Home
Archive for
março 2017
- Hana! Hana!
O grito veio de dentro da igreja, do andar de cima e o quarto do padre, por
sorte, a porta estava aberta a dar vazão para os outros cômodos e ela poderia
ouvir e subir caso ele precisasse. Não estava doente, na verdade, não havia se
machucado depois da última discussão com o general, havia feito o possível.
Dessa vez o problema era outro, não sentia dor, então era complicado saber
alguma coisa que acontecia consigo, esse sempre havia sido o problema desde que
era pequeno, e agora não seria diferente, se sentia desconfortável, um
desconforto bem característico, que certamente se pudesse sentir dor, estaria
no chão aos gritos.
- Hana!
- Estou aqui, calma, o que aconteceu?
O padre estava fora da cama, nem havia se trocado, o estranho pijama comprido e
branco cobria o corpo, as sobrancelhas unidas e a mão sobre o abdômen, naquela
estranha sensação de desconforto que não saberia descrever para alguém normal.
- Está... Está desconfortável, acho que está doendo... Não sei dizer, é
horrível...
- Deite-se eu vou dar uma olhada.
O loiro se ajeitou na cama, cobrindo apenas os pés com o cobertor deixado ali e
indicou o abdômen para a enfermeira, que ergueu a roupa rapidamente, ignorando
demais partes intimas do rapaz, e tateou o local, unindo as sobrancelhas a
tentar entender o que acontecia.
- Padre, eu nunca vi algo assim...
- Hana, me ajude... Está horrível...
- Você... Eu não sei o que te perguntar, você está tomando os remédios como eu
mandei?
- Sim, sempre tomo... O que está havendo?
- Eu não sei, mas nessa área... Só se... Talvez um tumor, eu preciso de um
médico... Não posso fazer isso...
- Hana, eu não estou aguentando, por favor, faça o que tem que fazer.
- Eu teria que abrir, e você iria... Você não sente dor, mas... Uma hemorragia,
eu vou chamar a outra enfermeira, ela pode ajudar.
E ao correr em direção à porta, a garota gritou o nome da outra, chamando-a ao
andar de cima e assim que adentrou, também teve que ignorar a nudez do padre,
que estava coberta pela roupa íntima, mesmo assim era estranho.
- Hana!
O gemido alto deixou os lábios do padre, e desesperada, a enfermeira pegou o
bisturi em mãos, guiando sobre a pele dele, na região do abdômen, ainda meio
desconfiada do que fazia e esperava que a outra garota não desmaiasse.
- Hana, não! Ele vai sentir muita dor!
- Ele não sente nada. Tudo bem.
A mão tremia, tinha medo de tocá-lo e de fazer algo que pudesse machucá-lo, por
isso passava poucas instruções a outra garota, que ainda era uma aprendiz e
quanto ao padre, fechava os olhos, tentando se concentrar em outra coisa além
da sensação extremamente desconfortável de ser cortado, mas não era pior do que
a que sentia antes, e agora as roupas brancas eram vermelhas, assim como as
roupas de cama. A enfermeira concentrada, cortando os pontos certos, ou
tentando se lembrar das roupas aulas de medicina que teve, antes de ser
enfermeira ela queria ser médica, mas infelizmente não haviam médicas mulheres,
e ela teve de se contentar com a enfermagem. Suas sobrancelhas unidas,
tensionadas aos poucos se aliviaram, e do alívio passou a surpresa, arqueadas
sobre os olhos assim como a outra enfermeira e na falta de movimento, Asahi
abriu os olhos.
- O que foi?! O que houve?
O silêncio novamente reinou e após um longo minuto, o choro fraco foi audível
pelo local, do bebê que havia sido resgatado pelas enfermeiras, e retirado do
corpo do padre, seu incômodo por fim não era um tumor, mas Hana se perguntava
como aquilo havia acontecido, visto que o padre somente emagreceu mais e mais,
ao invés de engordar. Talvez o porque era simples, o bebê era tão pequeno que
quase cabia na mão, certamente era prematuro, e não havia estrutura para cuidar
de uma criança daquele modo, por isso a preocupação era bem estampada no rosto
da enfermeira que limpou o bebê quase sem pensar muito e colocando-o em um
pequeno cobertor que encontrou pelo quarto, entregou nos braços do padre, numa
expressão dura, indecifrável, enquanto a outra tinha o enigma estampado no
rosto.
Asahi segurou aquele pequeno pedacinho de carne, podia ser chamado assim e
observou seu rostinho pequeno, ainda pouco sujo e uniu as sobrancelhas a
observar a enfermeira. Era estranho, ninguém dizia nada, não sabia da
existência dele, não havia nutrido nenhum sentimento por ele, mas ao vê-lo,
imediatamente o amava.
- É menino ou menina...?
- É uma menina...
O padre deslizou o pequeno paninho branco ao lado pelo rostinho dela enquanto a
enfermeira se esforçava para reparar os cortes de forma que o padre não
conseguisse abrir se por acaso se mexesse visto que não sentia dor. O sorriso
estava estampado no rosto dele, meio sutilmente, nunca pensou, em sã
consciência que teria um filho nos braços, era padre, ainda mais sendo seu pai
um militar do exército. O que passava na cabeça naquele momento? Nada, era
nublado, como um grande susto.
- Kazuma... Kazuma vai me matar...
- Não é sua culpa, padre... Você não sabia e tomou todos os remédios.
- Como isso é possível...? Quer dizer, eu se quer sabia que estava esperando
ela...
- Talvez, seja a vontade de Deus.
O loiro uniu as sobrancelhas e nem por um momento achou que algo assim pudesse
ser verdade, era um pecador, por que deus faria aquilo consigo? Por que daria
aquele milagre para si? Talvez somente para retirá-lo quando se apegasse a ele.
E começou a se preocupar.
- Não diga ao Kazuma...
- Terá que contar a ele, é filha dele. E ele saberá quando o procurar a
noite...
- Eu vou contar... Quando estiver pronto. Por hora, diga a ele que estou doente
e que não posso me deitar com ele.
- Certo... Vou providenciar alguns cobertores.
- Hai... Obrigado Hana...
A mão deslizou pelo rostinho pequeno novamente, e ninguém disse nada mais uma
vez, Hana achou melhor não avisar sobre a condição do bebê, e Asahi não quis
saber, somente a beijou no topo de sua cabeça com algumas lágrimas nos olhos.
- Durma... Kazumi.
A mesa estava posta, todos estavam tranquilos com o jantar que ocorreria no salão, todos, menos Hazuki. O moreno nem havia levantado da cama, ainda se sentia mal e machucado, mas estava preocupado com o que ocorreria, se os pais dele iriam gostar de si. Mitsuki estava ao lado dele, penteando seus cabelos longos e negros.
- Está se sentindo melhor hoje, Hazuki-san?
- Estou sim... Quer dizer, ainda meio dolorido, mas melhor.
- Que bom, queria que pudesse sair e ver a China, é linda! Mas logo você vai poder ver.
Hazuki deu um pequeno sorriso.
- E você e o Izumi?
- O que... O que tem a gente? - Disse o loirinho.
- Como vocês estão? Estão se dando bem? Namorando?
- Namorando? Eu... Talvez.
O moreno riu.
- Ah, então estão namorando mesmo? Que gracinha.
- Não conte pra ninguém...
- Por quê?
- Porque... O Izumi meio que não sabe.
- Eh? Não sabe que estão namorando?
Mitsuki se corou, assentindo.
- Hum... Você é o passivo?
- Passivo? Talvez...
- É, você é. - O moreno riu.
- O que as mocinhas estão conversando?
Disse Fei ao entrar no quarto, observando o moreno na cama e o outro loirinho, dando um pouco de atenção a Hazuki.
- Fei! Nada... Só estamos conversando. - Disse o loirinho.
Hazuki sorriu.
- Mitsu, pode me deixar sozinho com o Fei? Por que não fala com o Izumi um pouquinho?
- Ah, hai... Com licença.
O menor se levantou e se retirou com uma reverência. O maior sorriu ao moreno e seguiu até seu futon, ajoelhando-se lado a ele.
- Como está se sentindo, Goungzhu?
- Estou bem. Me sinto melhor hoje.
- Melhor, é? E nosso bebê?
- Bem também, eu acho. - Sorriu.
- Acha não, está sim. Consegue caminhar?
- Consigo, pode me ajudar a levantar?
- Claro. O jantar está quase pronto, tenho uma roupa bem bonita pra você.
Hazuki sorriu, animado com a nova vestimenta e apoiando-se no loiro, levantou-se devagar, pisando no chão e gemeu dolorido, mas estava se sentindo um pouco melhor.
- Goungzhu, se não quiser ir, não precisa.
- Sei disso... Vou ficar bem.
Fei assentiu, segurando-o e sentou-o numa poltrona bem adornada do quarto, puxando o obi de seu quimono a desfazê-lo, observando o corpo bonito de pele clara do rapaz, que não via há um tempo.
- Ora... Senti saudade.
Hazuki deu um pequeno sorriso.
- Logo estarei melhor, poderei te dar prazer.
- Não se preocupe comigo, tem que se preocupar com você também.
O menor assentiu num sorrisinho e Fei deslizou aqueles tecidos sedosos pelo corpo do menor, vestindo-o com a roupa chinesa, bonita, num branco e rosa clarinho, que combinavam com a pele do moreno.
- Você fica lindo assim, combina mais com você do que os quimonos.
- Acha? Então estou feliz.
Fei sorriu e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele.
- Mitsuki penteou seus cabelos, não deixou nada pra mim.
- Ele é um bom garoto. - O moreno sorriu. - Me ajuda bastante.
- Ele é sim. Fico feliz que o trouxemos com a gente.
- Ainda não sei como você conseguiu fazer tudo isso sozinho, eu iria me sentir completamente perdido.
- Tive que ser forte por você, Goungzhu. Pra te salvar.
Hazuki deu um sorriso.
- Eu te amo.
- Eu também te amo. Vamos, segure-se em mim.
O menor guiou o braço ao redor do corpo do loiro, porém ao invés de ajuda-lo a levantar, Fei o pegou no colo.
- Não, eu posso andar... Não quero que seus pais me vejam assim.
- Sabem que está machucado, está tudo bem.
O menor se encolheu no colo do loiro e assentiu, encostando a cabeça sobre o ombro do loiro. Fei sorriu a ele e levou-o consigo escada abaixo, devagar, descendo degrau por degrau e por fim, colocou-o sentado na sala de jantar, e foram os primeiros e estarem sentados ali.
- Nossa, que cheiro bom.
- Espero que goste do jantar, pedi para que fizessem algo mais leve pra você, sem fugir muito do típico japonês, não está acostumado.
O menor sorriu e assentiu, beijando a mão do loiro, a qual segurou.
- Obrigado.
Logo após, Mitsuki e Izumi entraram com suas roupas igualmente chinesas e se sentaram, em frente ao loiro e o moreno.
- Meninos. - Disse Fei.
