudeza? - Disse o maior num riso nasal, abafado nos lábios. - Não estou bancando vampiro fortão, até porque eu nem precisava ser um vampiro pra ser forte como você provavelmente nunca foi na sua vida humana miserável. Mas, eu vou te dar uma opção, posso queimá-lo. - Estalou o zipo entre os dedos, expondo a bonita chama azul. - Posso acetar algum nervo que te fará perder a função de força e movimento, e depois vou te colocar naquela cama, te prender com as algemas do Shiori. Vou arrancar seus dentes com um alicate e vou queimar suas gengivas pra cauterizar os orifícios, e certamente nem ser um vampiro vai te fazer tê-los de volta.
Shiori agarrou-se ao braço do outro, sutilmente, ainda escondido atrás dele. O outro, riu.- Eu ainda pego esse moleque enquanto você não estiver aqui. E eu vou abrir ele com uma faca e comer os pedaços.
Novamente o pequeno encolheu-se.
- Bom, se você ainda tiver seus dentes, dedos e língua pra isso.
O outro revirou os olhos e seguiu em direção à janela, pulando para fora.
- Cão que late e não morte. - Disse ao se voltar ao menor.
O pequeno uniu as sobrancelhas, observando-o e pressionava o filho contra o peito.
- Que péssima escolha de namorado.
- Não era meu namorado...
- Bem, era isso o que me dizia no começo, que gostava dele.
- Eu não gostava... Ele me machucava... Kaname... Minha cabeça está quente...
- Sua... cabeça?
O pequeno assentiu e levou uma das mãos até dela, segurando com a outra o pequeno já em silêncio. Retirou a mão e a observou, notando o sangue ali.
- Eu bati quando estava entrando...
- Aonde bateu? Vou limpar pra você.
- Na janela... - O pequeno murmurou, observando o filho nos braços e logo o outro. - Vou colocá-lo no berço...
- Deixe-o por perto.
- Podemos trazer o berço pra cá?
O menor murmurou e colocou-o com cuidado na cama, cobrindo-o com o cobertor.
- Deixe que eu o trago num instante daqui a pouco.
Shiori assentiu e se sentou.
Kaname pegou a fino gaze umedecida em soro e limpou a região, visto que logo estaria inexistente ali, acariciando a suavizar sua dor.
- Já volta ao normal.
O menor assentiu, observando o outro e gemeu baixinho ao sentir o toque no machucado.
- Desculpe...
- Desculpar o que?
- Por isso.
- Não tenho o que desculpar. Protegeu nosso filho com o que pôde.
Shiori assentiu e abaixou a cabeça.
- Mas vou deixar um sedativo para cavalos aqui, aí quando ele vir você já sabe. E não se esqueça de prendê-lo na cama. E aprontar todo meu material cirúrgico ao lado.
O menor riu baixinho e assentiu, observando o próprio filho na cama, já tranquilo.
- Espero que ele não tenha machucado o Etsu...
- Não machucou. Ele só está assustado.
- Ele é tão pequenininho, só um monstro poderia pensar em machucá-lo.
- Você também é pequenininho e o monstro te machucou.
Kaname riu baixinho, embora falasse sério e segurou sua mão, aonde próximo ao punho, na pele, beijou de leve o pequeno ponto de cicatriz arredondada aonde certamente havia uma antiga marca de cigarro.
- O que fez hoje?
O menor sorriu a ele e entrelaçou os dedos aos dele em seguida.
- Eu comprei algumas coisas pro jantar. Também comprei bolachas recheadas.
- Bolachas, por que? - Riu.
- Me deu vontade... - Riu baixinho.
- Hum, olha lá hein.
- O que? - O pequeno uniu as sobrancelhas - Não devia ter comprado?
- Vontade de comer bolacha, daqui a pouco vem outro Etsu.
Shiori riu baixinho.
- Ah não... Eu sei quando estou grávido, me sinto diferente, não senti nenhum enjoo até agora.
- Até agora. - Salientou, embora brincasse.
- Vai fazer outro exame em mim? - Riu.
- Você quer?
- Quero...
- Então farei.
O menor sorriu a ele.
- Podemos... Deitar e ficar juntos um pouco?
- Hum, depois do meu banho, é claro.
- Obrigado por cuidar de mim...
- Não consigo cuidar direito, você se recupera antes disso.
Shiori uniu as sobrancelhas.
- Eu posso ficar sem tomar sangue.
Kaname sorriu.
- Não. É melhor que se recupere logo.
- Mas quero que cuide de mim...
- Mas estou cuidando mesmo assim.
O pequeno sorriu.
- Toma um banho... Eu vou trazer o berço e trancar as janelas.
- Feche as janelas e eu trarei o berço.
O menor assentiu mais uma vez e selou-lhe os lábios, deslizando uma das mãos pelos cabelos dele, acariciando-os e ajeitou-os atrás da orelha. Kaname observou o menor, e no fim do seu gesto levou a mão aos cabelos, desprendendo-o de trás e deu a ele uma piscadela.
- Vou fechar.
Levantou-se com um sorrisinho nos lábios e ao fim, beijou o rostinho do filho, bem acomodado no berço e seguiu em direção a cama, deitando-se ao lado dele.
- Pronto.
- Se sente mais calmo?
- Sim.
- Então pode relaxar.
O menor deitou-se ao lado dele e se ajeitou, acomodado em um de seus braços.
- Ne, eu... Queria... Queria ficar com você hoje...
- Hum.. O que você quer fazer?
Shiori uniu as sobrancelhas, não sabia dizer, esperava que ele entendesse indiretamente.
- Diz pra mim.
- Eu quero... Fazer amor...
- Hum... - Kaname murmurou e ajeitou-se pertinho do menor, fitando seu rosto.
- D-Desculpe, eu tenho vergonha...
- Nós temos um filho.
- Eu sei...
- Então. Estou esperando começar o que quer fazer.
- Eu? - O pequeno uniu as sobrancelhas.
- Sim, não quer?
- Quero.
- Então vem, faça.
Shiori assentiu e aproximou-se do outro, selando-lhe os lábios algumas vezes. Kaname retribuiu-o nos pequenos toques, retribuindo selinho após selinho, em estaladas suaves. O pequeno deslizou a mão pelo corpo dele, em suave caricia e uniu as sobrancelhas, esperando uma reação do outro.
Kaname observou o menor, e a mão levou sob sua orelha, acariciando-a na cartilagem com o polegar, numa massagem sutil e deslizou posteriormente aos cabelos, enroscando-os entre os dedos. O menorzinho sorriu ao sentir o toque e observou-o, queria algo sutil, mas ao mesmo tempo sentia vontade de voar no pescoço dele, vê-lo defender a si havia excitado a si, gostava de ver como ele gostava de si. Empurrou-o e deitou sobre ele, porém não deixou espaço para perguntar, investiu contra seus lábios e tomou-os, beijando-o.
O maior virou-se de acordo com a sua investida vagarosa, embora fosse precisa, mas deixou fazê-lo, sem intenção de indagar afim de não romper o silêncio que achou agradável e um pouco misterioso. Deitou as mãos em suas costas ao tê-lo por cima, e retribuiu seu beijo afobado, embora não demonstrasse.
Shiori moveu-se suavemente sobre ele, roçando-se sobre o baixo ventre do maior, era gostoso, mesmo que não costumasse ser pervertido daquele modo. Suspirou e empurrou a língua contra a dele, massageando-a. O maior sentiu a leve cavalgada do menor sobre o corpo, roçando seu voluminho já não tão flácido, contra o próprio corpo, como se buscasse sentir o contato do corpo que era interrompido pelas roupas.
O menor segurou ambas as mãos dele e levou abaixo da blusa que vestia, deixando-o tocar a si ali, sentir a pele e o fez acariciar a si como queria. Kaname permitiu que as mãos fossem guiadas pelas suas, e não as moveu, deixando evidente o fato de que moveria somente enquanto as suas as guiasse.
O menor deslizou-as pelo corpo, deixando-o tocar a si e subiu pelo tórax, pedindo ajuda para retirar a camisa que usava. Kaname levou sua camiseta de dormir para cima, expondo sua pele branquinha, corpo estreito, quase infantil, se não tivesse evidente forma desenvolvida. E por sua cintura empurrou-o para cima, tocou seu tórax com a língua, tão logo seu peito, mamilo, aonde mordiscou e puxou.
Shiori gemeu baixinho ao sentir o toque e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, sentindo-se mais livre para se mover, perdendo parte da vergonha e suspirou, apartando o beijo para dar atenção à camiseta dele, retirando-a. No cesso de seu beijo, o maior notou desviar a atenção aos botões da camisa cujo desabotoou um a um até que tivesse livre a nudez do tronco, parecia satisfeito com isso.
O menor observou o outro e sorriu, pouco tímido agora ao cruzar os olhares. Suspirou e retirou a camisa dele, deixando-a de lado. O maior observou o menor, encarando seus grandes orbes escuros, tímidos. E não teve como evitar um sorriso, e deslizar as mãos em seu cós, puxando vagarosamente sua calça.
Shiori sentiu o arrepio percorrer o corpo com o toque na peça, o arrepio inexperiente, parecia uma adolescente tendo a sua primeira vez. Levou a mão igualmente a roupa dele e desabotoou-a, sem conseguir abaixar com o impasse da cama. Kaname ergueu os quadris, mesmo embora o tivesse sobre ele, o que consequentemente fizera se roçar em seu traseiro contra o colo. E deixou a roupa ser abaixada, tal como puxou igualmente a ele, tirando-a aos poucos como dava para fazer.
O menor ajudou-o a retirar a própria roupa, retirando a dele igualmente e sorriu a ele, tímido. Kaname deslizou as mãos em sua pele nua, do peito até a cintura e aos quadris aonde cessou todo o percurso.
- Agora você quer o que, hum?
- T-Tira o resto... - Murmurou.
Kaname tirou a boxer, tornando inteiramente nu, ele e a si mesmo. O menor tirou a própria igualmente e uniu as sobrancelhas.
- Ah... Eu... Quero você dentro.
- Aos finalmentes ou preliminares, hum?
- Preliminares.
- E como você quer?
Kaname indagou e levou a mão entre suas pernas, agarrando seu sexo, envolvendo-o nos dedos e passou a suavemente massageá-lo, para baixo e para cima. Shiori sufocou o gemido na garganta e suspirou.
- Ah... Eu... Aí mesmo...
O maior riu abafado na boca fechada e apertou-o com cuidado, deitando o polegar sob sua glande, roçou-a em fricção com movimento circular enquanto ainda subia e descia na base. Shiori gemeu, mordendo o lábio inferior para abafar e estremeceu sutilmente.
- G-Gosto quando toca aí.
- Gosto de tocá-lo aqui.
O maior apalpou-o outra vez e levou a mão sob a língua, umedecendo os dedos cujo levou novamente para sua glande, acariciando-a com a umidade na pele. Shiori sorriu a ele, sutil e deslizou a mão até alcançar o membro dele outra vez, apertando-o sutilmente entre os dedos.
Kaname sentiu seus pequenos e finos dedos sob o sexo, envolvendo-o, dando forma ereta ao músculo, aos poucos em suas carícias. E com a mão livre, tocou sua nádega, acariciando a pele ameaçando sua entrada, o qual não seguia.
- Ah... K-Kaname... Eu quero você dentro... E-Entra...
O menor murmurou a ele e soltou-o, suspirando e ergueu-se.
O maior observou o moreno. E de onde estava, por baixo dele, alcançou o criado-mudo, pegando o pequeno vidro de tampa azul, o lubrificante. Que exalou num cheiro refrescante ao colocar sob os dedos e levá-los atrás do pequeno, tocando entre suas nádegas.
Shiori suspirou mais uma vez e fechou os olhos, apreciando o toque dele, mesmo sem poder sentir o toque gelado do lubrificante podia senti-lo refrescante e era o suficiente. Kaname desviou a atenção da mãos ao sexo e deslizou sobre a base do corpo que evidentemente respondia ao seu contato. E ao abandonar o pequeno frasco, virou-se ao moreninho, tomando-o na cintura. Mordiscou o lábio inferior, por dentro e guiou-o sob o colo, ajeitando-o por cima da ereção.
O moreninho ajeitou-se sobre ele, sentindo-o roçar em si e mordeu o lábio inferior, sufocando o gemido. Empurrou-se sobre ele, deixando-o adentrar o corpo, ou ao menos tentava, mas era sempre virgem de novo, então não era tão fácil. Segurando-o na cintura, Kaname manejava-o, e aos poucos descia-o no colo, enquanto rebolava seu quadril, na tentativa de sensibilizar seu corpo, e vagarosamente o penetrou, deslizando com o lubrificante, para dentro.
Shiori agarrou uma das mãos dele, entrelaçando os dedos aos do outro e apertou-a, tentando de alguma maneira aliviar a dor que sentia e fechou os olhos, abaixando a cabeça, porém manteve-se ali a ajudá-lo, empurrando-se devagar.
O maior empurrou-o de uma vez para baixo, era evidente que lhe causaria dor, mas ao menos fizera-o logo, e sentiu seu pouco peso no ventre. Mesmo seu íntimo latejando, envolvendo o sexo, pulsando em torno de si. Shiori arregalou os olhos ao senti-lo puxar a si e sentiu a lágrima escorrer pela face, os olhos se preenchendo novamente logo após e apertou ainda mais a mão dele, tão forte que podia quebrar se apertasse pouco mais.
- Kaname!
- Sh sh... Vai passar.
Disse o maior e deslizou a mão livre em sua nádega, acariciando na pele, por onde voltou pela virilha até o sexo, na tentativa de distração. O maior uniu as sobrancelhas, ainda sentindo a ardência no local e era horrível não poder se mover ou cessar a dor.
- Mas...
- O sangue não vai cicatrizar, hum?
Shiori manteve-se em silencio alguns segundos, sentindo-se estremecer e negativou.
- Eu acho que é só se eu tomar...
- Feridas cicatrizam com o sangue em contato, provavelmente aí dentro também.
O menor uniu as sobrancelhas e levou a mão aos olhos, limpando as lágrimas.
- Você sabe mas disso do que eu... Mas... Teria que ser sangue humano...
- Faço auto experiências no hospital. E seu sangue tem o sangue do alimento que tomou há pouco. - Brincou o maior e puxou-o sob o peito, deitando o menor contra si.
Shiori deitou-se sobre ele e suspirou, já sentindo-se pouco melhor.
- Você se machuca...?
- Experiências de pequeno porte.
O maior apoiou sob os pés o peso do corpo, e deu impulso ao quadril, iniciando um ritmo suave, investindo para ele. Shiori gemeu baixinho, dolorido e uniu as sobrancelhas mais uma vez.
- Hum...
- Mexe o bumbum.
Kaname falou a ele e deslizou os dígitos sob seus medianos cabelos negros, colocando-os atrás de sua orelha. O menor assentiu e moveu-se sutilmente sobre ele, pouco cauteloso ainda, sentia dor.
- A-Assim?
O maior assentiu, embora seus movimentos fossem tão poucos, e moveu-se no seu ritmo, aos poucos aumentando. Shiori encolheu-se sutilmente ao senti-lo se mover e mordeu o lábio inferior, mantendo o corpo pequeno debruçado sobre o dele, abraçando-o.
Kaname voltou-se a seu rosto próximo e beijou-o na bochecha, sentindo o cheirinho vindo do pescoço, de banho e perfume. Deslizou as mãos pesadas sobre suas costas, acariciando-o. O menor sorriu a ele, desviando o olhar ao outro e selou-lhe os lábios, movendo suavemente o quadril, apreciando os movimentos dele.
- Eu te amo.
O maior virou-se num gesto hábil, preciso e tomou posse do meio de suas pernas, colocando-se sobre o menor, cujo fitou de cima. E com pouco espaço entre ambos, suficiente para encará-lo, ajeitou-se dentro novamente, voltando a se mover.
Shiori assustou-se com o movimento, parecia pequeno embaixo dele e sorriu, deixando escapar o gemido baixinho ao sentir-lo se colocar em si novamente e agarrou-se ao lençol da cama com ambas as mãos.
- Hum... Não vai me tocar nem com uma das mãos, ahn?
Disse o maior, num tom evidentemente descontraído e abaixou-se, escondendo o rosto em seu pescoço ao beijá-lo e lambê-lo por ali. Shiori sorriu a ele e mordeu o lábio inferior, levando uma das mãos as costas dele onde encontrou os cabelos e segurou.
Kaname sorriu a ele mutuamente, e buscou sua mão agarrada ao lençol, o que deitou sobre a cama e entrelaçou os dedos, segurando-a. E subia e descia com os quadris, num ritmo bem ágil demais e nem vagaroso.
- Ah... - Shiori gemeu baixinho, unindo as sobrancelhas e o observava, sentindo-o adentrar a si por inteiro e se retirar. - K-Kaname...
O maior ajeitou-se, ajoelhando-se entre suas pernas ao erguer o tronco e tirar o peso do seu corpo. Ao segurá-lo por suas finas coxas, apertando-a e deslizou aos quadris por onde puxou ao ventre, a medida em que igualmente ia o estocando, tornando mais firme o encontro ao corpo dele. E ao intensificar o ritmo, duas ou três investidas a mais, e atingiu o ápice.
O pequeno manteve-se em silêncio a observá-lo e apreciava os toques, assim como os movimentos, gemia baixinho a cada movimento dele contra o corpo, mordendo os lábios vez ou outra.
- K-Kaname...
Murmurou, sentindo o arrepio que percorreu o corpo e estremeceu, agarrando-se a ele o atingir o ápice junto ao outro.
O maior observou-o ao lado, debruçado contra a cama, enroscado no lençol, e com o rosto colado a seu travesseiro baixo de lençol azul marinho. Tinha um de seus braços parcialmente jogando em torno do próprio, como se averiguasse a própria presença mesmo enquanto dormia. Com a outra mão por um instante deslizou a ponta dos dedos em suas costas, acariciando-o mesmo por cima do lençol. Afagou-o, vendo em seu sono e ajeitou-se a seu lado, dormindo igualmente logo após fitar no berço o próprio filho, que dormia como ele.
Assim que ambos adentraram a boate, segurando as mãos, Taa caminhava junto dele pelo local, tentando enxergar nitidamente, descendo as escadas e logo caminhou até o quarto, deitando-se na cama e levou uma das mãos até a face, suspirando.
- Parece impossível chegar aqui em cima. - Riu.
Ikuma encostou a porta, fechando-a, abafando o ritmo musical que quase não chegava ali. Observou o companheiro, e levou as mãos no tecido da própria camisa, puxando-a para cima e retirou-a.
- Como você é fraco, surpreendente.
Taa abriu os olhos aos poucos, observando-o.
- Faz dias que eu não como e faz poucos dias desde que você me deixou aquele tempo desacordado. A culpa é sua, ok?
Retirou a própria camisa igualmente, expondo o corpo sutilmente suado.
- Argh, cara... Coloca essa maldita camiseta, senão vou te comer de novo, aí sim você vai ficar fraco.
- Mas estou com calor... - Resmungou.
- Hum, okay.
As mãos do menor desceram a calça, recolocada assim que no camarim. Semi desnudou o corpo, permanecendo apenas com a boxer que alcançava pouco das coxas torneadas, e caminhou até a cama onde se localizava o parceiro. Uma das pernas se encaixou entre as dele, e a outra ao lado de sua coxa. Abaixou-se debruçando-se acima de seu corpo, a com nua coxa lhe friccionou a baixa região, apertando-a. O tórax igual sem peças para o cobrir, encostou-se à cútis transpirada do rapaz, revestindo-a com a própria no toque sutilmente morno.
- Hum...
Murmurou e guiou os lábios ao pescoço do outro, lambendo-o, mordiscando a pele devagar. Taa uniu as sobrancelhas ao ouvi-lo e observou os movimentos do menor sem se mover. Levou uma das mãos até os cabelos dele, acariciando-os e os olhos negros de desviaram ao menor, gemendo baixinho, fraco ao sentir a coxa pressionar o próprio sexo.
- Hum... Ikuma... Não faz assim, eu vou acabar desmaiando se vier me comer de novo.
- É? Isso me parece mais atrativo ainda.
Ikuma comentou durante os toques labiais sobre a pele branca do parceiro, e do pescoço se passou aos poucos ao maxilar e chegou aos lábios do outro, cobrindo-os com os próprios, ousados a lhe invadir a boca, explorando-a à vontade, enquanto a mão direita deslizava sob a lateral do rapaz e chegou em sua coxa, apalpando-a até o alcance de sua nádega. O beijo por vez apartado, guiou os lábios a pele do outro e saboreou o suor de seu corpo, lambeu-lhe os mamilos e voltou a direção das orbes coloridas ao namorado, expondo o tom forte destas num sorrisinho maldoso que propositalmente expunha os dentinhos afiados.