Os dois deram apenas um sorriso, e logo foram acompanhados dos pais do loiro que adentraram o local. O pai, que havia visto de cabelos longos e loiros, suas expressões tão joviais, era tão bonito, que se sentia com vergonha dele e nem poderia pensar o que veria em sua mãe, que não veio. Logo atrás dele, outro homem, cabelos compridos e morenos, e parecia tanto com Fei de rosto que até estranhou, ele era filho de dois homens. Arregalou os olhos, sem saber o que dizer, e permaneceu a observá-los em sua pequena reverência para si.
- Você deve ser o Hazuki. - Disse o moreno, estranhamente em japonês. - Muito prazer, sou Yun.
- Y-Yun...? Muito prazer, eu... Faria uma reverência se pudesse, sinto muito.
- Não se preocupe, sabemos que não está bem, fique tranquilo.
- O senhor fala japonês?
- Sim, eu falo, meu esposo é quem não fala muito bem. Mas vou falar com ele com você hoje.
- Hazuki. - Disse o loiro que parecia ser a "mãe" de Fei, arranhando o japonês. - Sou Qiu.
- Qiu? - Tentou repetir o moreno. - É diferente.
- Significa outono. Foi quando ele nasceu. - Disse Yun.
- É bonito. Eu... Achei mesmo. - Hazuki sorriu e Yun traduziu a seu marido, que sorriu.
- Você sabia que Fei é nosso único filho?
Hazuki deu um sorriso.
- Não, vocês... São importantes, não é?
- Somos. Fei seria nosso herdeiro a...
- Pai, por favor.
- O que? Tem vergonha da sua família?
- Eu não quero ser herdeiro de nada, nem uma parte da China, por isso eu fui embora.
- Fei, você não pode fugir de suas responsabilidades.
O menor uniu as sobrancelhas.
- Por que você foi embora, Fei? Já está na hora de dizer pra gente.
- Você sabe porque eu fui embora. - Disse o maior. - Eu não queria ficar aqui e me casar com quem eu nem conheço, assumir responsabilidades por coisas que não eram minhas.
- E onde diabos você esteve todo esse tempo? Matando sua mãe de preocupação?
- Eu estive no Japão, vocês sabem.
- Fazendo o que?
O loiro deu um risinho.
- Não diga isso pra sua mãe, nem pensar. Hazuki estava lá com você?
- Estava, não quero que o julguem por isso. Ele foi vendido pra lá.
- Não vou julgá-lo. Sua mãe deu uma casa a vocês, poderá se mudar com ele logo.
- Sei disso, e agradeço. Foi a única coisa boa que fizeram por mim.
- Não fale assim, Fei...
- Sabe disso.
Yun deu um sorriso inflexível, meio irritadiço com a opinião do filho, porém, traduziu poucas palavras ao parceiro, somente o suficiente.
- Temos algo a falar pra vocês. - Disse Fei. - Quer falar, Hazuki?
- Eh? Ah... Eu... Não, eles são seus pais, então...
- Uh? Então ta bem.
- O que houve? Você está bem?
- Estou, mas... Vocês vão ser avós.
Yun arregalou os olhos ao ouvi-lo, desviando o olhar ao pequeno e permaneceu longos minutos a fitá-lo, Hazuki até se sentiu constrangido.
- Está falando sério?!
- Sim, Hazuki está grávido.
- O que ele disse? - Disse Qiu, em chinês, puxando a roupa do marido.
Yun se voltou a ele e traduziu as palavras, que deixaram o loiro igualmente atônito.
- Fei! É verdade?! Quer dizer, vai dar um neto a nós dois?
Fei deu um pequeno sorriso.
- Sim mamãe, você vai ser avó.
- Mas, você... Vocês não são casados. Tem que se casar.
- Vamos nos casar, em breve.
- Ótimo, eu vou organizar o casamento.
- Fei, o que ele está dizendo? - Disse o moreninho, chamando a atenção do maior.
- Esqueço que você não entende chinês. Está dizendo que vamos nos casar.
Hazuki manteve-se em silêncio ao ouvi-lo, observando o rosto do loiro e um sorriso se alargou em seus lábios, feliz com a notícia, por ser aceito, por agora ter um lar e por baixo da mesa, segurou a mão do loiro, apertando-a. Fei manteve-se em silêncio, mas sabia que o outro havia gostado e num sorrisinho, beijou o topo da cabeça do pequeno.
Shinya havia passado a manha inteira no estúdio, já tinha voltado a ensaiar, entrou na casa do menor e deixou as baquetas sobre o móvel da sala, sentou-se no sofá e abaixou a cabeça, as mãos foram até o rosto e suspirou, não sabia se o loiro estava dormindo ou se estava em casa mas logo iria procurá-lo, mas por um tempo ficou ali da mesma maneira apenas descansando.
Kyo entrou na própria casa, e pôde avistar os cabelos louros do outro no sofá, já era normal. Deixou sobre o balcão na cozinha, as garrafas das bebidas que havia comprado, nada alcoólico. Com o cigarro entre os dedos, por vezes tragando-o vez ou outra, foi até Shinya, encostou-se na parede ao lado do sofá.
- Algum problema?
O maior estava tão concentrado que nem ouviu o loiro entrar, ouviu a voz dele e se assustou, retirou as mãos do rosto e fitou o rosto dele.
- Que susto. - Riu - Não, está tudo bem.
- Hum... Certo.
O menor deu um último trago no cigarro e jogou-o para o lado de fora, pela porta da sala que ainda estava aberta.
- Onde foi? - Levantou-se e foi até ele, selando os lábios do namorado.
- Exame, teste vocal. - Kyo retribuiu simples toque de lábios. - Calor do caralho!
- É, também acho, não aguento mais esse calor. - Shinya abriu a camisa. - Não se importa né?
Kyo tirou a veste superior, jogou-a na face do outro que estava sentado no sofá e seguiu até o exterior da casa, sentou-se numa das cadeiras próxima a piscina e ficou.
- Ah... Vejo que já já vai chover.
O maior segurou a camisa dele e tirou da face, o observando sair de casa, sentiu o perfume dele na camisa e fora atrás do namorado, deixando a camisa sobre o sofá, sentou numa cadeira ao lado da dele.
- Tomara que chova, hum. Assim pelo menos refresca um pouco, ou não.
- Vai continuar abafado, mas pelo menos da pra ficar na chuva.
- Hum,vai pegar um resfriado. - Riu novamente.
- Não sou anêmico igual a você Shin, não vou ficar doente não fácil.
- Não sou anêmico...
- É sim.
- Não sou.
- É sim!
- Não vou discutir com você.
- Shinya... As vezes você consegue ser mais insuportável que o normal.
- Eu sou insuportável? Sou sou eu que estou irritando você?
- É, é sim, muito e consegue ser mais ainda, uma bixa que não sabe nem debater, só fica com frescura, mas quer sabe? Foda-se!
- O que deu em você, hein?
Shinya levantou e foi até a cozinha, não queria de fato discutir. Pegou um copo de água e encostou no balcão, bebendo a água aos poucos.
Kyo se levantou, caminhou até descer as escadas que davam no quarto, entrou no cômodo e logo em seguida no banheiro, despiu as poucas peças de roupa e entrou em baixa d'água fria, tal ação feita como se pudesse esfriar a cabeça, odiava a frescura de Shinya, mas sabia que nem era tanto assim, afinal, se irritava com facilidade, não que fosse culpa do baterista. Ambas as mãos apoiadas na parede, o corpo levemente curvado ficava fora d'água, apenas deixava a cabeça, onde a água fria caía molhando os cabelos, seguido tornou a ficar na água, passando as mãos no rosto sempre que a água caía, ato que era feito sempre que se irritava, as mãos ficavam sobre a face massageando-a de forma pesada.
Shinya jogou o restante de água na pia e deixou o copo na mesma também assim que ouviu o menor descer para o quarto, ao contrario dele, se culpava por cada palavra que dizia sempre, encostou na pia e observou a torneira que pingava, murmurou para si mesmo.
- "Você é irritante Shinya"...
Sabia que ele tinha razão, era realmente insuportável como se irritava fácil com as coisas, mas não gostava quando ele falava coisas sobre a aparência. Caminhou até o bar na casa do menor e pegou a garrafa de vodka, foi até a cozinha e pegou um copo, encheu o mesmo com a bebida e o deixou sobre o balcão, observou o copo e a garrafa por alguns segundos e deixou o copo no local levando a garrafa para a sala e bebendo um longo gole da mesma.
Kyo continuou em baixo do chuveiro, deixando a água cair sobre o corpo, não iria sair e olhar para cara de Shinya, ainda mais sabendo que ele provavelmente estaria com cara de choro ou pediria desculpas, afinal, a culpa era própria também, mas Shinya ultimamente andava perdendo o costume das brincadeiras, após o começo do relacionamento, o outro passou de melhor amigo à quase uma moça sentimental demais, não sabia brincar, nem ao menos debatia. Ergueu a face, abriu a boca tomando a água gelada que caía mesmo da ducha. As pálpebras mantiveram-se fechadas, enquanto a água escorria pelo corpo inteiro, a cabeça levemente inclinada para trás, ainda bebia a água que caía aos poucos dentro da boca. A mão percorreu o próprio peitoral e abdômen, ah, fazia tanto tempo que não era marcado ali, e parecia que isso proporcionava ainda mais angústia, toda vez que fendas no corpo abandonavam sangue, levavam embora o nó dolorido que ficava engasgado na garganta. Saiu dos devaneios, abaixou a cabeça, esfregando os olhos, mania.
Shinya havia se sentado no sofá, bebendo vez ou outra da garrafa, até que bebeu uma quantidade razoável e foi novamente até a cozinha, deixou a garrafa sobre o balcão e bebeu o resto da bebida que tinha no copo, percebeu que o menor ainda estava no banho e lavou o copo que continha o líquido, guardando novamente no armário, jogou a garrafa no lixo, mesmo com o restante da bebida e voltou para o sofá onde estava antes, sentando no mesmo e ficou ali, não gostava de irrita-lo e simplesmente era terrível ficar ali sabendo disso, fechou os olhos, não tinha vontade de fazer nada, apenas esperou que o menor retornasse.
Kyo ficou um bom tempo mais em baixo do chuveiro. Após os devaneios quebrados, pegou o sabonete e lavou rapidamente o corpo, nos cabelos apenas passou shampoo nada além disso. A mão passeava pelo corpo, e como aquilo instigava, tornou a fechar os olhos, as unhas medianas forçaram-se contra o próprio abdômen, mas fora rápido, sabia que uma coisa levava a outra. Ao ver-se contendo-se para não fazer o que queria, o único ato involuntário fora o punho fechado socado contra o azulejo na parede. Maldição! Desligou o chuveiro, pegou a toalha, secou o excesso de água e envolveu-a na cintura. Voltou ao quarto, vestiu a boxer preta e ficou apenas à usá-la, nada além da roupa íntima. Jogou-se contra a cama, os olhos negros percorrendo a imagem do céu diante de si que era proporcionado pela porta da varanda que estava aberta. Ao lado, sobre a cama, pegou o ipod largado, ligou o pequeno aparelho, colocou a música para tocar e os fones no ouvido, junto a música, murmurava baixo as letras, tão semelhantes a si, e riu, riu pois si próprio havia a escrito.