- Como você é mau, hum...
Mordeu o lábio inferior, segurando-lhe os cabelos e entrelaçou os dedos aos fios, acariciando-os. Retribuiu o beijo do menor, sugando-lhe a língua e deu uma leve mordida no local, sem perfurá-la, embora quisesse fazê-lo e lhe selou os lábios algumas vezes antes do fim do beijo.
- Hum... Ikuma... Deixa eu te morder.
Murmurou, desviando os olhos a ele e sorriu malicioso ao ver o sorriso na face dele.
- Grr...
Ikuma rosnou baixinho, desviando as orbes coloridas novamente ao mamilo do parceiro e deslizou a língua sobre a pele rosada. Ao afastar ambas as mãos se guiaram ao fecho de sua calça, e após tê-la aberto, puxou-a junto a peça íntima.
Taa puxou levemente os cabelos do maior, mordendo o lábio inferior ao ver que realmente não poderia pará-lo e nem queria, riu baixinho e levou uma das mãos até o próprio sexo, apertando-o levemente.
- Então me fode...
Ikuma abaixou-se, deitando-se entre as pernas do companheiro e abraçou cada uma de suas coxas afastadas, roçou a língua em teu sexo onde este tocava com a mão, e correu o comprimento com a língua, desde a genital delicada ao comprimento ereto e desceu novamente, correndo o músculo úmido mesmo acima de seus dedos, e acomodou-se no ponto íntimo, sentindo o sabor do próprio sêmen ainda ali.
Taa fechou os olhos, apreciando os estímulos do outro e levou a mão livre até o lençol, apertando-o entre os dedos. A mão deslizou pelo próprio membro, tocando-se, estimulando-se e tocava a glande com um dos dedos, gemendo baixinho.
- Hum... - O menor murmurou, desviando os olhos a direção sexual, assistindo os estímulos alheios a si mesmo. - Você gosta de toques na glande, ahn? Que tal eu morder bem aí, uh?
Taa uniu as sobrancelhas, observando-o e negativou, levando a mão livre aos cabelos dele e segurou os mesmos.
Ikuma riu diante da resposta óbvia e soltou-lhe as pernas, voltando a debruçar o tronco esguio acima do outro rapaz. Apoiou-se breve acima de si e levou as mãos à boxer, tirando-a igualmente e desnudou-se completo. Com as próprias pernas, afastou as dele, sentindo a compressão de ambos os sexos rijos juntos.
Taa deixou um gemido fraco escapar, puxando pouco o outro para si e beijou-lhe o pescoço algumas vezes, dando pequenas mordidas, com cuidado para que não machucasse.
- Posso te morder, hum?
O menor moveu-se acima do rapaz, pouco se abaixou de modo que pudesse encaixar a parte corporal junto a alheia e sem delongas demais se introduziu no corpo abaixo, enquanto os lábios eram buscados num beijo, e pequenos estímulos corriam dele nos lábios. Ambas as mãos se guiaram às dele e tomou posse de seus pulsos, os jogando contra a cama onde os prendeu ao segurá-los. Os lábios se voltaram ao pescoço, mordiscou-o por vezes diversas, sugando a pele devagar para a boca, enquanto o membro encontrava-se invasor, porém sem nenhum movimento do quadril.
O gemido em tom alto deixou os lábios do maior ao senti-lo adentrar o corpo e fechou os olhos, mordendo o lábio inferior.
- Ah... I- Ikuma...
Murmurou, tentando soltar os pulsos, mas do modo como estava, o outro nem precisava fazer força para segurar a si no local, suspirou, inclinando o pescoço ao lado e deixou-o livre aos lábios do maior.
Ikuma afastou-se novamente, e lhe tocou superficialmente os lábios, devagar por várias vezes, enquanto a cada uma delas, afastava-se para observá-lo. Franziu o cenho, assim que passou a mover o quadril, introduzindo e retirando o falo do corpo magrelo abaixo de si, tendo os astutos orbes fixos na figura defronte.
Taa retribuiu o selo nos lábios, mantendo os olhos fechados assim que o outro se afastou e permaneceu por um tempo do mesmo modo. Sentiu os movimentos do outro ao entrar e sair de si, abrindo os olhos e uniu as sobrancelhas, gemendo baixinho. Levou uma das mãos até as costas do outro, acariciando-o e as unhas roçavam na pele algumas vezes.
- Devagar... Hum... - Murmurou.
O menor elevou pouco o tronco, moveu-se ligeiro com a cabeça, afim de jogar os cabelos louros ao lado. Sorriu a ele ingracioso e mostrou-lhe a língua, deixando a presa afiada correr sob o músculo umedecido e com a pequena e superficial abertura no tecido, gotejou o rubro líquido em sua pele branca.
Taa aspirou o aroma do sangue, abrindo um pequeno sorriso malicioso nos lábios e ergueu pouco o corpo, deixando que o sangue caísse na própria boca e beijou-lhe os lábios, sugando-lhe a língua, apreciando o sabor do sangue do menor e fechou os olhos, gemendo baixo entre o beijo, selou-lhe os lábios algumas vezes, sujando os lábios do outro com o sangue.
- Hum... Você é tão gostoso... E isso me excita ainda mais, hum.
Levou as pernas ao redor da cintura do menor e novamente o beijou, voltando a sugar a língua dele e beber do sangue saboroso, fazendo com que os olhos novamente ficassem rubros.
Ikuma afastou-se, ouvindo o leve estalo da separação de bocas conforme a forte sucção que tinha na língua. Riu-se maldoso, baixo. Os lábios voltaram-se ao pescoço do outro e roçou a língua na pele, o quadril passou a trabalhar ligeiramente, e estocava-o com precisão, ouvindo o toque brusco de ambos os corpos, conforme o quadril encontrava o alheio.
- Pode... - Sussurrou apenas.
Os gemidos do maior aumentaram aos poucos junto aos movimentos dele, levando igualmente os lábios ao pescoço do outro e deu pequenos beijos, roçando as presas no local.
- Posso?
As unhas ainda roçavam na pele dele, deixando pequenas marcas vermelhas e lambeu os lábios, limpando o sangue dos mesmos, esperando a resposta do outro.
- Acabei de falar que pode, cara. - O menor negativou, minimizando os movimentos.
- Tenho medo de passar mais uma semana morto.
Taa murmurou e uniu as sobrancelhas o senti-lo diminuir os movimentos, levando ambas as mãos aos quadris do menor, puxando-o para si. Roçou novamente as presas na pele do namorado, cravando-as bruscamente no local e sugou-lhe o sangue, cravando as unhas na pele do outro no local onde pousavam, deixando um baixo gemido escapar.
- Ah... - O menor arfou. Ambas as mãos apoiaram-se em punhos na cama. - Depois dessa meu pau ficou até mais duro.
Rebolou sutilmente, sentindo o espasmo íntimo do companheiro. Passou a novamente dar abruptidão aos movimentos, metendo-se vigorosamente no corpo abaixo, escondendo o baixo-ventre em seu íntimo estreito e suspirava por vezes mediante o prazer.
Taa riu baixinho, malicioso e subiu uma das mãos até os cabelos dele, entrelaçando os dedos aos fios e os lábios continuavam a sugar o sangue do menor, sentindo o arrepio percorrer o corpo, não podia descrever a sensação prazerosa que tinha ao morder o outro e sentir o sabor doce do sangue dele. Retirou as presas do local, inclinando pouco a cabeça para trás.
- Ah... - Gemeu pouco mais alto. - Que delicia, Ikuma...
O maior murmurou, desviando o olhar novamente ao pescoço dele e mordeu-lhe a pele, puxando-a entre os dentes e causou um leve machucado, lambendo o sangue pelo local enquanto as unhas se cravaram ainda mais do quadril do menor, acompanhando os movimentos dele.
- Hum...
Ikuma gemeu suave conforme as brincadeiras alheia com os dentes na pele. As mãos se voltaram a sua cintura e desceram no contorno lateral, apertando-lhe as ancas entre os dedos e tivera apoio para investir com maior intensidade. Porém estas logo desceram as nádegas alheias e apertou-as com as unhas que fizeram companhia ao toque.
Taa perfurava a pele dele em alguns locais, deixando marcar e o sangue escorria pela pele do menor, como adorava ver aquele líquido escorrer e manchar a pele dele embora não fosse o suficiente para alimentar a si. Levou uma das mãos até o local, deslizando pelo tórax do outro, sujando-o ainda mais com o líquido vermelho e gemia em tom baixo, afastou-se pouco dele e estreitou os olhos, observando-o.
- Vamos, Ikuma, desanimou, hum? Mais forte... Me faz gritar pra você.
- Se disser isso sabe muito bem que vou fazer o contrário do que diz. Que tal você virar esse cu pra cá pra mim te foder até o sangue escorrer por suas perninhas magrelas, ah? - O menor afastou-se do parceiro e puxou-lhe a cintura, virando-o debruçado à cama e estapeou-lhe a nádega. - Anda, empinadinho pra mim, ah.
Taa mordeu o lábio inferior ao ouvi-lo e levou as mãos sujas de sangue aos lábios, lambendo-as. Virou-se, ajeitando-se na cama e apertou o lençol entre os dedos, sujando-o com o pouco do líquido denso que ainda tinha nas mãos. Abriu um sorriso malicioso nos lábios e empinou os quadris ao outro, virando pouco a face, fitando-o e piscou a ele.
Ikuma riu e lhe dera um tapa mais forte sobre a nádega. O sexo novamente se escondeu em seu íntimo e vigoroso continuava, estocando-o com vontade, e os olhos num deslumbre impudico fixavam-se ao próprio órgão, fitando-o entrar e sair do outro homem, úmido em seus resíduos corporais, e aspirava o aroma de sexo, metendo-se com movimentos rudes, enquanto uma das mãos lhe acariciava a pele, levando o dedo polegar a região do próprio falo, empurrando-se junto dele, e fizera companhia ao introduzir o dígito junto a própria ereção, sentindo mais veemente o aperto íntimo ao estreitá-lo.
- A vista está boa, hum?
Taa virou pouco a face, agarrando o lençol com os dentes e mordeu-o com certa força, abafando o gemido alto ao senti-lo adentrar o intimo com o dedo junto da ereção, puxando o lençol entre os dentes e rasgou o mesmo.
- Hum... Pelo visto quer mesmo me rasgar, hum? - Contraiu o intimo, apertando-o em si e sentiu o leve arrepio percorrer o corpo. - Hum... Quero gozar... - Murmurou.
- Hum... Gostou do dedinho, ah?
Ikuma riu maldoso, o leve deboche da voz grave no riso e empurrou-se numa última vez acompanhado. Ao retirar o dígito de si, ambas as mãos voltaram a cintura alheia, e teve impulso ao puxá-lo junto do corpo, estocando-o no ritmo maior que anterior, dando maior intensidade antes de finalmente permiti-lo e permitir-se gozar.
Taa assentiu e riu, apertando novamente o lençol entre os dedos com uma das mãos e a outra deslizou pelo próprio corpo, acariciando o mesmo, levando-a até o próprio membro que apertou, atingindo o ápice e logo após sentindo o liquido quente derramado em si, arrancando um suspiro.
O menor afastou-se e jogou-se na cama. O braço se esticou ao móvel lateral, pegando a caixa preta com os cigarros. Taa ajeitou-se, soltando o lençol e permaneceu de costas, fechando os olhos e recuperando a respiração. O menor tragou o cigarro aceso, deixando o box ao seu lugar novamente. Manteve o silêncio, apenas no sopro da fumaça entre os lábios. Taa sugou o pouco sangue dele que ainda havia no lábio inferior e ergueu o corpo, ajeitando-se e repousou a cabeça sobre o travesseiro. O outro sugou novamente o cilindro pequeno, entregando-o ao outro. O menor pegou o cigarro, levando-o aos lábios e tragou-o, expelindo a fumaça e entregou a ele novamente.
- Obrigado.
- Está parando de fumar, por acaso? - Ikuma aceitou novamente e voltou a tragar.
- Só não estou com vontade agora...
- Hum. - Murmurou apenas.
- Deite aqui, hum.
Ikuma ajeitou-se na cama, e voltou atenção ao outro. O menor levou um dos braços ao redor do corpo dele, abraçando-o. O outro passou o braço desocupado abaixo do pescoço alheio e pousou-o em seu cabelo descolorido, pouco acariciando os fios compridos.
- Eu te amo. - Sorriu.
- Eu também, lagarta.
O cigarro queimava entre os dois dedos do mais velho, deixando pelo comodo correr o cheiro fresco e mentolado. O silêncio da noite não era tão quietante, pelo contrário, era o horário onde mais podia se sentir alerta, talvez como diziam os humanos, vivo. A coluna apoiava no travesseiro gordo e fofo atrás das costas, sentava-se ou talvez estivesse quase deitado, enquanto a brisa vinha da porta aberta na varanda, podia senti-la roçar a pele, mas sem alguma temperatura específica. O cilindro de nicotina soava num leve barulho da brasa queimada, ainda quando o sugava no meio dos lábios pálidos sem batom ou qualquer artifício de trabalho. O corpo ao lado de moveu sutil, pequeno, ainda mais encolhido e arrepiado, parecia sentir frio, mesmo que isso não fosse possível, e regredia até que estivesse colado a si mesmo. O fitou por longo tempo, sem pensamentos ou devaneios, seus olhos pouco inchados, fossem talvez noites ou dias mal dormidos, talvez fosse um bom sono ou talvez choro, nunca fora capaz de saber, afinal, tudo era possibilidade vindo dele. A mão impensada lhe tocou uma das mechas de cabelo, a mais escura dentre o loiro bagunçado pelo travesseiro, deslizou ao longo até que o fio sumisse da mão. A unha fina fez um breve e sutil contorno pelo ar, delineando sua bochecha, certamente fria. Sobre os lábios tão secos e descoloridos quanto os próprios, pressionou a garra sem força, e assistiu o trepidar do inferior, o descolar das extremidades inconscientes e subiu com o dorso que apenas se pôs fronte suas narinas, onde tão, tão sutil, pôde sentir um sopro leve de respiração. Suspirou consigo, tragou o último rastro de vida do cigarro e se ajeitou na cama. A mão, aquela mesma lhe pousou na cintura, fosse um ato consciente ou não, e logo igualmente, dormiu.
Kazuto ouvia o leve barulho pelo local, estava quase dormindo, mas a cama parecia fria sem o outro por perto, ainda mais com a janela aberta, deixando entrar o vento frio que tocava a pele, mas não sentia, e não se importava, a unica coisa que se importaria se não sentisse mais eram os toques do outro, os beijos e era tudo, já que não haviam carícias da parte dele. Suspirou, virando-se e aproximou-se do maior, buscando o toque do outro e logo o encontrou tão perto de si na cama, achou que não precisaria abrir os olhos e apenas permaneceu da mesma maneira, descansando. O pequeno tempo que passou, sentiu a mão do outro se aproximar de si, mesmo que não pudesse vê-la, sabia que ele iria tocar a própria face, e vindo do maior, só podia ser para machucar a si, mesmo assim não se moveu, manteve-se alerta com os próximos movimentos, já prevendo a dor que certamente viria. Sentiu o dedo sobre os lábios e separou os mesmos sutilmente, deixando-o como sempre, fazer o que quisesse, mas para a própria surpresa o vampiro recuou. Ouviu o suspiro e por um breve instante uniu as sobrancelhas, abrindo apenas um olho ao vê-lo apagar o cigarro e se deitar, logo após, o toque sobre a própria cintura. Uniu as sobrancelhas, mantendo os olhos abertos e observou-lhe a face, sentindo as lágrimas que escorriam pelo rosto em traços sutis e manteve-se imóvel, em silêncio, apreciando aquele pequeno toque do outro em si, tão incomum, atípico. Aproximou-se ainda mais, abraçando-o e fechou os olhos, tentando dormir, junto dele, tão perto que por um segundo pensou ter ouvido aquelas batidas do coração do maior, mas certamente, não ouvira nada. Lhe deu um suave beijo no pescoço e repousou a cabeça no travesseiro, permanecendo desse modo, esperando, ou talvez rezando para que ele não se afastasse de si.
Um suspiro pesado deixou os lábios de Hidan, já estava tão cansado de caminhar inutilmente tendo que segui-lo, e já era o décimo comentário que fazia em menos de dez minutos.
- Kakuzu, mas que droga! Será que não podemos voltar logo?
- Hidan, cale a boca.
- Você não tem outro argumento não ao invés de me mandar calar a boca?
- Eu te dei esse argumento vinte minutos atrás, quando você começou a reclamar.
- E por que eu não posso reclamar? Acho um desperdício de tempo ir atrás dessa porcaria, não deveríamos estar procurando a Jinchuuriki?
- Já te falei umas mil vezes que precisamos de dinheiro.
Novamente, o menor deu um suspiro pesado e ajeitou a foice nas costas, estava tão entediado que não entendia como o outro conseguia fazer aquilo tantas vezes, era sempre a mesma coisa, encontrar uma pessoa procurada, matar, pegar o dinheiro e voltar a procura, ele não parecia se entediar tanto quanto a si, mas já fazia um dia que não matava ninguém, e os dedos já estavam começando a formigar de ansiedade.
- Kakuzu!
- Hidan, se você reclamar de novo, eu juro que eu vou te matar!
- Não, é sério... Eu acho que estamos sendo seguidos.
Kakuzu cessou os passos, virando-se calmamente em direção a ele.
- Seguidos por quem?
- Não sei, mas sinto algo estranho.
- Você está é ficando louco, aliás, já é.
Hidan estreitou os olhos e negativou, havia de fato estranhado, mas preferiu voltar a segui-lo, com certeza o outro tinha um melhor senso do que a si, e se ele dizia que não havia nada, então não havia nada.
- Chegamos.
O menor ergueu a face, observando o que parecia ser uma casa estranha e mal acabada feita de madeira, na verdade, estava caindo aos pedaços provavelmente pelo tempo.
- Tem certeza que é aqui?
- Bem, foi o que me informaram.
- Parece que ninguém mora aí há anos, isso sim.
- Vamos dar uma olhada.
- Ah, eu não quero entrar nisso, parece sujo.
- Que frescura é essa agora?
- Não é frescura, só não acho que tenha ninguém aí dentro, ainda mais um ninja tão forte.
Kakuzu deu um longo suspiro.
- Certo, fique aí então.
- Eu te dou cobertura.
- Ah, dá sim, não preciso de você me atrapalhando.
- Atrapalhando?! Ora, veja bem como fala comigo.
- Atrapalhando sim! Fique aí e não faça besteira.
Hidan estreitou os olhos novamente e negativou, sentando-se na varanda da casa.
- Besteira... Tsc. Palhaço. O que eu poderia fazer de besteira? ... O que é isso?
O menor fitou a estrada em frente a si, o caminho era aberto, mas rodeado de árvores, e havia visto alguém ou alguma coisa correr entre elas e não somente uma vez, parecia uma figura humana, algo o observava e sabia que havia sido seguido, a própria intuição não estava errada.
- Mas que merda é essa?
Disse a se levantar, deixando a foice ainda sobre as costas e seguiu o caminho calmamente pelo meio das árvores, vendo mais a frente novamente a figura escura.
- Hey, pelo visto você está querendo me irritar, não é? Aparece logo! Eu não tenho o dia todo pra brincadeira. Quem é você?!
O silêncio se instalou pela floresta e novamente, a sombra correu na direção oposta ao rapaz. Hidan se atirou entre as árvores, rapidamente, correndo na direção da sombra na intenção de alcançá-la antes que se escondesse novamente, mas sem perceber, havia pulado em uma clareira e num espaço aberto, era mais fácil ser atacado.
- ... Uma armadilha?
Ao dizer, finalmente a sombra se revelou a sua frente, um rapaz de estatura mediana e cabelos negros, não o conhecia, nem reconhecia por roupas específicas, na verdade, não tinha demarcação de nada.
- Quem é você?! E o que estava fazendo me seguindo?!
- Vocês usam mantos negros com nuvens... São da Akatsuki, não?
- O que isso interessa pra você?! Parece só um vendedor medíocre de uma loja qualquer de estrada, saia do nosso caminho.
- Vocês é que apareceram no meu caminho, não o contrário.
Hidan deu uma pequena risada, levando a mão para o cabo de sua foice de três lâminas e por fim puxou-a de suas costas, mostrando-a a seu novo inimigo a frente.
- Então você quer lutar, ah? Bem que eu estava precisando de um ritual, já faz quase um dia que não mato ninguém. Jashin ficará mais do que feliz com isso. Prepare-se!
Kakuzu revirou toda a casa, de cima a baixo, até mesmo os fundos, não havia encontrado ninguém, somente alguns sinais de que a casa havia sido habitada recentemente, alguns cobertores, ervas para chá, um pouco de arroz em uma vasilha, nada muito impressionante, quem quer que fosse a pessoa, estava se escondendo, e por um motivo óbvio, havia uma grande quantia em dinheiro por sua cabeça e se quer sabia o porquê.