Shinya ficou um tempo no local e não ouviu mais nenhum barulho, sentou no sofá e suspirou, levantou-se e caminhou até o quarto, encostou na porta e cruzou os braços, observando o loiro sobre a cama, não disse nada, sabia que ele não queria ouvir, mas do jeito como estava, estava mais se "apoiando" na porta do que apenas encostado.
- O que foi? - O menor indagou após sentir o olhar de Shinya sobre si.O maior apenas balançou a cabeça em negatividade e murmurou.- Nada... Queria... saber o que estava fazendo... Eu...
- Está bêbado ? -Virou-se à fim de fitá-lo.
- Bêbado? ... Eu estou bem...
- Hum, certo. Pegue meu cigarro ali em cima da escrivaninha.
- Cigarro? Ah sim.
Shinya pegou o cigarro e foi até ele, estava completamente tonto mas ajoelhou ao lado da cama do maior, entregando o cigarro a ele. O menor pegou o cigarro da mão alheia, acendeu um deles, tragou
- ...
O maior sentou na cama, o olhar percorrendo o corpo do menor, fechou os olhos e balançou a cabeça negativamente.
- Tá legal, eu bebi... Desculpe.
- Bebeu, e o que eu tenho haver com isso para você vir me pedir desculpas? Tsc
Faça o que quiser.
- Ah Kyo. - Shinya inclinou-se sobre ele e beijou o pescoço do loiro. - Não fique bravo comigo...
- Não estou bravo Terachi, estou normal. - Disse e após expeliu a fumaça do cigarro.
- Jura? - O maior selou os lábios dele e mordeu seu lábio inferior.
- Já disse, mas se ficar perguntando vou me irritar mesmo.
- Tá bem vou me calar.
Shinya abaixou um pouco e beijou o abdômen dele várias vezes, claro, já não era mais por si que agia assim, era o efeito da bebida. Kyo apenas continuou a prover da nicotina sem dar atenção às ações de Shinya, sabia que estava bêbado. O maior observou o menor e subiu até o pescoço dele, beijando-o.
- O que foi, hum?
- Eu que te pergunto, esse é toda sua vontade reprimida , é?
- Que vontade reprimida, hum?
O maior selou os lábios do menor algumas vezes, sentando sobre o abdômen dele.
- Nada Terachi, nada!
- Hum, você está tão... Bonito. - O maior passou uma das mãos pelo peito dele, arranhando-o levemente. - Larga esse cigarro e me da atenção, hum...
- O que quer?
Kyo tirou o cigarro que estava entre os lábios, mas continuou com ele entre os dedos, já estava acabando afinal.
- O que acha, hum? - Shinya selou os lábios dele e observou o rosto do loiro, abriu um sorriso e dessa vez o rosto não se corou nem ao menos chegou a murmurar as palavras. - Quero que me foda.
- Hum, é? Levante-se , tire a roupa e vem!
Thor tinha uma toalha em volta da cintura, enquanto a outra nos cabelos, afagava os fios com a toalha, tirando o excesso de água que respingava ainda pelo corpo sem ser coberto por alguma roupa pós banho. Entrou no quarto, e podia vê-lo todo apagado, iluminado apenas com o leve calor que vinha da lareira acessa no lugar. A vista noturna vinha da extensa parede de vidro, e caminhou pelo quarto a observar os negros cabelos acomodados pelo travesseiro e quase não via seu rosto. Novamente se sentou em beira a cama, observando ao irmão adotivo. O suspiro pesado deixou os lábios de Loki, que moveu-se sutilmente na cama, expondo a parte de cima do corpo sem roupa alguma, usava apenas a roupa intima para dormir, já havia pego no sono há algum tempo após aquela estranha reação que tivera a ele, estava um pouco confuso, e dormir fora meio difícil. Thor suspirou a observá-lo e deixou a toalha em volta do pescoço, inerte.
- Loki.
O menor abriu os olhos aos poucos, desviando o olhar ao outro.
- Hum? Thor?
- Que sono leve. - Disse ao irmão e voltou a direção visual a seu tronco.
- O que foi?
- Hum? - Retrucou a voltar a atenção a ele.
- O que quer? Não ia dormir?
- Eu disse que ia dormir?
- Ahn... Então por que esta no meu quarto?
O maior o observou silencioso, instantes. O cobertor em seu corpo jogou ao lado a desnudar igualmente suas pernas.
- Hum?
Thor ajeitou-se com os joelhos na cama e deixou a toalha, que antes no pescoço, ao lado. Encarou o irmão quando já detinha a figura sobre a demais e lhe tomou os cabelos da nuca segurando-os firmes, o outro uniu as sobrancelhas.
- Thor? O que foi?!
- Essa expressão não combina com você, meu irmão.
O loiro abaixou-se, descansando o tronco sob o alheio, porém não pesou em seu corpo, e foi breve. O beijou no pescoço, talvez sequer fosse beijo, porém degustou sua pele e desceu ao peito, enquanto ainda segurava os fios compridos de sua nuca. O menor inclinou o pescoço ao lado, suspirando a apreciar os beijos do outro e mordeu o lábio inferior.
- Por que voltou? Ainda não matou a vontade?
- Quero mais.
O maior desceu uma das mãos entre corpos e afundou em sua peça íntima trajada, tomando entre os dedos o membro do meio irmão o qual passou a acariciar. Loki gemeu baixo, fechando os olhos a suspirar conforme os toques.
- Ah... Thor...
Os lábios do loiro desceram pelo peitoral do irmão, a sua barriga ampla e bem trabalhada em suaves músculos, enquanto a mão ainda invasiva em sua roupa, massageava seu sexo, sentindo-o responder ao toque. O menor manteve os olhos fechados, puxando com a mão livre o cobertor sobre ambos os corpos e abriu os olhos a observar o irmão na luz baixa do quarto, suspirando.
- T-Thor...
Agora, ambas as mãos do maior voltavam-se a peça íntima do irmão, descendo-a conforme rompeu os estímulos providos a ele e expôs sua região sexual o qual antes acariciava e tornou levar os dedos a volta, masturbando-o. O outro gemeu sutil, mantendo os olhos a observá-lo.
- O que vai fazer com os lábios aí? - Murmurou.
Thor voltou os azulados orbes a seu rosto, porém não o respondeu. Apenas baixou as vistas e voltou a boca a cobrir sua região excitada, colocando-o sem delongas no interior dela. Loki arregalou os olhos a observá-lo, puxando-lhe os cabelos.
- Hey... Não...!
O loiro pendera sutilmente a cabeça para trás conforme puxado, e não disse nada, tornando a investir os lábios a sua direção.
- N-Não faça isso... - Murmurou.
- Por quê?
- P-Por que... É nojento...
Thor arqueou uma das sobrancelhas e negativou em silêncio, voltando-se logo ao mesmo feito e deslizou somente a língua na região, lambendo-o previamente antes de colocá-lo na boca outra vez. O menor suspirou, fechando os olhos e gemeu sutilmente, sentindo o arrepio percorrer o corpo.
- Hum...
A mão esquerda, o maior pousou em sua cintura, segurando-o no lugar, e escondido pelos louros fios de cabelo, sugava sua região íntima, sentindo o músculo crescido deslizando por lábios e língua, chupando-o.
Loki gemeu em tom pouco mais alto, apreciando os estímulos do irmão pela primeira vez tão íntimos daquele modo e até mesmo estranhava pouco, mas era tão bom, que não teve coragem de afastá-lo novamente.
O loiro subiu a mão antes inerte na cintura até seu peito. O pequeno ponto sensível em seu peitoral apertou entre os dedos, massageando seu mamilo. Continuava a se deleitar em seu sabor íntimo, sem qualquer pudor.
O moreno estremeceu sutilmente ao senti-lo tocar a si no mamilo, mordendo o lábio inferior a cada vez mais ter arrepios devido aos estímulos.
- Ah... Como isso é bom...
O maior deslizou a língua por sua base até a zona inferior, sugou a pele na região de suas glândulas e virilhas, porém tornou o foco na ponta, pressionou a fenda existente e voltou a deslizá-lo para boca. Loki deslizou uma das mãos a alcançar-lhe os cabelos, apertando-os entre os dedos a puxá-los sutilmente, entregando-se ao prazer que sentia.
Os dedos de Thor a volta do sexo do irmão passaram a subir e descer num ritmo rápido, mais ligeiro que o vaivém da cabeça e focou-se apenas em seu início enquanto a mão trabalhava o restante.- Pare Thor... Eu... Eu vou...
O menor gemeu, apertando o lençol entre os dedos com a mão livre, puxando-o quase a retirá-lo da cama, sem poder enxergar o irmão nitidamente devido ao cobertor sobre ele. Thor pressionou os dedos de volta a sua cintura, numa suave curva que se dirigia até sua nádega; apalpando-a. Sugou o sexo que estalou com a precisão da chupada e sentiu por fim o gosto de seu prazer.
O menor suspirou, tentando conter o ápice o máximo que pode. Sentia os arrepios pelo corpo e estremecia algumas vezes, notável ao outro. Levou uma das mãos a face, cobrindo-a a gemer baixo contra a mão, não aguentando mais segurar o ápice e deixou que o próprio prazer invadisse os lábios do irmão.
O loiro afastou-se em pouco, de modo que parte de seu gozo desceu pelos lábios e limpou-o com o dorso de uma das mãos enquanto surgia de baixo ao cobertor, podendo observar a luminosidade do quarto outra vez, tal como a face do irmão. Loki retirou a mão da face a observá-lo igualmente, já podendo ver seus olhos azuis tão bonitos e suspirou, aliviado.
Ainda lá embaixo, a mão do maior deslizou novamente sobre o sexo do irmão e a roçá-lo, dirigiu-se ao meio íntimo entre suas pernas. O moreno separou pouco mais as pernas a dar espaço ao irmão, tentando ser sutil como qualquer movimento próprio e manteve o olhar fixo a face dele.
Thor ainda oculto pelas vistas, os atos prosseguiam escondidos embaixo do cobertor. Puxou a própria toalha, expondo tal fato apenas quando deixou-a do lado acima da cama. O porte físico maior que o alheio, revestiu seu corpo no contato sutil entre peles, um roçar de contato morno e já estimulado antes pelo prazer provido ao irmão adotivo.
Loki observou-o por poucos segundos e logo desviou o olhar a face do irmão novamente, levando uma das mãos a lhe tocar o membro, hesitante e apertou-o sutilmente entre os dedos, soltando-o em seguida já com o leve tom vermelho na face.
Ofegou suave de modo quase não perceptivo. Logo desprovido daquele ato que provavelmente o irmão não gostaria de expor e tomou posse de sua mão outra vez, levando-a a região antes tocada.
O moreno desviou o olhar ao corpo dele, sutil novamente e lhe apertou o membro entre os dedos mais algumas vezes, suave, deslizando a mão pelo mesmo a massageá-lo. Thor moveu o quadril com leveza, insinuando-o contra a mão do irmão. Suas pernas ergueu aos lados na cintura, e somente daquela forma deixou por instantes.