Ao desistir da busca, sem nenhum sucesso, seguiu para a parte de fora da casa, onde encontraria seu parceiro, embora inutilmente, Hidan não estava ali.
- Não encontrei nada, Hidan... Hidan? ... Ah, mas que inferno!
O moreno negativou e analisou a área perto da casa, era péssimo em seguir rastros do outro, era um inconsequente, então poderia ter deixado pegadas por todos os lugares e o seguiria sem chegar em lugar nenhum, mas podia ver alguns rastros pela floresta que pareciam ser recentes, provavelmente ele havia passado por ali, então devagar seguiu em meio aos arbustos e as árvores, sabendo que provavelmente encontraria-o fazendo alguma idiotice habitual.
Ao chegar ao local, já podendo ver a clareira ainda do meio das árvores, viu o outro deitado no chão, o objeto habitualmente fincado em seu peito e aquele simbolo idiota ao redor de seu corpo, estava fazendo um ritual, mas um ritual de que? Do jeito que ele era idiota, não se surpreenderia se tivesse matado um cervo e estivesse deitado no chão em seguida, rezando para seu Deus imaginário, porém era mais sério do que imaginava. Há alguma distância do corpo de Hidan, observou o corpo de um homem, estirado no chão, coberto de sangue e seu rosto estava retalhado.
- Hidan! Seu maldito!
Ao ouvir o próprio nome, o menor sentou-se na mesma hora, arregalando os olhos e desviou o olhar ao outro em frente a si.
- O que foi?
- O que foi?! Seu imbecil! Eu falei pra você não fazer nenhuma idiotice! Como pode ser tão idiota?!
Ao gritar, Kakuzu segurou-o por sua capa, erguendo-o com uma das mãos a fitá-lo em frente ao rosto, a pele da mão escurecida, Hidan o havia irritado realmente dessa vez.
- Ai! Você tem ideia do quanto fazer isso machuca? Me solta!
- Eu vou matar você, seu desgraçado! Olha o que você fez com a cara dele! Como vamos receber o dinheiro agora?! Quantas recompensas eu vou perder por você ser tão cabeça dura?!
- Como você acha que eu ia saber que ele era quem estávamos procurando? Olha pra ele, parece um mendigo!
Kakuzu estreitou os olhos e segurou a lança fincada no peito de Hidan, empurrando-a ainda mais para dentro.
- Ah! Para! O que está fazendo?!
- Eu já estou cansado de você, eu vou fazer você entender de uma vez por todas que esse seu Deus é uma perda de tempo!
- Hey, não fale mal de Jashin, seu maldito!
Irritado, o maior segurou a lança e retirou-a do corpo do menor, puxando-a de uma vez só e viu o sangue escorrer pelos lábios do outro, não importava de todo modo, ele iria se curar em poucas horas. Não se importou com o corpo atrás de ambos, apenas jogou o outro no chão e com uma das mãos, puxou sua capa, abrindo-a a expor seu corpo.
- Kakuzu, o que está fazendo?!
- Seu moleque mimado!
Ao falar, o maior acertou o rosto dele com um tapa que estalou alto por todo o local, fazendo-o virar o rosto de lado conforme o impacto, e Hidan não sabia o que estava acontecendo, de fato era a primeira vez que havia recebido uma ação como aquela vinda dele, que costumava ser sempre tão pacífico.
Kakuzu observou o corpo dele, mas não estava interessado nele de fato, queria uma parte específica de seu corpo, onde o faria sentir dor, onde pudesse dar a ele uma lição e puxou firmemente sua calça, arrancando-a de suas pernas, desnudando-o.
- O que diabos você está fazendo?! Kakuzu! Ficou louco?
- Cale-se Hidan!
Rapidamente, o moreno abriu a calça, não se preocupou em retirá-la, apenas a abaixou e expôs o sexo, firme, talvez sentisse algum prazer na dor dele, aquele maldito. Kakuzu puxou-o pelas pernas, guiando-as as laterais do próprio corpo e ignorou qualquer tipo de movimento que o outro fizesse, apesar de ter sido feito, já que o menor estava pasmo com a atitude do outro e tentou espernear e se livrar dele de alguma forma.
- Pare de se mexer!
- Você ficou maluco! Me solte! Eu não sou uma mulher!
Ao segurar as pernas dele, Kakuzu apertou-o em suas coxas firmes, sentindo sua pele quente ao contrário da própria, ele sempre se curava, sempre estava daquela forma, o sangue quente, agitado e sem muito pensar, havia se guiado para o corpo dele, sem nenhum toque feito primeiramente, se meteu em seu corpo, empurrando-se firmemente para dentro, porém, sentiu-se dificultoso em adentrá-lo, estava fechado, e assustado estava ainda pior.
- Relaxe!
- Mas que inferno você está me pedindo pra fazer?! Pare com isso!
- O que? Você não é um padre para manter votos de castidade, está preocupado com o que?
Hidan arregalou os olhos conforme o ouviu, atônito e o outro, cansado da espera, guiou uma das mãos aos lábios por baixo da máscara, mordendo o dedo médio e sentiu o líquido escorrer pela própria mão, o lubrificaria com o próprio sangue, e fora o que fez, enfiou primeiramente o dedo para dentro do corpo dele, ouvindo seu protesto num gemido alto e dolorido.
- Kakuzu! ... Isso dói!
O moreno retirou o dedo rapidamente de seu interior e logo empurrou-se para dentro, adentrando-o com dificuldade até ter-se inteiramente dentro, e o viu se contorcer, agarrando-se a própria roupa, abrindo a capa ao puxar com ambas as mãos.
- Dói! Para! Seu maldito! Seu... Desgraçado! O que está fazendo?!
- Cale-se Hidan! Que escândalo, você sabe o que eu estou fazendo! Estou punindo você!
O menor arfou, sentia ainda o gosto de sangue na boca devido ao ritual feito anteriormente, até mesmo ainda se encontrava dentro do símbolo, aquilo tinha que ser uma blasfêmia, se não fosse, não sabia mais o que era. Sentiu no corpo uma estranha sensação conhecida tomando conta de si, e primeiro viu os dedos se tornarem negros, depois os braços, até que finalmente estivesse coberto por aquela estranha cor e os ossos demarcados sobre a pele, Kakuzu estava agora sob sua maldição.
O moreno desviou o olhar a ele, notando sua pele negra e as demarcações, conhecia aquilo muito bem, mas como poderia? Ele não... O sangue!
- Saia do meu corpo! - Gritou Hidan.
O maior arqueou uma das sobrancelhas e não se moveu, sabia que se infringisse algum tipo de dor a ele, sentiria também em si, preferiu não arriscar, porém Hidan, visto que não tinha muito o que fazer, esticando-se ao máximo, alcançou a lança deixada ao lado e ameaçou o próprio pescoço com o objeto.
- Saia agora, Kakuzu! Ou eu vou matar você!
- Você não tem coragem de me matar, seu desgraçado.
- Eu estou avisando!
Kakuzu o observou, irritado com toda aquela espera, estava perdendo tempo, e tempo era dinheiro, então rapidamente o pegou pelos quadris e puxou consigo para fora do símbolo, tão rapidamente, que o próprio rapaz abaixo nem havia percebido, porém, num sobressalto, acabou por fincar a lança em seu ombro e ruiu em dor. O maior arqueou uma das sobrancelhas, e não sabia como aquilo havia acontecido, mas sentiu o caminho da lança devagar a atravessar o próprio ombro mesmo que ele não houvesse tocado a si, o maldito havia conseguido acertar antes de sair do círculo.
- Hidan, seu desgraçado!
Novamente irritado, e agora, sem poder ser mais machucado pelo outro, Kakuzu se moveu, forte, firme contra o corpo dele, empurrando-se inteiramente no corpo do outro no chão e ouviu o gemido dolorido e alto do menor novamente deixar sua garganta, fechando os olhos firmemente.
- Você... Vai pagar por isso! Você vai pagar por isso, seu maldito! Vou fazer com que Jashin não tenha piedade de você!
Revirando os olhos, cansado de todo o falatório, Kakuzu guiou uma das mãos até a própria máscara sobre o rosto e puxou-a, retirando-a e jogou ao lado, fazia um bom tempo que não se livrava dela, mas era preciso. Revelou então seus lábios costurados em suas laterais, mas que não o impediam de fazer nada, inclusive, não o impediu de empurrar a língua para a boca do menor, finalmente cessando sua fala.
Hidan arregalou os olhos conforme sentiu o beijo, nunca havia sido tocado daquele modo, nunca havia sido tocado de modo nenhum por ele na verdade, somente de modo rude durante uma batalha, então não sabia como reagir aquilo, estava totalmente atônito, era algo muito íntimo para que pudesse processar. Sentia a língua dele se mover na própria boca, úmida, quente, e se quer movia a própria, não conseguia, ele era o próprio parceiro, amigo de equipe, o que diabos estavam fazendo? Aquilo não podia ser real, mas a dor que sentia pelo corpo parecia muito real, estava sendo invadido por ele e aquela sensação incômoda parecia não querer se dissipar, até sentir o novo toque dele.
Kakuzu, satisfeito com o que o beijo havia trazido, deslizou a língua pela boca dele, já que o havia feito, preferiu tocá-lo ao bel-prazer, já estavam fazendo afinal, e manteve os olhos fechados enquanto dava maior frequência com os movimentos dos quadris, já podendo sentir o corpo dele ceder espaço a si, relaxando suas paredes contraídas, firmes e nunca violadas até então. Uma das mãos, deslizou pelo corpo dele num toque sutil, despreocupado, impensado, e tocou-o no sexo, envolvendo-o com os dedos e apertou-o, um aperto dolorido, porém, prazeroso e ouviu o gemido em resposta, em meio ao toque dos lábios que agora fora desfeito.
- Kakuzu... Não... Não toque aí... Isso é estranho!
O maior se mantinha sério, observando as reações do corpo do menor, e não as entendia por completo, sabia que estava dando algo bom a ele apesar de querer castigá-lo, e de certo modo, não se importava. Passou a masturbá-lo, movendo a mão assim como movia os quadris, firmemente ao encontro do corpo dele, podendo ouvir o barulho do encontro dos corpos, um barulho tão prazeroso e observava os tons negros de seu corpo, gostaria de poder fitar sua pele em sua coloração normal, e o tom negro se dissipou calmamente, como se o outro pudesse ler os próprios pensamentos.