O menor ajeitou-se junto dele, deslizando a mão pelo membro do maior a masturbá-lo, aumentando o ritmo aos poucos e mordeu o lábio inferior, desviando o olhar ao corpo dele a tentar observar o local onde tocava abaixo do cobertor.
Thor suspirou pesaroso e tornou-se inerte algum tempo. Pousou as mãos no colchão, e apenas sentiu o toque hábil do irmão. Loki manteve a face a observar o outro enquanto continuava os movimentos, dando-lhe um aperto pouco mais forte, buscando ouvir o gemido do outro.
- Hum... - O maior grunhiu num rastro de gemido e franziu o cenho, voltando-se a novamente encará-lo.- Eu te amo, irmão.
Abaixou-se e beijou-o num mordiscado suave com seu pescoço, passando dele ao maxilar e beijou por fim os lábios do irmão, desvencilhando do contato de sua mão afim de ter-se posicionado sobre ele. Loki observou-o a suspirar ao ouvi-lo.
- E eu te odeio, irmão.
O menor abriu um pequeno sorriso a inclinar o pescoço ao lado aproveitando os beijos e soltou-o a levar as mãos ao redor do pescoço dele, abraçando-o.
- Uh... Sei que não.
- Retrucou o irmão e com as mãos que desceram no tato de suas laterais, agarrando sua masculina e reta cintura, puxou-o consigo, entrando pela segunda vez na noite, em seu corpo. O menor suspirou, deixando escapar o gemido baixo ao senti-lo adentrar a si, levando uma das mãos ao ombro dele, apertando-o, dolorido pelo sexo anterior.
- Ah... T-Thor...
O maior gemeu ofegado, com apenas um longínquo rastro de voz. Encarou-o, dando início aos movimentos que já deveras vigorosos e nada hesitante, estocando-o frenético, forte, porém minucioso. Os gemidos poucos mais altos deixavam os lábios do menor, sentindo o local dolorido, mas ainda assim apreciava cada um dos movimentos do irmão em si e silencioso, não tentava afastá-lo, não tentava mais, apenas o aceitava.
Os azulados orbes do maior correram pelo quarto, e a gravata jogada sob o criado mudo ao lado, buscou a atar seus pulsos num ato ligeiro e preciso, não criando impasse pelo irmão e já segurava-os na altura do topo de sua cabeça, envolvido pelo tecido sedoso do acessório envolvido. A outra mão levou em sua entrada, tocando-a e junto ao sexo que sentia entrar e sair, o massageava, pouco empurrando o dígito em sua cavidade, sem penetrá-la diante de suas paredes tão fechadas.
Loki deixou-o prender os próprios pulsos, erguendo os braços a observá-lo em seguida, desconfiado.
- O que... O que esta fazendo? - Uniu as sobrancelhas ao sentir o dedo do outro no local, gemendo baixo e abaixou face a tentar observar o local abaixo do cobertor. - T-Thor...
O ritmo não era rápido demais, porém os solavancos precisos, estalavam e davam impulso a Thor contra o corpo do irmão na cama. Loki fechou os olhos a inclinar o pescoço para trás, deixando escapar os gemidos sutis a apreciar os movimentos do outro.
- Loki...
Thor sussurrou sem chamá-lo realmente, enquanto a feição bruta e olhos diretos ainda encaravam seu rosto com prazer, movia-se.
- Pelo jeito... Gosta de me ver assim tão submisso... - Murmurou entre os pequenos gemidos, abrindo os olhos a desviar o olhar a ele.
- Não me importo como o vejo.
Ditou o loiro com a voz suavemente sem nitidez, diante dos movimentos que detinha, não rápidos, no entanto firmes.
- Ah não...? Então por que prendeu meus braços? - Murmurou.
- Falei que não me importo, não que não tenha preferência.
Loki estreitou os olhos, observando-o.
- Está me castigando então, hum? - Riu.
- Não faz meu feitio, loki.
Thor puxou-o pelo nó feito com a gravata e pôs-se sentado na cama onde por vez o irmão no colo. Loki puxou as mãos a soltá-la e observou o outro, unindo as sobrancelhas, certamente o irmão esperava algo de si. Moveu o quadril sobre ele e logo ergueu o corpo a voltar a se sentar no local, repetindo os movimentos algumas vezes.
O maior levou ambas as mãos a cintura do irmão, onde através desta impôs seus movimentos, ajudando ao que já tinha iniciado. O moreno aproximou-se do outro, abraçando-o a repousar a face sobre o ombro dele e seguia com os próprios movimentos a subir e descer sobre o colo do irmão.
O loiro sentia-se já úmido pelos resquícios de sexo, deslizando para dentro e fora com os movimentos não muito ligeiros do irmão, ajudava-o ainda e não dizia nada enquanto sentia parte de seu orgulho forjado ser engolido por seus próprios atos, talvez inconscientes.
Loki mordeu o ombro do outro com certa força, puxando-o entre os dentes e suspirou, escondendo a face contra o pescoço do irmão, mordendo-lhe o local algumas vezes a deixar marcas e não era delicado, sugava a pele apenas para marcá-la, seguindo os próprios movimentos com a força e agilidade que conseguiu.
- Ah... Loki, por que tantas mordidas e chupadas? Você quer marcar. - Ditou o loiro após o suave gemido.
O moreno abriu um pequeno sorriso contra o local, escondido ao ouvir o gemido do outro e lhe deu outra mordida na pele.
- Hum... - Tornou ao gemido bem sutil e apertou-o na cintura.
Loki suspirou ao ouvi-lo e moveu o quadril a rebolar sobre o colo dele, sutilmente.
- O que quer, hum?
Igualmente, Thor afundou o rosto contra seu pescoço, sugando a pele com pressão dos lábios que mancharam sua tez num roxo pálido. O menor gemeu baixinho a ouvir o outro e suspirou.
- Seus gemidos...
- Quer me ouvir gemer?
O moreno assentiu, mantendo a face contra o pescoço dele.
- Por quê?
- Porque estou te dando prazer... Ao menos quero ouvir gemidos.
- Mova-se. - Thor afastou-se pouco a observá-lo e lambeu seus lábios.
O moreno arqueou uma das sobrancelhas e assentiu, voltando aos movimentos que fazia. Thor arqueou-se para trás e com as mãos em sua cintura, passou a se mover conjunto, juntamente aos movimentos que ajudou o irmão.
Loki empurrou-o a se deitar na cama, deixando as mãos do outro na própria cintura e movia-se, rápido sobre o corpo dele, deixando-o ter a visão de si mesmo a adentrar a se retirar do próprio corpo.
Thor encarou os verdes olhos do irmão e descia por sua figura de modo analítico e satisfeito. Podia notar seu músculo ereto, excitado, movido a bel-prazer de seu vigoroso movimento, chegando a tocar o próprio ventre conforme descia.
O menor levou uma das mãos ao próprio membro, desviando o olhar ao local e estimulava a si com pequenos apertos e a massagem sutil que fazia, deixando escapar gemido baixos.
- Ah... T-Thor...
Vez ou outra um gemido abafado entre os lábios fechados, com suave rastro da voz grave, enquanto os braços do loiro eram precisos e sentava-o com firmeza no colo, sentindo o sexo resvalar e romper suas barreiras íntimas, consecutivas as vezes.
O gemido mais alto deixou os lábios do moreno ao atingir o ápice, e fora súbito, nem avisar nada ao outro. Inclinou pouco o pescoço para trás, sujou o próprio corpo e a própria mão com o liquido, o próprio prazer, pressionando o corpo sobre o do outro a deixá-lo atingir a si a fundo.
Thor sentiu em volta do sexo os espasmos, cada firme contração de sua entrada enquanto os leves jatos de prazer lhe era disperso do sexo excitado, caído contra a pele em gotejos espessos de seu gozo. E não muito diferente, a que gozasse dentro do meio irmão, sentindo igualmente o firme abraço de seu corpo, enquanto movia-se devagar no final do êxtase. E gemia baixo, arrastado.
Loki desviou o olhar a ele, com os olhos semicerrados e deitou-se sobre o corpo dele, recuperando a respiração aos poucos. Thor sentiu o peso decair contra o corpo, e silencioso, apenas deixava a respiração audível pelo quarto.
O moreno suspirou algumas vezes, abrindo os olhos aos poucos a observar o irmão, que retribuiu seu olhar. O menor levantou-se a senti-lo se retirar de si e deitou-se ao lado dele, mas viu-se se virar pela cama, ficando de frente a si novamente. Loki deslizou uma das mãos pelos cabelos, ajeitando-os.
- O que foi?
Thor o tocou no rosto e por fim lhe apreciou os lábios superficialmente.
- Não pense que ficou atrás de mim, e nem que tem corrido a minha sombra. Na verdade, sou eu quem estive num caminho, onde existisse o você. Loki manteve-se em silencio a observar o outro por alguns instantes.
- Por que esta aqui quando tem assuntos mais importantes a cuidar?
- Quais assuntos?
- Poderia estar em casa, se quisesse voltar, seu papai te aceitaria.
- Estou em casa.
Loki observou-o por alguns segundos.
- Por que... Está aqui comigo quando podia estar em outro lugar?
- Apesar de suas mentiras e seus erros, nunca pude olhá-lo de outra forma que não fosse a meu lado. Tem meu respeito, meu irmão, tem meu amor.
O moreno assentiu, virando-se de costas ao outro.
- Boa noite... Thor.
- Boa noite, irmão.
Levantou-se a busca da toalha, novamente envolveu na cintura e jogou a segunda pelo ombro. Caminhou pelo quarto até a saída do cômodo, e pôde ver a luz se esvair conforme fechava a porta de seu aposento, seguindo ao próprio.
O moreno ouviu o barulho no quarto e uniu as sobrancelhas, achando que o irmão ainda não havia saído. Suspirou.
- Thor... Sabe... Eu... Eu também... Também amo você. - Murmurou e ouviu apenas o silêncio, virando-se a procurá-lo e observou o quarto vazio. - ... Ah.
À beira da espaçosa cama de casal, Daisuke revirou-se ao aconchego da maciez do branco edredom que repousava pesado sobre o corpo, dando uma boa sensação ao sono o qual perdurou submerso. Mesmo de olhos ainda fechados o cainita se encaixou às costas do alheio em sua frente, o tendo suave em curva do corpo frio a acomodá-lo contra o corpo, mesmo ambos desacordados. Pesou um de seus robustos braços a cair sob a fina cintura do jovem, e envolvê-lo sem firmeza, não intencionalmente a repousar a mão direita em sua pele branca abdominal o qual expunha mínimo durante seus movimentos noturnos, e correu num carinho do ressonar ligeiro a logo apartar. Suspirou.
O menor estava de costas a ele, dormia tranquilo na cama e sentia o pouco frio da madrugada, encolhendo-se pouco e puxou o edredom sobre si, ajeitando-o para logo voltar a dormir. Gemeu baixinho ao sentir o abraço, preguiçoso, mas aproximou-se ainda mais dele, colando o corpo ao do outro e aos poucos abriu os olhos, sentindo o carinho e abriu um pequeno sorriso nos lábios, levando uma das mãos até a dele sobre o local e segurou a mesma, entrelaçando os dedos aos do maior.