Hidan estava se sentindo estranho, era doloroso, mas de certa forma, também era prazeroso, e não sabia dizer o porquê, o corpo estremecia nos braços dele, como se pedisse por mais de suas investidas, mais de seus toques e ousou fitar o rosto dele em frente a si, sua pele morena e seus cabelos compridos, droga, o que estava fazendo? Estava se entregando a ele? O corpo estava.
- Eu vou te matar, está ouvindo? ... Eu vou te matar! Ah!
Rapidamente como seus movimentos iniciais, Kakuzu retirou a maldita lança do peito do outro, arrancando um gemido alto dele e o virou de costas, segurando seus cabelos jogados para trás e empurrou sua face de encontro ao solo, fazendo-o fechar um dos olhos numa sutil expressão dolorida, e novamente se enterrou em seu corpo, sentindo-o facilmente agora até o fundo. Segurou os quadris dele com a mão livre, puxando-o para si, firmemente, sem dar uma pausa para que o menor pudesse reclamar, visto que não haveria fôlego para aquilo.
- K-Kakuzu... Ah! Que posição... Ridícula...
Hidan havia fechados os olhos, os braços usava para apoiar o corpo no chão, ou achou que serviam para isso, porque o tronco se apoiava no solo sem necessidade de nada mais e os joelhos se apoiavam no chão de terra, doloridos, mantendo os quadris erguidos para recebê-lo no corpo, sentia que a qualquer momento as pernas iam fraquejar e fora obrigado a fechar os olhos, tentando controlar as próprias emoções, pensar em algo, alcançar a lança, não conseguia, não conseguia fazer... Estava anestesiado, principalmente quando o sentia atingir um ponto prazeroso no corpo, quando o sentia no fundo. Aquela situação era deplorável. Sem alternativas do que fazer com a mão, agarrou o colar no próprio pescoço, apertando-o entre os dedos.
- Solte esse maldito colar.
O menor franziu o cenho e negativou, cerrando os dentes ao ouvi-lo, irritado.
- Você é um homem morto... Ouviu?! Você...
Ao ouvi-lo, Kakuzu empurrou-se firmemente contra seu corpo, colocando-se por inteiro dentro dele e ouviu o protesto de seus lábios num gemido alto, viu até mesmo as pequenas gotas de sangue vindas de seus lábios que foram jogadas ao solo conforme a força que se moveu contra ele.
- Solte esse colar, ou eu vou prender suas mãos com ele.
- Seu... Pagão... Maldito... - Disse o menor, arfando.
- Não vai soltar?
Hidan franziu o cenho mais uma vez, era orgulhoso, não queria deixá-lo pensar que havia vencido a si, mas se ele puxasse o colar, certamente acabaria estragando, então soltou a corrente e apoiou-se com ambas as mãos sobre o solo, como antes estava.
- Assim é melhor.
O menor havia soltado a corrente, mas Kakuzu não se deu por vencido somente por isso, puxou seus cabelos, firmemente, fazendo-o inclinar o pescoço para trás e agilizou os movimentos contra o corpo do amigo, fazendo-o sentir a dor que queria, e também o prazer. Hidan havia perdido o controle sobre tudo, estava aéreo, não conseguia mais pensar em nada, só nos quadris doloridos, nos joelhos machucados nos movimentos incessantes dele contra aquele local específico, e sentiu uma pontada estranha no sexo, algo que nunca havia se dado o direito de sentir, então aquilo era sentir prazer.
- Pare, Kakuzu! Pare... Eu... Ah!
- Eu não vou parar, Hidan. Não vou parar até que aprenda a não ser tão idiota e tomar decisões precipitadas.
Ao dizer, o maior já podia sentir o porque ele pedia que parasse, sentia seu corpo se contrair, indicando que atingiria seu ápice em breve, não pararia até fazê-lo gozar, até fazê-lo perceber o quão bom havia sido aquilo, fazê-lo perceber que havia gostado apesar de tudo, era um castigo afinal, o faria se envergonhar. Não precisou de muito. Com mais algumas investidas, Hidan sentiu o corpo trepidar e agarrou-se firmemente a terra com ambas as mãos conforme deixou escapar o gemido alto, prazeroso, e sentiu os jatos que deixaram o corpo, sujando a si com pequenos respingos, havia gozado, e o havia feito com ele dentro de si, não podia acreditar.
Ao sentir seus apertos, seu interior quente e receptivo, Kakuzu abriu um pequeno sorriso, o que queria provar a ele já havia sido feito, e por fim, empurrou-se firmemente para dentro dele, no fundo.
- Vou gozar, Hidan. Dentro de seu corpo.
O menor arregalou os olhos, mesmo em meio as ondas de prazer que sentia.
- Não se atreva! Kakuzu!
Sem dar ouvidos a ele, o maior novamente investiu contra seu corpo, e finalmente gozou, como prometido, deixando-se em seu interior, tão quente quando o líquido derramado nele, se empurrando até o fundo. Momentos depois, só então, devagar, deixou seu corpo.
Hidan permaneceu daquele modo por alguns segundos, na verdade, podia dizer um minuto inteiro, fitando o chão e suas mãos fincadas na terra. Por que não conseguira fazer alguma coisa? Por que havia sentido aquilo em silêncio? Por que... Havia gostado? Sentia raiva de si, e mais raiva ainda dele por fazer a si se sentir daquele modo.
- Levante e se vista, temos que ir para a aldeia da folha.
Kakuzu caminhava de modo tranquilo, estranhamente, Hidan não havia feito um comentário se quer há mais de uma hora, andava há pouca distância dele, um tanto desconfiado, na verdade, imaginava que ele poderia estar rancoroso pelo ocorrido, e até achou graça de certo modo, nem percebeu quando dera um risinho.
- Do que está rindo?
- De você.
- O que?
- Estou rindo de você.
Disse o maior, cessando os passos e se voltando em direção a ele.
- Por que está rindo de mim?
- Está remoendo o que fizemos?
Hidan permaneceu em silêncio por alguns instantes, negativando em seguida.
- Que porra foi aquela?
- Eu já lhe disse, estou ensinando você a não ser mais tão impulsivo.
- E acha que isso é um castigo?
- Bem, fez você calar a boca, não? Uma hora de silêncio, eu deveria fazer isso todos os dias.
- Não se atreva, eu ainda vou arrancar sua cabeça pelo que fez hoje. Espere até Pain descobrir...
- Vai contar a ele?
- Hum?
- Vai contar a ele o que fizemos?
Hidan cerrou os dentes, e havia percebido que não poderia contar porque era tão forte quanto ele, e mesmo assim não havia tomado uma atitude, se sentia ridículo novamente.
- ...
- Foi o que eu pensei.
Disse o maior, virando-se para voltar a andar, quando o outro novamente se pronunciou.
- Kakuzu!
- Sim?
- Você me disse que iria me matar, certo?
- Várias vezes, por quê?
- Quer realmente me matar?
- Constantemente.
Hidan desviou o olhar, observando o chão por alguns instantes e logo voltou a fitá-lo.
- ... Então por favor, encontre um meio de fazer isso.
- Por que está me pedindo isso?
- Você foi a única pessoa que me fez sentir alguma coisa realmente... Boa.
Kakuzu arqueou uma das sobrancelhas.
- Então... Que seja você a me matar, certo?
- ... Certo.
- Agora vamos, ou vamos nos atrasar.
Hidan arrumou a foice em suas costas e devagar, passou em frente ao outro, deixando-o para trás em sua caminhada. Kakuzu fitou suas costas, e por um momento se perguntou o que o havia feito sentir para fazer um pedido tão absurdo como aquele e tão inesperado. Talvez devesse apenas esquecer e agir como se nada houvesse acontecido, como ele parecia estar fazendo.
Yori uniu as sobrancelhas, visto que havia sido deixado sozinho no quarto, sentia as lágrimas presas aos olhos e tentava entender porque ele tinha tanto interesse em manter a si ali com ele, era somente um humano, ele poderia encontrar outro em qualquer esquina, não poderia haver um motivo plausível para aquilo tudo. Não conseguia ver em si, os atrativos que ele podia ver, não conseguia e nem iria entender.
Ao se levantar, buscou novamente as próprias roupas e vestiu-se, retirando o pijama que deixou de lado sobre o estofado e sabia o que teria que fazer, sair dali de alguma forma. Silenciosamente, caminhou em direção a porta, procurando ouvir, do outro lado, algum sinal do vampiro, e grudou os ouvidos na madeira, prendendo a respiração por um momento, até que ouviu os passos do exterior do quarto. Rapidamente se atirou de volta para a cama, cobrindo-se com o cobertor até a cabeça e silencioso, fingiu estar dormindo.
Por um momento, o pequeno sentiu o corpo fraquejar, estava cansado, mas não podia dormir na cama dele, não ali, não naquela hora, não sabia se iria acordar e estar bem após tudo aquilo, mas por um momento, se deixou levar pelo sono, a cama macia, quentinha, algo que não tinha há algum tempo, os olhos praticamente se fecharam sozinhos até que não viu mais nada.
Acordou pouco tempo após, não havia de fato adormecido e sim, cochilado, mas ouvia algo, a fundo, algo estranho, uma voz, no que parecia um gemido dolorido, talvez um grito, não conseguia ouvir tão bem devido ao sono, e agora acordado, era capaz. Parecia vir do quarto ao lado, a humana que ele mantinha ali, tinha que ser, parecia ser ela, não poderia ser outro criado afinal. Manteve-se silencioso na tentativa de ouvir algo mais do outro quarto, levantando-se e aproximando-se da parede, devagar, parecia ter cessado e o silêncio reinado no outro quarto. Até que ouviu o novo grito.
Arregalou os olhos, o coração acelerado e afastou-se abruptamente, quase caindo sobre a cama, por fim jogou-se contra a porta, abrindo-a para que finalmente desse passagem para o corredor, já não havia ninguém ali, e não se importava de fato. Correu em direção a escada, descendo os degraus tão rapidamente que quase nem acreditou quando conseguiu pisar no último e logo, no chão firme. Caminhou em direção a saída, não sabia onde era, tinha somente uma vaga lembrança embaçada.
No fim do corredor grande, ao passar pela sala de jantar, havia o hall de entrada, se lembrava dele, e fora ali mesmo que abriu a porta, destrancada, e que deu passagem a si para o lado exterior da casa. Os pés estavam descalços, nem acreditou quando sentiu a grama abaixo deles, macia, molhada, afinal, chovera mais cedo, e agora estava correndo naquele campo aberto, algumas árvores a frente onde iria se esconder e do outro lado encontrar a estrada, voltaria pra casa e sairia daquele pesadelo, tinha que sair. Até que o pulso fora puxado tão violentamente que quase o sentira se soltar do braço.