- Dai? - Sussurrou.
Os dedos preguiçosamente se juntaram ao enlace dos alheios, porém continuou no sono gostoso o qual se encontrou o vampiro. Teus pálidos e frios lábios roçaram a nuca do rapaz em sua frente, apenas no novo ressonar devido o proferir do nome qual o ouviu dizer, numa carícia não proposital e leves movimentos do corpo sob o colchão fofo, o apertando sutilmente conta os braços, tornou a suspirar.
Misaki sorriu, pela falta de resposta, chegou a conclusão que ele ainda dormia. Permaneceu um tempo deitado, pensativo e apreciando o abraço, deslizava a mão sobre a dele numa leve caricia e logo virou-se devagar, com cuidado para não acordá-lo e levou os lábios ao pescoço dele, dando pequenos beijos na pele e desviou o olhar ao rosto tão perfeito a frente, sentindo a pele fria junto a própria. Abriu um pequeno sorriso malicioso nos lábios e mordeu o lábio inferior, desviando o olhar ao corpo do outro, coberto pelo edredom, abaixou-se, devagar, tentando não acordá-lo e os lábios beijaram-lhe o abdômen algumas vezes sobre a camisa, deslizando uma das mãos pela cintura dele. A mão livre foi sobre a calça que o outro usava, abaixando-a com cuidado junto da roupa intima e segurou-lhe o membro, levando os lábios ao local e deslizou a língua pela glande, sugando-a em seguida, esperando por uma reação do maior.
Feito um gato a receber leves carinhos, Daisuke inclinou o pescoço ao diversificar dos beijos mornos em tez. Continuava a dormir, mesmo a sentir as sensações suaves em carícias, e senti-la passear ao corpo, o qual se deitou a acomodar o tronco em costas contra o colchão coberto pelos lençóis sedosos na cama. Um ligeiro passeio macio sob o abdômen, fizera o cainita comprimir suas pálpebras e descerrá-las bem poucas. Tinha em vista a imagem embaçada do quarto escuro, porém levemente iluminado pela claridade da madrugada a transpassar as cortinas bonitas a esconder os vidros extensos em todo o comprimento da parede num lado do quarto. Estas correram preguiçosamente aos movimentos embaixo do edredom e sentiu o calor ameno dos lábios macios a adornar o sexo, já ereto, fosse o sono talvez, e segurado pelos firmes dedos de Misaki. Vagaroso correu um dos braços a entrar abaixo do edredom e suave a lhe encontrar o cabelos ondulados de fios lisos, correndo ao lábios pequenos o qual tocou sutilmente com o dígito polegar e sem pressa deslizou a bochecha morna, descendo ao pescoço onde se instalou na nuca, o qual delicado pressionou os dedos e gemeu baixinho com o toque da língua.
O menor abriu um sorriso nos lábios ao sentir as leves caricias em si e concentrou-se no local onde a língua percorreu mais algumas vezes, sem dizer nada a ele, apenas o estimulava. Sentiu o arrepio percorrer a pele ao ouvir o baixo gemido do outro e deslizou a mão ate encontrar a coxa do maior, acariciando-o, logo colocou o membro do outro na boca, sugando-o e deu uma pequena mordida na glande, rindo baixinho.
Daisuke suspirou notório a ser suavemente audível pelo cômodo. As vistas sem nitidez esconderam-se pelas pálpebras pesadas em apreço dos estímulos providos a si. Com a mão ainda sob o rapaz, continuou a lhe massagear sutilmente a nuca com a ponta dos dedos, estas que sutis se engrenhavam a seus mesclados fios de cabelos.
Misaki ajeitou-se no local, acarrando-lhe ambas as coxas e deslizava as mãos pelas mesmas, abaixando a calça dele até retira-la e jogou ao lado. Cobriu novamente o membro do maior com os lábios e o sugou algumas vezes, colocando-o e retirando-o na boca em suaves movimentos de vai e vem.
Outro dos novos notórios suspiros, o maior dispersou entre as paredes do quatro escurecido, permitindo que resquícios da rouca voz estivesse audível tão mínimo em junção a eles. O cainita elevou seu tronco, e sob um dos braços apoiou a tênue curva do torso, enquanto a mão ainda a provê-lo da carícia na nuca, deslizou vagarosamente a tatear a pele tão macia quanto a fruta do chá de horas atrás, e sorrateira deslizou a abertura da peça de roupa para o pescoço antes tocado e desceu ao peito plano do andrógino debruçado entre as pernas, sutilmente lhe acariciando o mamilo pequeno, sentindo o entumescer lento da região corporal entre os dedos.
Misaki cessou os estímulos ao sentir o toque frio do outro no próprio mamilo, arrepiando-se e suspirou, voltando a colocá-lo na boca e a estimulá-lo, as unhas arranhavam-lhe as coxas, deslizando pelas mesmas e deixando algumas marcas vermelhas enquanto os lábios mantinham os movimentos, sugando-o e algumas vezes retirava-o da boca, deslizando a língua pela ereção.
As vistas do maior se desviaram a todo adornamento do cômodo, observando ainda a sutil escuridão do quarto e as brechas de reflexo de luz pelas cortinas bonitas. Ainda embaçadas, piscou algumas diversas vezes e optou por mantê-lo cerradas, sentindo com previsão todo o caminho dos lábios alheios sob a ereção.
- Hum...
O menor logo cessou os estímulos e os lábios se desviaram ao abdômen do maior, erguendo a camisa e beijou-lhe algumas vezes a pele, deitando-se sobre ele e alcançou-lhe o pescoço, beijando-o, mordendo-o levemente e logo fitou-lhe a face, sorrindo.
- Oi. - Riu.
Daisuke sentiu-se a ser abandonando pelo toque suave dos lábios antes em estimulo da região. Devagar fora a cair o tronco sob a cama novamente a encontrando com as costas conforme o teve a se debruçar acima de si. Suspirou recém acordado e descerrou as pálpebras novamente, enfim lhe fitando o rosto.
- Boa madrugada. - Sussurrou
O menor selou-lhe os lábios.
- Eu te acordei? Desculpe. - Riu baixinho, cínico.
- Jeito gostoso de ser acordado.
- Ah é? - Riu.
- Só que... Deveria ser mais preciso no ato, e não parar no meio.
Dizia o cainita a revirar-se sob a espaçosa cama, e debruçar o corpo de porte maior que o alheio, por sua vez abaixo do próprio. Um dos novos suspiros abandonou enquanto roçava sutilmente os lábios contra a face do outro, correndo por suas bochechas, queixo e os lábios, onde o mordeu em seu inferior.
Misaki uniu as sobrancelhas.
- Desculpe. - Deitou-se, ajeitando-se na cama e lhe selou os lábios algumas vezes. - Não consegui esperar... Queria te dar um beijo, hum. - Sugou-lhe o lábio inferior.
- Hum...
Daisuke murmurou a se voltar visual a direção do alheio, enquanto as mãos já lhe abaixavam as peças de roupa que usava para dormir, tendo o encontro de quadris despertos e tornou a lhe roçar os lábios bonitos, rosado pelos rastros do batom que antes estiveram ali.
- Vejo que está tão acordado quanto eu, Misaki.
O menor suspirou ao sentir o corpo frio do outro sobre o próprio, mordendo o lábio inferior.
- V-Você me excita...
- Usar esses lábios lindos no meu corpo te excitou?
Daisuke concluiu indagativo ao rapaz, e num sorriso tênue discreto se levantou de cima do outro, sentindo o deslizar do edredom antes nas costas conforme o físico se postou ajoelhado entre as pernas do outro homem e não se teve acanhado a expor o falo ereto defronte seu corpo deitado.
- Acho que eles me animaram também, meu querido.
O menor riu baixinho ao ouvi-lo.
- Não... Seus gemidos, seus toques que me excitaram.
Misaki observou o membro do outro e abriu um sorriso malicioso nos lábios, levando uma das mãos até o mesmo, envolvendo-o e fazia leves movimentos de vai e vem, fitando-lhe a face em seguida.
- Gostou de sentir os meus lábios, hum?
- Prefiro sentir outra parte do seu corpo. Mas se quiser, posso te degustar vagarosamente.
O maior postou ambos punhos contra a cama, ainda a ter-se ajoelhado e devagar fora abaixando apenas o quadril sob o alheio, enquanto o tronco mantivera erguido.
Misaki sorriu, deslizando ambas as mãos pelo corpo do maior, acariciando-o. Passou pelo abdômen e o tórax, observando com atenção a pele clara do vampiro até voltar a fitar a face dele.
- Outra parte..? Me mostra aonde, hum.
- Vou mostrar. - Sussurrou o cainita, ainda a ter teus olhos fixos aos traços afeminados do outro homem. - Me pergunto como pode ser tão feminino, Misaki.
Proferiu em melhor tom, enquanto a dobrar os braços abaixou-se ligeiro até lhe tocar o queixo e mordê-lo sem força. Tão logo a se dirigir desapressado ao pescoço, e aspirar profundo aquele cheiro a correr pelas veias do semelhante.
O menor riu baixinho ao ouvi-lo e inclinou o pescoço para o lado, dando espaço aos lábios dele no próprio pescoço.
- Você quer, hum? - Levou uma das mãos aos cabelos dele, acariciando-os.
- Sh...
O maior sussurrou enquanto deslizava suavemente a língua em tal região, e devagar descia às clavículas expostas pela roupa trajada, o qual as mãos já sorrateiras se metiam abaixo do fino tecido, o arrastando a expor sua tez de cor clara, e os mamilos rosados bonitos o qual recebeu com o toque tão brando da língua que os cortejava.
Misaki uniu as sobrancelhas, mantendo as caricias nos cabelos dele e mordeu o lábio inferior, mantendo a atenção nos movimentos dele. O suspiro deixou os lábios ao senti-lo tocar os próprios mamilos e arrepiou-se, puxando a camisa e a retirou, jogando ao chão.
Ambas as mãos do vampiro deslizaram sobre as laterais da cintura alheia num sobe e desce desapressado, enquanto os lábios tão igualmente devagar desciam o comprimento do tronco, com a língua contornando o pequeno orifício do umbigo, e deu-lhe beijos com os beiços pálidos e úmidos no caminho do ventre.
O menor abriu um sorriso nos lábios ao sentir os beijos pelo local e deslizou uma das mãos pelo ombro dele, segurando-lhe a mão e guiou a mesma, deslizando pela pele até pousar sobre o próprio abdômen, deixando-o acariciar suavemente o local.
Os olhos do maior breve se voltaram a ele e deu um pequeno riso ao rapaz, acariciando a barriga magra. Ao voltar-se novamente ao corpo, beijou-o por algumas poucas vezes e lento fora a descer para as virilhas nuas, apreciando cada curto pedaço de pele, e saboreá-lo como dissera antes. As mãos correram as coxas, acariciando-as na pele macia onde tão logo deu atenção com pequenas mordidas.
Misaki ajeitou-se na cama, mantendo o olhar nas ações do outro por pouco tempo, ao sentir as mordidas na pele, arrepiou-se e fechou os olhos, deixando escapar um pequeno gemido.