Fora parado por ele. O vampiro segurava o pulso, que agora doía, uma dor que parecia irradiar para o restante do braço e o grito fora inevitável. Fora segurado pela cintura e embora o braço doesse, esperneava, tentando se soltar de alguma forma, tentando se livrar dos braços do outro.
- Eu disse, que você não vai embora, garoto!
- Me solta! Me deixa ir embora! Você quebrou meu braço!
- Não seja tão dramático, no máximo desloquei seu pulso.
Yori gritou, mas não adiantaria gritar dali onde estava, ninguém ouviria. E fora então, carregado pelo vampiro para dentro da casa novamente. O maior dava passos lentos e o outro ainda tentava se soltar, mas era bem mais fraco, não poderia fazê-lo.
Ao adentrar a casa, Hideki não se dirigiu ao quarto novamente, e sim a parte inferior da casa, descendo um jogo de escadas que parecia durar para sempre e cansado dos gritos do garoto, tampou-lhe a boca com a mão, censurando-o de toda aquela gritaria.
- Já chega, criança, está começando a me irritar.
- Me solta! - Gritou o pequeno, abafado.
- Já disse que você não vai embora. Você é mesmo insistente.
Ao chegar ao pequeno quarto, escuro do andar inferior, após passar por um corredor, afinal o andar de baixo da casa também era grande, Hideki deixou o garoto, empurrando-o em direção a pequena cama que havia ali. Yori caiu sobre ela como uma pedra, sentindo o corpo dolorido, a cama não era nem de longe, tão macia quanto a dele. Levantou-se rapidamente e seguiu em direção a porta.
- Me deixa ir!
- Vai ficar aqui garoto, até aprender a me respeitar.
- Seu desgraçado!
- Não era isso que você queria?! Você não tinha nada antes de vir pra cá, agora pare com essa gritaria, ou vou jogar seu corpo naquele rio pessoalmente.
O menor uniu as sobrancelhas, observando-o na porta e novamente, tentou passar por ele, empurrando-o, embora tivesse sentido a fisgada no pulso, dolorida e mais uma vez, fora jogado contra a cama, dessa vez, pouco mais firme e nada mais deixou seus lábios, ao sentir a parede bater de encontro a cabeça.
- Tem certeza que viu ele vir por aqui? Cara, acho que estamos perdidos.
- Claro que não, eu o vi sim!
- Você é um idiota, isso sim, perdeu ele de vista.
- E você também, como se tivéssemos que proteger Sakurai-san aonde ele vai.
- Não é proteger idiota, ele pediu para avisar quando achássemos quem raptou o padre.
O menor desviou o olhar a ele ao permanecer em silêncio, e logo viu ali a figura dos dois rapazes, fardados do exército dele e pararam em posição de sentido imediatamente ao vê-lo.
- S-Senhor! Desculpe senhor, não sabíamos que...
Kazuma franziu os olhos, tentando amenizar a claridade que aos poucos, junto ao cômico falatório ia se tornando mais próximo. Encostou os braços à beira da termal, como quem se recosta num sofá, esperando despudoradamente ser notado pelos homens. Com um maneio da cabeça, permitiu descanso aos soldados.
- Diga, Soldado. - Retrucou e fitou o padre ao lado, era pequeno, mas ficara ainda menor.
Asahi uniu as sobrancelhas ao ver ambos os soldados ali e guiou uma das mãos sobre o tórax abaixo d'água, assim como a outra, guiou entre as pernas, tampando o próprio corpo da vista deles, e tentou suavemente se afastar do outro, como se aquilo deixasse menos pior o que estavam fazendo.
- S-Sim senhor. Padre. - O rapaz falou num cumprimento. - Encontramos os soldados responsáveis por raptá-lo, da última vez, só sobraram três, os outros dois se jogaram de uma ponte quando perceberam que estávamos perto.
- E onde estão agora? - Kazuma indagou aos homens e voltou a observar o padre, ainda menor.
- Na base senhor, estão presos. Também trouxemos algumas coisas que estavam com eles... E que... Provavelmente usaram para machucar o padre.
Asahi desviou o olhar, e como ele mesmo havia dito, estava minúsculo ali, e se sentia ao menos um pouco mais seguro agora, sabendo que estavam presos, mas as lembranças ainda doíam na cabeça.
- E como é que vocês não pensaram no que fazer com isso ainda? - O maior retrucou, a resposta soava óbvia para si. - Bem, de todo modo pedi que me informassem. Tem algum interesse em tortura, padre?
- Não senhor, até pensamos em usar, mas os rapazes pediram que deixassem eles para o senhor.
Asahi desviou o olhar a ele rapidamente e negativou, veementemente.
- J-Jamais, isso é contra as leis da igreja.
- Claro. - Disse o moreno ao menor, ainda em sua pequenez, muito encolhido. - Deixe-os presos. Os questione, logo estarei lá.
- Sim senhor. Com licença.
Disse o rapaz a virar-se e seguiu com o outro para fora, manteve-se em silêncio e pode ouvir os passos como uma marcha até se distanciarem.
- O padre estava pelado com ele mesmo?
- Cala a boca!
Kazuma ouviu o falatório, de quem tentava forjadamente ser discreto. Fitou o padre, um tanto risonho.
- Estão provocando você.
O menor sentiu a face se corar, quase automaticamente ao ouvi-los e negativou, rindo baixinho em seguida.
- Eu... Não gosto de ser visto assim pelos seus soldados, quer dizer... Eu sou um padre.
- Assim como? Sem roupas?
- Também... Digo... Padres não fazem sexo.
- Asahi, você passa noites no meu quarto, já foi encontrado nu lá dentro. O que acha que eles pensam?
- Eu sei que pensam isso, mas me incomoda...
- Te incomoda que saibam que você é gay, Asahi? - Kazuma indagou, um sorrisinho talvez provocativo.
- ... Eu não disse isso! E eu não sou gay!
- Claro que você é gay, Asahi.
- Você também é.
- Uh, precisa verificar isso pra se sentir melhor, ah?
- E-Estou constatando.
- Está tentando se sentir melhor. Você é mesmo muito engraçado padre. Não quer que saibam que está fazendo sexo. - Riu. - Não é gay, só gosta de transar com homens e não tem desejo por mulheres. Não foi você quem pediu pra ser fodido depois de uns golinhos de vinho?
Asahi desviou o olhar a ele, arregalando os olhos e uniu as sobrancelhas.
- Q-Que absurdo!
- Não te obriguei a dizer.
- Do que está falando?!
- É Padre, pediu por ser comido. Implorou por sexo rude e ainda disse que queria se casar comigo. E não é gay, ah?
- Não sou como seus homens que tem tendências homossexuais!
O loiro falou alto a ele, e se antes estava encolhido, agora estava quase de pé na piscina, observando-o. Kazuma arqueou juntamente ambas as sobrancelhas, notando a exaltação do garoto. E claro, ao relaxa-las deixava evidente o fato de que não estava gostando da conversa.
- Ah, então você não tem tendências homossexuais, Asahi?
Indagou e ao se erguer suavemente, esticou a mão e o puxou para água como antes estava. Tomou-o de costas, colando seu dorso contra o tronco.
- Então você não tem?
Disse a ele, defronte, no colo e tocou o próprio sexo, o qual roçou em sua bunda.
Asahi arregalou os olhos ao senti-lo puxar a si, e sabia que havia falado demais, aliás, falado algo ruim, tinha esse costume, falar pelos cotovelos quando se irritava. Uniu as sobrancelhas, e sentiu-o colar o corpo ao próprio, estava dolorido devido aos toques recentes dele, ainda sentia aquela sensação por um tempo após terem terminado, não sabia se o suportaria de novo, nunca o havia feito, certamente iria arder, mas ele não parecia se importar com isso.
- ... K-Kazuma...
- Vamos ver qual é a verdade, Asahi.
O maior disse a ele, ainda tomado pela cintura, sem dificuldade para tê-lo. E os dedos sobre o próprio sexo, cujo roçava em sua pele e nádegas, onde íntimo, onde a pouco tocava. Por sorte estava aberto o suficiente, embora não fosse facilmente deslizar em sua falta de lubrificação. E ainda que estivesse contrariado, não estava furioso como ele poderia pensar, apenas calaria sua boca falante mentirosa, e foi por isso que ao deslizar, embora firme, talvez ainda tivesse algum cuidado. Mas não precisou de muito, entrou rapidamente.
- Hum... Parece que seu corpo não rejeita isso, Asahi.
O menor sentiu-o ajeitar a si sobre o colo, o sexo que roçava em meio as nádegas, e sabia que era uma grande mentira, sabia que era homossexual a partir do momento se deitou com ele a primeira vez, assim como também era um masoquista, lembrava-se de tudo daquela noite, lembrava-se de cada palavra vergonhosa e baixa que havia dito, havia pedido que fodesse a si, o havia pedido em casamento, havia pedido que fosse mais forte, mais rápido, havia gritado, ah, e aquilo arrepiada cada centímetro de pele, nas duas noites em que ele não esteve, fora horrível controlar a si sozinho naquele quarto pensando naquelas palavras e também, naquelas reações, no estalar do chicote, ainda podia ouvir, e os pensamentos foram cortados ao senti-lo deslizar para dentro do corpo, que ardeu como fogo, ainda mais sem nenhum lubrificante e gemeu, alto como havia feito naquele dia, guiando as mãos as dele sobre a própria cintura e tentou se soltar, talvez pelo pouco orgulho que ainda restava em si.
- M-Me solte!
- Padre, você mesmo disse, você não pode mentir.
Kazuma disse a ele, usando contra si suas palavras. O que não tinha de chicote físico, tinha com um chicote verbal. E até soava mais suavemente, de modo proposital é claro. Com um movimento firme, deu a primeira investida, sentindo-se ser apertado por seu corpo recém utilizado.
Asahi uniu as sobrancelhas e negativou, mordendo o lábio inferior e recusava-se a se entregar para ele, recusava-se a dizer que ele tinha razão, mesmo que sentisse prazer ao ser penetrado por ele, mesmo daquela forma rude.
- E-Eu não sou gay!
- Hum, então seu corpo é quem escolhe o que você quer, padre mentiroso?
O maior indagou, e tornou a estocar uma vez mais. Sentindo seu corpo quente e apertado, talvez inchado, mas por sorte, o sexo anterior havia sido brando o suficiente para não acabar com ele naquelas investidas mais firmes.
- Ah! - O gemido deixou os lábios do pedre novamente, alto e moveu os braços mais uma vez na tentativa de se soltar. - N-Não sou mentiroso!
- Então se não está mentindo, você não vai gozar.
Kazuma retrucou e não prosseguiu com a conversa, tinha algo melhor para fazê-lo se punir, dar prazer a ele e ganhar prazer em seu corpo. Tinha o braço ainda envolto, mesmo que ele tentasse empurra-lo. Vigorosamente passou a se mover, o estocando firmemente, buscando aquele ponto seu que bem conhecia e que sabia encontrar.
Asahi uniu as sobrancelhas e abaixou a cabeça, não desviaria o olhar a ele, sentia-o quase rasgar o próprio corpo, dolorido em cada um de seus movimentos, e o pior de tudo, é que estava ereto, e nem por um momento havia perdido a ereção, era um maldito masoquista mesmo, sabia disso. Mas como poderia querer uma coisa se o corpo pedia por outra? E a cada investida dele, sentindo-o tocar a si bem naquele ponto prazeroso, sabia que iria gozar, por isso negativou e mordeu o lábio inferior, com tanta força que certamente se pudesse sentir dor causada por si, sentiria a fisgada.
- P-Pare!
- Parar o que? De te dar prazer? De te lembrar que você gosta mesmo do meu pau, hum?
O moreno retrucou e no entanto não parou, continuava a penetra-lo, empurrando-se para ele, estocando seu ponto sensível insistentemente. Não era rápido demais, mas não era lento, era firme.
Asahi negativou novamente, agarrado ainda nas mãos dele, sentindo-o se empurrar, dolorido em direção a si e pulsava no baixo ventre, rápido demais e estranhamente, os movimentos dele, as palavras dele, eram o melhor estimulante que podia ter, e ele sabia.
- P-Pare Kazuma, p-por favor!
- Não sei do que está falando, Asahi. Me pediu pra fazer amor com você agora a pouco.
O maior fez-se forjadamente desentendido, prosseguiu com o ritmo, e podia sentir cada espasmo de seu corpo facilmente excitado, denunciando a proximidade de seu clímax e consequentemente ressoou o riso soprado pelas narinas.
- A-Ah!
O gemido mais alto deixou os lábios do menor, e não aguentaria muito tempo, já podia sentir o cheiro do próprio sangue, e imaginava como estava para ele sentir aquele cheiro, era um sádico no fim de tudo, então combinava consigo, talvez gostasse do fato de ter o sangue para lubrificar sua passagem para dentro e fora do corpo, e novamente, gozou, sentindo o corpo todo estremecer.
Tal como pensava ele, talvez a ideia de seu lubrificante natural fosse de fato agradável para Kazuma, se não fosse por ser tão facilmente retirado junto a água agitada da fonte, o que era uma pena, poluir um lugar como aquele com fluídos sexuais. No entanto, tinha algo além para dar atenção, e era justamente a seu pequeno corpo entre os braços, bem talvez não tão pequenino, porém menor que si, com músculos quase inaparentes, era magro, mas tinha um corpo bonito. Com a última firme investida, o fez atingir o auge de seu limite e gozar, novamente dando resquícios para a água onde seu prazer fora disperso.
- Ora Padre, não podia gozar, senão vou saber que tem tendências homossexuais...
Asahi ouviu-o falar consigo, e negativou a ele, as sobrancelhas unidas e abaixou a cabeça mais uma vez, estava tonto, não sabia se devido aos movimentos, ou ao nervosismo, ou a água quente, talvez as três coisas juntando o prazer que havia sentido. Estremecia nos braços dele e tentou novamente puxar suas mãos.
- I-Iie... P-Pare Kazuma... E-Eu estou implorando... Eu não aguento mais...
- Não vou continuar, Padre. Foi a última vez que te mostrei sua falta de tendência gay.
O loiro uniu as sobrancelhas e desviou o olhar a ele, meio de canto.
- Vou deixar você ser um padre homossexual reprimido, já que tem tanta vergonha de imaginar como as pessoas sabem que você transa comigo.
- Iie, Kazuma.... Você não....
- O que? Eu não deixaria você ter que enfiar os dedos no seu rabo porque prefere gozar escondido? Deixaria sim.
Asahi uniu as sobrancelhas.
- Mas você vem atrás de mim porque tem vontade.
Kazuma franziu o cenho sem entender o intuito daquela frase.
- Vai conseguir ficar longe de mim também? Só pra me irritar?
- Pra te irritar, Padre? Por que isso te irritaria?
- ...Porque eu gosto de você seu idiota!
- Ora, mas você não é como meus homens homossexuais.
- ... E-Eu sou um padre! O que você quer que eu diga? Que eu quero me casar com você, que nem quer ficar comigo, que eu vou deixar a igreja por você pra morar na rua? Que eu gosto de fazer amor com você sendo que você se quer me ama? Quer que eu assuma meus sentimentos como, se você se quer assume os seus?
O loiro falou a ele e levantou-se, saindo da água e enquanto o fazia, tentava conter as lágrimas, procurando as roupas e sentindo as pernas que fraquejavam, forçando a si a se ajoelhar.
Kazuma escutou o que dizia o garoto até que terminasse. Era conflituoso demais, não tinha firmeza sobre o que dizia, ou talvez tivesse, embora sentisse medo de expor. Deixou a água logo como ele e o pegou pelos ombros fazendo se levantar, dadas suas costas conta si.
- Nunca disse pra fazer uma declaração de amor, só disse o quão estúpido é você dizer que não é homossexual, que não é como os meus homens, que não podem saber que você faz sexo. Ninguém se importa com o que você faz na cama, ninguém se importa se você é um padre que está transando, porque no fim todos estão vivendo suas vidas como se fosse o último dia. É por isso que não tem porque negar que sente prazer ou dizer o que você realmente ama, porque em tempos como esses, as pessoas só querem fazer o que elas sempre quiseram mas não tiveram forças o suficiente. Se amanhã a guerra acabar, tudo o que houve com ela, termina com ela, ninguém vai se importar se transou, se amou um homem, porque todos estarão mais preocupados em reencontrar quem os espera, do que se importar com um padre gay. E também nunca disse pra largar tudo, até porque, esse tudo não existe, na guerra não temos nada e o que resta é só a esperança de que termine. Uma vez que isso acabar, aí então você pode dizer o que você levará e o que deixará para trás, seja suas "tendências" homossexuais ou mesmo a igreja onde cresceu. E eu nunca disse que não me importo com você, o ajudarei sempre que precisar.
Asahi ouviu-o em silêncio durante tudo o que disse, e ele tinha razão, não podia tirar a razão dele, o problema é que era confuso demais, não sabia lidar com os próprios sentimentos, havia crescido na igreja, então tudo que aprendera com ele era novo, tinha vergonha, de muitas coisas, principalmente de ser quem era, de que as pessoas vissem quem era, e era gay, e gostava dele, estava ferrado. Virou-se, observando-o e sentiu uma das lágrimas deslizar pela face, fora quando o abraçou e apertou-o contra o corpo, repousando a face em seu ombro.
- Não me deixe Kazuma...
O moreno fitou-o ao se virar e tocou seu cabelo parcialmente molhado enquanto abraçado por seus braços de pouco músculo. Até o pegou no colo sem dificuldade. O loiro sentiu seu abraço, e as palavras não vieram, aquilo sim era inusitado, nenhuma lição de moral, nenhuma bronca, nenhuma palavra rude, ríspida, ele... Só estava retribuindo o abraço. Ergueu as pernas, fracas, deixando-o pegar a si no colo, e não reclamou, não reclamaria se ele quisesse levar a si daquele modo para seu acampamento ou para dentro da igreja, simplesmente não se importava mais, e deixou que as lágrimas escorressem pela face, enquanto sentia seu abraço quente, e o cheiro dele que tanto gostava.
Kazuma moveu-se sutilmente de um lado a outro e deu-lhe um tapinha sem força, na nádega.
- Ok bebê, quer tomar um pouquinho de leite? - Disse e caminhou com o menor, buscando suas roupas.
Asahi desviou o olhar a ele e riu baixinho, agarrando-se ao outro ainda e indicou a sacola que havia trazido, onde as velas estavam.
- Tem uma toalha...
- Hum, isso é bom.
O maior retrucou e buscou a toalha que ao pegar, colocou em suas costas, deixando absorver a água. Não era bom com crianças, pensou.
O loiro secou o corpo com a toalha dada por ele e sorriu. Quando seco, tateou sobre o peito dele, secando-o igualmente e ao terminar, colocou a toalha em suas costas igualmente, por sorte, era bom com crianças.
- Vem de novo pra igreja... Eu posso fazer um bolo pra você. Ou uma torta salgada
Kazuma fitou-o de soslaio em seu comentário aleatório, já deixado de lado a conversa anterior e mesmo seu choro. Teria negativado a si mesmo, mas não fez, evitando ser questionado, não queria responder perguntas.
- Salgado talvez.
Asahi assentiu, e de fato, queria mudar de assunto para não tornar aquilo pior, não queria perdê-lo, queria tê-lo perto de si até o fim da vida se pudesse, se morresse no dia seguinte nos braços dele teria sido feliz. Após secar o corpo, vestiu as roupas, ajeitando os botões da camisa e parou em frente a ele apenas para ajudá-lo a vestir a farda, não que ele não soubesse, mas queria tocá-lo um pouco mais. Desviou o olhar a ele em seguida, aproximando-se de seus lábios e num selo, murmurou contra eles.
- Talvez eu possa abrir uma exceção sobre tortura hoje.
- Não, meus soldados resolverão isso.
Kazuma retrucou ao rapaz, já vestindo suas roupas e não estava diferente, finalizando apenas os botões da farda, que por ele tomou lugar e deixou, quase sem perceber.
- Hum, hai. Está muito elegante. Como estava na primeira vez em que vi você.
Asahi murmurou, deslizando ambas as mãos pelo tórax do maior e novamente lhe selou os lábios, quase nem percebeu, mas esposa que havia perguntado a ele se tinha, era a si agora. Era si, que esperava ele todas as noites, que se preocupava, que pensava nele. E de fato, não se importava em dizer, já havia dito uma vez, embora fosse difícil e selou os lábios dele, mas a frase sumiu na garganta e murmurou somente para si.
- Vamos... Vamos voltar.