- Hum... Que gostoso... - Murmurou.
Sutil, da coxa, Daisuke se voltou ao inferior sexual do alheio, lambendo a pele tão fina, o qual mordiscou minucioso, e sugou-a vagarosamente a boca, enquanto as mãos passeavam por tuas esguias formas, acariciando a pele branca e corada em várias regiões onde os lábios haviam tomado posse. E companheira a língua, massageou com a mão o local tocado, e sutilmente o afastou, percorrendo o contorno genital com a língua e desceu ao ponto escondido entre suas pernas onde a ponta da língua o tocou superficialmente.
O menor levou uma das mãos ao lençol, apertando-o entre os dedos e manteve os olhos fechados, apreciando os estímulos em si. Os gemidos baixinhos deixavam os lábios e a mão livre permaneceu sobre os cabelos dele, entrelaçando-os aos dedos. Relaxava ao sentir as provocações, os arrepios percorrendo o corpo e encolheu-se ao senti-lo tocar o local, mesmo com a ponta da língua, desviando o olhar a ele e riu baixinho, desajeitado, sentindo a face pouco corada.
As orbes em cor amarelada do maior se voltaram a ele, e retribuiu-lhe o riso num sorriso quase imperceptível, se não fosse pelo mínimo cerrar dos nipônicos.
- Agora sabe onde eu quero?
Indagou sutilmente abafado pelo toque labial em sua pele. Ao cerrar dos olhos tornou a deslizar a língua no inferior de sua ereção, arrastando o toque para baixo e no mesmo ponto escondido, pressionou-a com veemência.
Misaki assentiu ao ouvi-lo e mordeu o lábio inferior, novamente encolhendo-se ao sentir a língua dele no local tão intimo.
- Hum... N-Não... Dai... Vem... Faz amor comigo... - Murmurou e puxou o lençol entre os dedos, soltando-o em seguida e o fitou.
- Ora, quanta timidez, Misaki. Nunca recebeu um beijo grego antes?
O maior riu diante da pergunta própria e devagar tornou a deslizar a língua acima do sexo alheio, porém se voltou a todo seu comprimento enrijecido e logo se pôs a esconder-lhe o corpo conforme debruçou o próprio.
O menor negativou, sentindo a face corada e arrepiou-se com o toque da língua dele, levando as mãos ao redor do corpo do maior, abraçando-o e separou pouco as pernas, dando espaço a ele.
- Adoro a sua língua... - Mordeu o lábio inferior.
- Adoro você.
Daisuke disse, o caminho dos lábios tão preciso se desviaram ao pescoço o qual de bom grado aspirava seu aroma forte, enquanto a mão sem impasse roçava o membro duro entre as nádegas firmes de Misaki, roçando a glande excitada na entrada onde antes o saboreava o doce gosto do homem, e sem dificuldade entrou em seu corpo tão receptivo.
As mãos do menor deslizavam suavemente pelas costas dele, roçando as unhas compridas na pele, buscando os arrepios do outro e os lábios beijavam-lhe o ombro algumas vezes. O gemido pouco alto deixou os lábios ao senti-lo adentrar o corpo e mordeu-lhe a pele com pouca força, abafando o gemido e as unhas deixaram uma marca vermelha com o arranhão no local.
- Hum...
Um leve grunhido o maior abandonou ao aconchego que teve entre as paredes sexuais do rapaz. Um suspiro deixou em demasiado agrado de tal região, sentindo-a comprimir delicadamente a ereção ávida por seu toque. Os arrepios leves a causar espasmo tênue no abdômen, conforme sentira as dolosas e longas unhas na pele, e acabou por concluir que as adorava.
- Agradável... - Sussurrou, enquanto não tivera mais delongas a mover-se contra seu corpo.
Misaki levou novamente uma das mãos aos cabelos do outro, acariciando-os e os puxou sutilmente, buscando o olhar dele.
- O que é agradável, hum?
Murmurou e sorriu, selando-lhe os lábios e gemeu contra os mesmos ao senti-lo iniciar os movimentos e fechou os olhos, expondo a expressão de prazer na face ao outro.
- Seu corpo.
Daisuke o respondeu sem alterações no tom baixo da voz. Roçou-lhe os lábios contra os próprios e o mordiscou no inferior, puxando-o entre os dentes, sentindo seu beiço macio o qual roçou a língua e chupou leve, enquanto tinha-se ainda nos movimentos sem agilidade, porém devagar ia aumentando sua frequência à ponto de tornar-se notório no compasse respiratório.
O menor abriu os olhos aos poucos, fitando os olhos do maior e lhe selou os lábios, mordendo-lhe o lábio inferior e adentrou-lhe a boca com a língua, buscando a dele, massageando-a com a própria. Gemia baixinho entre o beijo, deslizando uma das mãos até o quadril do maior, apenas apoiando-a no local e sentindo os movimentos do mesmo, as investidas contra o próprio corpo.
Ao decorrer das investidas as quais tão logo tornaram-se vigorosas, e abrupto, o maior investia a ouvir o toque audível entre ambos os físicos em encontro. Os gemidos sutis fugiam junto aos movimentos frenéticos de línguas que alternavam o beijo.
Misaki deu-lhe uma pequena mordida no lábio inferior e logo cessou o beijo, inclinando o pescoço para trás e manteve os olhos fechados, apreciando cada uma das investidas e lhe apertava o quadril, deslizando pelo corpo e logo voltando ao local.
- Hum... A-Assim... - Murmurou.
Daisuke puxou-lhe o lábio inferior entre os dentes e voltou-se ao pescoço, tão logo a prover-se de um doce sabor a saciar a fome cainita, enquanto os movimentos mais ávidos se tornavam, e tão mais excitado a saboreá-lo, insistindo a investir mediante a sensação de prazer a correr pelo falo bem ereto e grunhiu a franzir o cenho, a deleitar-se de mútuos prazeres, até que pudesse preencher o corpo debaixo do próprio e gozar satisfeito.
Misaki manteve os olhos fechados, sentindo aos poucos o sangue escapando das veias e seguindo aos lábios dele, alimentando-o e nem mesmo um gemido mais alto deixou os lábios, nem a expressão se alterou, continuava a predominar o prazer pela face, os arrepios pelo corpo se tornando maiores, não se importava em alimentá-lo e sabia que mesmo aquele simples gesto daria prazer a ele mesmo que fosse de sentir o liquido quente descer pela garganta. Abriu um sorriso nos lábios ao senti-lo gozar e igualmente atingiu o ápice, sujando-lhe o corpo com o liquido e o pequeno gemido deixou os lábios, abrindo os olhos aos poucos e desviou o olhar a ele, observando-o com os lábios vermelhos pelo próprio sangue.
Sorriu o cainita. Ainda com teus lábios tingidos, os quais pressionou aos lábios do alheio, e os passeou com a língua, a retirar toda a mancha causada pelo toque. Esta se voltou logo aos de posse, e contornou os beiços sujos, saboreando as ultimas gotas de sangue, enquanto o quadril se afastava, tirando de si o toque corporal do outro.
- Tão gostoso. - Sussurrou a ele com a voz rouca e suave ao mesmo tempo.
O menor retribuiu o leve selar de lábios e riu baixinho ao senti-lo lamber o sangue dos mesmos, ambos os braços foram ao redor do corpo dele, abraçando-o e suspirava, recuperando a respiração.
- Adoro fazer amor com você... - Murmurou.
- Hum... que bom, Misaki. - Daisuke sussurrou a ele, e lhe deu beijos rápidos sutis no pescoço machucado. - Também adoro fazer amor com você.
O menor sorriu, levando uma das mãos a face dele, acariciando-o.
- Mesmo?
- É claro. Tem um corpo delicioso, Misaki.
O maior selou-lhe os lábios e observou-lhe a face alguns segundos, mantendo a caricia.
- Eu estou mesmo gostando de você...
- Hum é mesmo? - Indagou baixo e voltou-se a fitar-lhe a face.
- Mesmo...
- Hum... Que bom. - Disse o vampiro ao meio sorriso brando. Já a ter-lhe uma das mãos seguradas à frente dos lábios pálidos e beijar-lhe o dorso. - E... pra quando é nosso bebê, meu amor?
Daisuke o indagou em novo apelido, enquanto escondia o bonito rosto claro contra o toque de seu pescoço. E com a mão qual antes o segurava, entrelaçou-lhe os fios castanhos claros e os acariciou.
Misaki deslizava suavemente uma das mãos pelas costas dele, acariciando-o e levou a outra aos cabelos dele, igualmente acariciando-o.
- Não sei ainda, amor... Mas estou com um mês e alguns dias, logo faço dois meses.
- Tem que se alimentar direitinho, ou ele pode acabar matando você, não se esqueça que ele se alimenta de sangue.
O menor uniu as sobrancelhas e desviou o olhar, sentindo medo ao ouvi-lo dizer, porém assentiu, fitando o teto do quarto por alguns instantes.
- Certo...
- Coloquem ele aqui.
Disse o médico que ajudava a acomodar o garoto da maca para a cama de hospital e já colocava o soro em sua veia, analisando os batimentos cardíacos que caíam a cada segundo. O garoto estava tendo uma parada cardíaca. Talvez não a primeira desde que começara a usar drogas, havia estado limpo cerca de dois meses atrás, mas não estava mais. O corpo que antes havia adquirido suas formas medianas, agora estava magro de novo, o braço tinha várias marcas arroxeadas, as roupas, que haviam sido compradas pelo namorado agora novamente estavam sujas. Dessa vez, não só usava drogas, talvez fosse uma atitude meio drástica consigo mesmo, porque era bipolar, sentia como se todas as coisas houvessem desabado, e era própria culpa mesmo, de mais ninguém.
O pulso direito tinha sido aberto, quer dizer, agora estava sendo fechado pelo médico, atencioso a melhora do garoto, não era o outro quem cuidava do menor mais. Na verdade, ele nem devia saber que estava ali. Os barulhos pela sala, a voz do médico, tudo indicava que a vida estava por um fio novamente, e era incorrigível, ganhava o dom de viver para corrigir o erro, mas persistia em tentar se matar, como se a vida não fosse boa o suficiente, como se não pudesse seguir em frente sem um pilar para se apoiar.
Desde que saíra da casa de seu amigo, havia feito todas as decisões erradas. Havia voltado ao abrigo, mas ao contrário do que teria feito antes, apenas se acomodou em uma das camas ao canto, sem falar com ninguém, e o pouco dinheiro que tinha, havia usado para as drogas, mais nada. Acordava, dormia, sem perspectiva, até furava os braços sem se importar com as agulhas, até cansar de ficar preso a uma cama e decidir despedir-se. Duas vezes, havia passado em frente a clínica dele, via o carro, sabia que ele estava lá, mas não era forte o suficiente para seguir atrás dele de novo, o conhecia, sabia que não iria querer ver a si e era uma droga, amar alguém e se sabotar desse jeito, se destruir, não ser capaz de largar um vício que só destruía a própria vida.
Haviam se passado três dias, e Tadashi havia acordado ligado a diversos aparelhos. Fora mais um fracasso, e não aguentava mais ser um deles. Negativou consigo mesmo, enquanto tentava se acostumar com a luz no teto, branca, forte.
- Você quase morreu, rapazinho. Está com sede?
O menor assentiu, sem nada dizer, sentindo a boca seca e fora servido pelo médico com um pouco de água com um canudinho.
- Melhor? Qual é o seu nome?
- Tadashi... Hamada.
- Hum, você já tem ficha aqui. É o garoto do Nowaki não é?
O menor manteve-se em silêncio por um momento, e lembrava-se vagamente da voz do outro, não era mais o garoto do Nowaki.
- Não quero que ele saiba que eu estou aqui.
- Não? Tudo bem. Você precisa ficar um tempo, para se limpar. Não posso deixar você ir embora sabendo que tentou se matar.
- ... Doutor, então por favor, me mate o senhor. Assim que eu sair daqui eu vou fazer isso de novo.
- Não diga uma bobagem dessas. Ainda mais agora, você tem que se cuidar, não pode fazer isso consigo mesmo.
Tadashi deu um sorrisinho e desviou o olhar ao teto, negativando ao sentir as lágrimas nos olhos.
- O que houve com você, garoto?
O menor silenciou por um momento, mantendo o olhar fixo naquela parede branca, intocada.
- Tudo de ruim que o senhor pode imaginar, doutor.
- Não acredito que tenha vivido tanta coisa com apenas essa idade. Sabe, sua vida pode melhorar se sair das drogas.
- Eu já ouvi esse discurso antes. Já saí das drogas, fiquei limpo por meses. Fiquei limpo, arrumei um emprego, um namorado... Mas não importa o quanto eu me afaste dessa maldita droga, ela sempre volta pra minha mão de uma forma ou de outra, e ele não está mais disposto a cuidar de um pirralho drogado.
O médico fez uma pausa após ouvi-lo, concentrando-se na medicação colocada na veia do menor.
- Você vive me função dele?
- Ele é tudo que eu tenho, doutor. Aliás... Ele era. Minha vida já não faz mais sentido.
- O que te mantinha vivo antes dele aparecer?
Tadashi desviou o olhar ao rapaz de branco, analisando suas feições, não parecia o tipo de pessoa que realmente estava discutindo sério com um garoto, provavelmente ele achava que era um idiota falando besteiras, afinal "era tão novo".
- Quando minha mãe me abandonou, eu tinha alguns amigos pra me apegar. Acha que eu não vivi um inferno só porque tenho dezoito anos, doutor? Quando eu nasci, minha mãe tentou me jogar fora. Me colocou numa sacola, mas minha vó não a deixou dar pra ninguém, obrigou minha mãe a ficar comigo. Eu apanhava dia sim, dia não, quando ela se bebia e se drogada então... Eu não podia nem entrar no quarto dela. Eu mal tinha o que comer porque ela não comprava comida, e eu precisava pedir para os vizinhos. Eu vivia cheio de marcas, machucados e a gota d'água foi quando na escola descobriram meus machucados por baixo da roupa. Iria para um orfanato de não fosse obrigado a dizer que ela não me machucava de fato, pra conseguir ficar na minha casa. Eu trancava a porta a noite, de dia, todos os horários até ir pra escola. E quando consegui sair de casa, não tinha um centavo no bolso. Acha que eu não vivi um inferno por ter dezoito anos?!
O médico permaneceu em silêncio, observando o garoto, e só então havia entendido que parte de seus machucados no braço não eram obra dele mesmo, mas de sua mãe e de fato, havia vivido um inferno.
- Será que o senhor pode... Por favor, acabar com isso? Ninguém vai saber, diga que eu tive um ataque cardíaco, diga que morri tentando fugir, diga qualquer coisa.
- Não posso fazer isso. Você precisa dar a volta por cima, e ensinar seu filho a ser diferente do que sua mãe fez com você.
O menor fizera um minuto de silêncio tentando entender o que ele havia dito, estava sonolento, enjoado, afetado pela droga e ouvia sua voz bem a fundo na cabeça, talvez estivesse sonhando, poderia estar.
- O que você disse?
- Que não pode fazer mal ao bebê...
- Mas que bebê?
- Você não sabe ainda? Hum, me desculpe... Você está grávido, Tadashi.
- ... O que? - Disse o menor quase num salto da cama.
- Sim, acredito que uns três meses. Está muito desnutrido e perdendo peso, se continuar assim, ele vai morrer, por pouco não o matou hoje.
- ... Doutor, eu não... Não posso estar...
- Por quê?
- A última pessoa com quem eu fiz isso... Já nem sabe mais que eu existo.
Nowaki não havia tido notícias do outro há algum tempo. Haviam terminado daquela forma inacabada, sem desfecho. Não o havia expulsado de forma definitiva da própria vida, mas havia acabado daquele jeito, não sabia sequer onde morava uma vez que saíra da casa de seu amigo onde antes costumava estar. Fitou o celular que apitava com notícias costumeiras da clínica, havia tirado um tempo de férias após algum tempo sem elas, férias estas que nunca eram de fato férias, qualquer caso mais complexo e era requisitadas autorizações ou assistência, havia sabido de algum paciente recente problemático, mas após alguns meses com pacientes que não eram ele, havia criado alguma esperança de que houvesse tomado jeito e foi por isso que não desconfiou de sua chegada por lá.
Primeiramente, Kaoru ligou para o agente, pediu a ele que desse um jeito de falar com o pessoal da revista, e fez mais uma ou duas ligações, ele não havia atendido o telefone, então voltou ao ensaio, que durou pouco tempo, estava ansioso, por sorte, nenhum dos integrantes havia visto a revista, mas o baterista olhava a si meio de canto toda vez que mencionava ter coisas a fazer. Seguiu para fora, buscando a chave do carro no bolso e rapidamente dirigiu até a casa dele, estacionando em frente, onde seguiu para dentro, já tendo a chave dada por ele temporariamente.
- Atsushi-san?
- Ok, hai... Hai, hai.
Atsushi dizia ao telefone, através da linha em comunicação do o empresário e agente, teve uma pequena reunião de voz enquanto saía do estúdio, já dando um jeito de resolver possíveis problemas devido a uma notícia em revista de fofocas. Por sorte, era uma revista de casos, o que acarretava uma possível dúvida aos leitores, era duvidosa e de meias verdades. Ao chegar em casa, observou o veículo já estacionado, ele estava lá e provavelmente preocupado, fora ver o visor do celular somente após a reunião e a essa altura, já havia estacionado igualmente em casa. Ao desembarcar do veículo, seguiu para dentro de casa.
- Niikura-kun.
O menor ouviu o barulho da porta atrás de si, e havia acabado de entrar, por isso se virou a observá-lo e suspirou, com a revista em mãos.
- Você viu isso aqui?
- Sim, eu vi. - Atsushi disse e fechou a porta logo atrás de si. Deixou as chaves no pequeno criado e seguiu até o moreno, tocou seus cabelos. - Meus agentes vão resolver. Pedi que fosse dito que foi um fan service proposital, que percebemos as câmeras e coisas assim. Além de que somos amigos íntimos.
- ... Somos amigos íntimos? - Kaoru murmurou e sorriu meio de canto.
- Pra eles isso será suficiente, não acha?
- Eu espero... - Murmurou e suspirou. - Acho que amantes nos define melhor entre nós.
- Amantes, é? Soa como uma palavra bem apaixonada.
Kaoru sorriu meio de canto.
- Achei que essa era a palavra dada a pessoas que transam e não namoram...
- Não necessariamente. Podemos ser um casal de amantes ainda que tenhamos um relacionamento.
- Hum... - Assentiu e não sabia nada sobre relacionamentos. - ... Fiquei irritado o dia todo por causa dessa maldita revista.
- São uns malditos. Mas não vale a pena estressar, deixe isso para os nossos agentes. - Deu-lhe uma piscadela. - Quer alguma coisa? Vamos jantar, hum?
O menor suspirou, observando-o e assentiu, permanecendo parado ali por alguns segundos, e tudo ocorrera muito rápido, havia se estressado, ficado ansioso para vê-lo, e toda aquela ansiedade se dissipou de uma vez ao vê-lo, então ficou meio desajeitado a segurar a revista. Assentiu a ele, observando seus cabelos dos fios bonitos que tanto gostava, até mesmo aquele sorrisinho sem mostrar os dentes, lembrou-se de ter dito ao vocalista que poderia fazer o que ele quisesse se sorrisse para si, com a conclusão de tudo isso, se sentia um idiota, nunca havia se sentido daquela forma, como uma adolescente em frente a uma paixão de colégio, tinha vergonha de si mesmo, era homem, não queria agir daquele jeito.
- ... Eu vou só tomar um banho, e já desço, estou meio estressado.
- Hum, eu entendo. - Disse o maior e acariciou-o no pescoço, logo abaixo do queixo. - Tudo bem, vá e relaxe e eu vou pedir alguma coisa, ou quer algo caseiro?
Kaoru ergueu a face, dando espaço a ele para o pequeno carinho costumeiro e sorriu meio de canto, suspirando aliviado.
- Não vou fazer você cozinhar, podemos pedir uma pizza e algumas cervejas? Eu pago dessa vez.
- Eu odeio falar sobre quem paga, estamos na minha casa, eu faço isso por aqui, ah? Mas ok, quer mesmo pizza? Podemos pedir algo italiano que não seja pizza.
O menor uniu as sobrancelhas.
- Eu não quero discutir, é que... Estou dormindo na sua casa, usando suas coisas, isso me deixa meio desconfortável, então ao menos a comida eu posso pagar. Não tenho preferência, eu só quero comer alguma massa.
- Eu não me importo com isso, eu o convidei, me fazer companhia é o pagamento. Bom, vou pedir a pizza, já que sugeriu. Da próxima vez eu faço alguma massa. - Disse já em caminho da ligação, tomando o celular do bolso. - Ah sim, seu cabelo está bonito dessa forma. - Disse a ele, em seu meio caminho até o banho.
Kaoru cessou os passos a desviar o olhar a ele e sorriu, meio de canto, deslizando uma das mãos pelos cabelos.
- Hai...
Atsushi sorriu-lhe de canto, com uma leve exposição dos dentes, exatamente como ele gostava de vê-lo, embora não tivesse exatamente uma ciência desse fato.
- Pode ir. - Disse, sibilando, dando atenção posteriormente a linha telefônica.
O guitarrista desviou o olhar a ele, com um pequeno sorriso, adorava aqueles malditos dentes alinhados, era um infeliz e negativou, seguindo ao banho em seguida.
Após formular o pedido pelo telefone, o vocalista finalizou a chamada com uma breve noção de prazo para chegada e assim subiu ao quarto, ouvindo ruir o chuveiro, denunciando o banho do rapaz no próprio quarto. Sentou-se na cama após a seleção de roupas para substituir as que vestia e assim fez aguardando o banho dele, no entanto, optou por ir ao outro quarto e deixa-lo relaxar sob a água. Após o banho, voltou ao quarto já encontrando o guitarrista, secava os cabelos com a toalha, sacolejando os fios.
Ao adentrar o chuveiro, Kaoru deixou que a água molhasse os cabelos e encostando na parede fria, pensou por alguns minutos em tudo o que acontecia, era um milagre não ter recebido ainda uma ligação da própria mulher histérica, sabia que ela gostava do outro, era o cantor favorito dela, então teria dois problemas. E bem, pensaria sobre o divórcio, se pediria ou não, havia passado quase vinte anos ao lado dela, e jogaria tudo fora, por aqueles dentes, ou aqueles cabelos, por ele, mas no fundo tentava achar motivos, já que não acreditava que estivesse se apaixonando por ele com tão poucos encontros. Ao sair, secou o corpo com a toalha dele, sentindo o cheiro de seu perfume e sobre a cama, pegou a própria roupa íntima, vestindo, assim como a calça e observou-o conforme entrou, ainda sem camisa.- Foi bom, hum? - Disse o maior.
- Hai.
Atsushi caminhou ao moreno ao reencontra-lo, tocou-o em sua cintura despida e se colocou próximo, selou seus lábios e penetrou sua boca, o beijou com rapidez e interrompeu na mesma pressa.
- Vamos, logo devem chegar com o jantar.
Kaoru sentiu o toque de sua mão, quente, em contato com a pele, e só aquele toque era suficiente, nem precisava do beijo. Sentiu-o penetrar a boca, e o retribuiu, deslizando a língua pela dele num toque suave, prazeroso e deslizou igualmente a mão pelas costas nuas dele, não sabia dizer o quanto gostava dele, não sabia mesmo, já havia perdido essa noção, estava ferrado, mas feliz.
- ... Hai. - Murmurou, apenas.
O maior tocou a bochecha do outro e por fim deu-lhe espaço, levou as toalhas ao banheiro e posteriormente seguiu com ele para baixo, logo recebendo o pedido do jantar, mas não sem antes vestir uma camisa de botões, branca. Kaoru seguiu com ele para o andar de baixo, observando-o enquanto recebia o jantar, silencioso em todo o caminho, apenas o analisava, analisava a si também perto dele, e dava-lhe pequenos sorrisinhos.
- Vamos comer.
- O que há, Niikura-kun? - Indagou ao se virar após o pagamento do jantar e receber o pedido, percebendo-o voltado a si. Caminhou até ele e tocou-o em seu queixo.
- Vamos sim.
O menor negativou ao ouvi-lo, erguendo o queixo como de costume e aproximou-se, selando-lhe os lábios.
- Você é muito bonito.
Atsushi retribuiu-o com aquele leve e breve estalo.
- Você é.
O guitarrista suspirou e deslizou uma das mãos pelos cabelos dele, ajeitando uma mecha atrás da orelha, só então deu-se conta do que fazia e pigarreou.
- ... Comer.
O maior fitou-o a medida em que recebia sua carícia, sem dizer nada a ele.
- É claro. - Disse quando após alguns minutos depois resolvera se manifestar. - Vem. - Dito levou-o consigo caminho até a sala. - Quer ir comer no quarto, hum?
- Quero.
Kaoru sorriu meio de canto.
- Ok, pode subir e levar, vou pegar a cerveja. - Disse e entregou a caixa para ele. Acabou por fim dando-lhe um aperto na bunda, como se fosse um incentivo. - Opa.
O menor assentiu e virou-se, porém cessou os passos ao sentir o toque e franziu o cenho, desviando o olhar ao outro, e não tinha costume, por isso o fitou meio desajeitado. Atsushi não teria rido se não fosse por sua expressão. Riu entre dentes e seguiu o caminho da cozinha, buscando as bebidas geladas enquanto ainda achava graça. Pegou algumas fatias de limão e um pouco de sal, levando-o em conjunto.
Kaoru subiu as escadas, ainda meio travado pelo toque na nádega e deixou a caixa com a pizza sobre a cama, retirando o sapato que usava e deitou-se. O vocalista entrou pouco depois dele e postou o descanso de copos sobre o criado mudo onde descansou as garrafas e se sentou à cama junto dele, abriu as garrafas e tragou, colocando as fatias de limão dentro do vidro posteriormente e deu a dele para ele.
- Aqui.
O guitarrista observou-o adentrar o quarto e sorriu meio de canto, aceitando a garrafa e golou a cerveja.
- Obrigado.
- É só um apertinho, faço coisa pior com ela. - Disse o maior, provocando-o e tragou da própria cerveja.
Kaoru riu.
- Eu sei, é que não tenho costume disso.
- Bem, me espantaria se a sua esposa tivesse essa mania.
- Então, por isso mesmo. - O menor riu novamente e bebeu mais da cerveja, estendendo-a a ele, esperando um brinde.
Atsushi tilintou a garrafa junto a dele, sem realmente pedir qualquer coisa e por fim pegou uma fatia do jantar e levou até a boca, não sem antes colocar algo qualquer para ver no televisor, ainda que certamente não estivesse a dar atenção. Kaoru observou a pizza e depois, desviou o olhar a ele, e por algum motivo, tinha vontade de fazer qualquer coisa estúpida só para vê-lo rir, ou um sorrisinho de canto somente, já era suficiente. Sorriu para si mesmo e pegou um pedaço da pizza, levando-a aos lábios.
- Gosto da sua mão tatuada. - Disse o maior a ele, fitando-o a pegar a pizza.
Kaoru desviou o olhar a ele e sorriu novamente.
- Gosto do seu sorriso. - Disse, e soou tão natural que nem havia achado estranho.
- Eu sei disso. Você me disse. - Disse o vocalista e por fim deu-lhe um daqueles que gostava, sorria.
O menor o observou e franziu o cenho.
- ... Eu disse? Achei que estivesse dormindo. - Murmurou e acariciou os cabelos dele, meio de lado.
O riso soou baixo dos lábios de Atsushi, mas divertido, achando graça de seu jeito, como tentava soar tranquilo sobre tudo o que fazia.
- É que você também estava sonolento, provavelmente disse sem intenção. - Disse e tragou mais da cerveja, ajudando a ingerir a pizza.
Kaoru sorriu meio de canto e desviou o olhar a ele.- O que mais eu disse?
- Acho que só isso mesmo. Acho que dos cabelos também.
O maior sentiu a face se corar, de modo suave e riu baixinho.
- Ah... Me entrego quando estou com sono...
O riso do maior soou entre os dentes e após mais um pedaço da pizza, mordida, mais um trago de cerveja se voltou a ele.
- Eu gosto de falar com você. Pode parecer muito precoce, mas se sua mulher te jogar na rua, pode ficar comigo.
Disse e embora tivesse o tom da brincadeira, também não dizia zombeteiro, sorria, desta vez sem mostrar os dentes.
O menor desviou o olhar a ele ao ouvi-lo, bebendo mais um gole de cerveja e riu, em bom tom com a colocação dele, não achando graça do dito, mas do fato de ser jogado na rua.
- Bem, certamente se ela descobrir sobre nós eu serei jogado na rua. - Riu novamente. - Vou adorar ficar com você... - Disse, igualmente descontraído.
- Bom.
Disse o maior, referente ao que dizia ele e por fim selou seus lábios, um estalo breve, não via problemas sobre agir como queria, o contrário dele que tentava conter qualquer ato que o fizesse parecer muito "sensível". Kaoru sorriu meio de canto, contido e desviou o olhar, bebendo pouco mais da cerveja.
- ... Suas esposas, elas tiveram sorte.
- Ah, você acha? - Atsushi indagou e sorriu a ele, meio canteiro, não entendendo o repentino comentário.
- Sim. Elas tiveram você.
O menor falou a ele, igualmente descontraído, mordendo mais um pedaço de pizza e sorriu meio de canto.
- Hum, e você não tem também?
- Não totalmente.
- E como seria totalmente? Casamento, ah?
- Não casamento, mas... Uma espécie de relacionamento.
- Hum, então você quer ter um relacionamento comigo?
Kaoru desviou o olhar a ele meio de canto.
- E-Eu não disse isso.
- Quase disse.
Atsushi disse-lhe e sorria, como se achasse graça, em mais um trago de cerveja. Kaoru bebeu pouco mais da própria cerveja igualmente e negativou.
- Acho que é tipo isso mesmo.
- O que?
- ... Querer um relacionamento. Isso é muito gay, esquece. - Riu.
- Estou disposto.
O menor franziu o cenho ao ouvi-lo, desviando o olhar a ele.
- Quer ter um relacionamento comigo?
- Se estou dizendo. Acho que parece um pouco precoce, mas se estou disposto e você também, o que importa, ah?
- Hum... Então... Como... Namorados? Eu... Não sei.
- Bom, então okay.
Kaoru assentiu, com um sorrisinho nos lábios.
- Eu não sei o termo...
- Ah, termos. Namorados.
O menor sorriu novamente, ajeitando os cabelos, e não parecia, mas estava feliz.
- Devo... Comprar alianças? - Riu.
- Claro que não. - Atsushi disse, mas sorriu canteiro, com os dentes suavemente expostos.
O guitarrista desviou o olhar a ele e riu igualmente, o sorriso dele era contagiante. Deixou de lado a cerveja e sem se importar com outra coisa, virou-se a buscar os lábios dele, beijando-o.Em primeiro momento, Atsushi não chegou a retribui-lo mas fitou-o com o rosto junto ao próprio ao ser beijado, surpreso pelo gesto inesperado, mas retribuiu, sentindo o gosto da pizza e da cerveja em sua boca.
Kaoru sorriu meio de canto enquanto o beijava e guiou uma das mãos sobre a sua, segurando sua garrafa a deixá-la sobre o móvel ao lado da cama, exigindo que suas mãos estivessem livres e empurrou-o para a cama, deitando-se sobre ele conforme seguiu com o beijo, e pressionou o corpo contra o dele.
O maior teve o beijo um pouco surpreso, mas permitiu-o em seu contato, deixou de lado a bebida e foi substituído pelas mãos ocupadas com ele. Deitou-se vagarosamente, como possível e sentiu sobre si a medida em que continuava o beijo. O outro suspirou, e queria senti-lo, sabia que havia feito aquilo com ele no dia anterior, mas ele era o tipo de pessoa que não conseguia largar, era lindo, era atraente, e acabava consigo. Puxou a camisa dele, tentando retirá-la.
Atsushi arqueou ambas as sobrancelhas um pouco surpreso pela tomada de atitude embora continuasse de olhos fechados e lábios colados aos dele, interrompido somente ao tirar a roupa, puxada pelo guitarrista.
Kaoru retirou a camisa dele, jogando-a no chão e deslizou ambas as mãos pelo corpo dele, tocando a pele quentinha pelo banho, sentindo-o e retirou a própria camisa igualmente, jogando no chão junto a dele.
- Quanto ânimo.
Disse-lhe o vocalista quando enfim desocupado de sua boca e tocou-o em sua pele nua assim como ele a própria no entanto foi preciso até tocar sua calça e abaixar, tirando-a de suas pernas, livrando o que ele provavelmente já tinha intenção.
- Hum, eu quero você.
O menor murmurou e retirou a calça em conjunto a camisa, permanecendo com a roupa íntima, e puxou a calça dele, retirando-a junto da própria.